28/08/2012

CURA PARA LIBERTAÇÃO SUPÕE CIRCUNCISÃO

“Todos os reis amorreus que habitavam a oeste do Jordão e todos os reis cananeus que viviam ao longo do litoral souberam como o SENHOR tinha secado o Jordão diante dos israelitas até que tivéssemos atravessado. Por isso, desanimaram-se e perderam a coragem de enfrentar os israelitas. Naquela ocasião o SENHOR disse a Josué: “Faça facas de pedra e circuncide os israelitas”. Josué fez facas de pedra e circuncidou os israelitas em Gibeate-Aralotec. Ele fez isso porque todos os homens aptos para a guerra morreram no deserto depois de terem saído do Egito. Todos os que saíram haviam sido circuncidados, mas todos os que nasceram no deserto, no caminho, depois da saída do Egito, não passaram pela circuncisão. Os israelitas andaram quarenta anos pelo deserto, até que todos os guerreiros que tinham saído do Egito morressem, visto que não tinham obedecido ao SENHOR. Pois o SENHOR lhes havia jurado que não veriam a terra que prometera aos seus antepassados que nos daria, terra onde manam leite e mel. Assim, em lugar deles colocou os seus filhos, e estes foram os que Josué circuncidou. Ainda estavam incircuncisos porque não tinham sido circuncidados durante a viagem. E, depois que a nação inteira foi circuncidada, eles ficaram onde estavam, no acampamento, até se recuperarem. Então o SENHOR disse a Josué: “Hoje removi de vocês a humilhação sofrida no Egito”. Por isso até hoje o lugar se chama Gilgal. Na tarde do décimo quarto dia do mês, enquanto estavam acampados em Gilgal, na planície de Jericó, os israelitas celebraram a Páscoa.” – Jousé 5:1-10
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A circuncisão marcava toda pessoa do sexo masculino como um filho de Abraão consagrado ao serviço do Senhor. Era o “sinal da aliança” instituído por Deus, e significava que Abraão se comprometera com o Senhor por meio de um pacto, segundo o qual somente o Senhor seria o seu Deus, a quem Abraão serviria e em quem confiaria. Veja: “Esta é a minha aliança com você e com os seus descendentes, aliança que terá que ser guardada: Todos os do sexo masculino entre vocês serão circuncidados na carne. Terão que fazer essa marca, que será o sinal da aliança entre mim e vocês” – Gênesis 17:10-11. Pelo que lemos no texto de abertura, a circuncisão era uma condição para que o povo tivesse direito a tomar posse da Terra da Promessa. Era condição para a celebração da Páscoa que é o mesmo que passar da Terra da escravidão para a Terra da liberdade. Leiam o que está em Êxodo12:47-48: “Qualquer estrangeiro residente entre vocês que quiser celebrar a Páscoa do SENHOR terá que circuncidar todos os do sexo masculino da sua família; então poderá participar como o natural da terra. Nenhum incircunciso poderá participar. A mesma lei se aplicará ao natural da terra e ao estrangeiro residente”.
Todos que saíram do Egito tinham sido circuncidados, mas, pelas contínuas desobediências, nenhum entrou na terra prometida “onde manavam leite e mel”.Por não terem sido fiéis ao pacto que fizeram no tempo de Abraão, a terra da libertação foi fechada para eles.
Josué estava, agora, com os filhos dos que saíram do Egito e que não tinham ainda sido circuncidados. Eles estavam na Terra Prometida conduzidos por Josué. Mas não estavam ainda espiritualmente preparados nem haviam ainda celebrado a Páscoa, ou seja, tomado posse da terra. Chegaram ao território da liberdade. Mas, a terra ainda não era deles. Para que isto acontecesse, Deus exigiu que Josué os circuncidasse.
Nós entramos na Terra da Libertação conduzidos pelo Senhor Jesus. Josué substituiu Moisés e conduziu o povo de Deus. Hoje, Jesus, em obediência ao Pai, nos conduziu e continua nos conduzindo, em um contínuo processo de páscoa. [É interessante lembrar que a raiz do nome Josué é a mesma do nome Jesus]. A morte de Jesus nos colocou na Nova Terra Prometida, mas a caminhada não terminou.
Nós saímos do Egito [símbolo de escravidão] quando nascemos de novo. Podemos ter nascidos de novo, mas ainda não somos livres por inteiro. Ainda não somos livres em tudo. Quantas marcas da nossa história de vida e do mundo ainda carregamos! Ainda podemos não termos convertidos. Nascemos de novo no espírito, mas a conversão se dá na alma. E se a alma não se converter o espírito se enfraquece. É por isso que muitos de nós que nascemos de novo continuamos crianças no espírito. Nossa caminhada, ainda continua embaraçada. Se pela graça, nascemos. Pela graça e pelo nosso esforço crescemos.
Este esforço significa a contínua busca da cura de nossas manchas espirituais [ou pobrezas espirituais] e de nossas enfermidades psíquicas e sociais. Não basta ou, melhor, não se consegue ser pleno no espírito se a alma e o coração permanecerem doentes. O fortalecimento do espírito é de responsabilidade do Espírito, desde que o permitamos. Mas, a cura da alma e do coração depende de nossa vontade com a segurança da nossa dependência de Deus, uma vez que “tudo posso naquele em quem confio” – Deus que me fortalece. O que queremos dizer é que sem a libertação, que depende de curas procuradas e processadas, não conseguimos tomar posse de t-o-d-a a graça que Deus nos prometeu dar. De toda a Terra da Promessa.
Para melhor entendermos que estamos querendo dizer, vamos reforçar nosso pensamento: Não tomamos posse de toda a Terra da Graça, apesar de nascermos de novo porque não crescemos. Nascemos de novo, mas não conseguimos andar na liberdade, porque temos pés amarrados com laços do mundo, com laços da alma não suficientemente bem tratada. Alma é infectada de feridas não curadas, de pecados não confessados. Alma com eternas amarguras. Almas escravizadas pelo orgulho, pela soberba. Coração infartado porque o sangue do perdão não corre ou está coagulado. Coração que não bate de tanta frieza com Deus, com o cônjuge, com os filhos, com os irmãos de igreja.
Não tomamos posse de Toda a Terra da Libertação porque resistimos a sermos circuncidados. A proposta deste projeto [LIBERTAÇÃO PELA GRAÇA][1]é nos submetermos à circuncisão. E Deus quer usar o irmão para nos circuncidar.
A circuncisão para o judeu exigia duas coisas: Ficar nu e confiar na pessoa que faria a cirurgia. Confiar que o cirurgião não iria cortar o testículo e, sim, o pênis. Era cortar só uma pelinha. Por isso, a faca tinha que ser de pedra e não, de metal. A faca de pedra era mais eficiente. Para o judeu a circuncisão era um sinal de submissão ao conserto. Querer ser curado é aceitar ser submisso ao conserto.
Se verdadeiramente, nós queremos ser curados para gozarmos da libertação temos que nos submeter a ficarmos nus diante de Deus. Mas Deus quer que fiquemos nus diante dos irmãos. É o mesmo que abrirmos nossa alma inteira ao irmão como “facas” de Deus para nos circuncidar. Na Bíblia, mais especificamente em Tiago 5 encontramos este preceito: “... confessem os seus pecados [seus traumas, suas mágoas, seus desacertos espirituais] uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados.


[1]Libertação pela Graça – são nossas reuniões de casais focadas na busca da cura espiritual e emocional mediante a confissão de nossas fraquezas [traumas, frustrações, mágoas, feridas, traições e etc]

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Euler P Campos

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