08/12/2011

A MULHER DE IDENTIDADE

1. Antes de qualquer coisa, eu quero fazer uma pergunta a vocês mulheres. Uma pergunta que não quer calar. Você ama a mulher que você é? Você ama a mulher que está em você?

2. A resposta a esta pergunta define a sua identidade. Dá legalidade à sua identidade. Estamos vivendo em um mundo em que as pessoas, facilmente, desapercebidamente ou, mesmo, com consciência, estão perdendo ou trocando sua identidade. Não sabem o que são nem o que querem. Vivem na onda do “deixa a vida me levar”. Normalmente, quem deixa a vida levá-lo é porque está perdido.

3. Identidade não se nega, não se vende e não se troca. Sem identidade assumida, somos anônimas, desconhecidas para nós e para os outros. Não somos e não existimos. Se não formos espertas e equilibradas, o que fazemos pode estragar ou rasgar a nossa identidade. Nós, mulheres, sempre estamos correndo o risco de perdermos nossa identidade. Facilmente, nos tornamos simples coisas.

4. Os nossos papeis de mulheres e como mulheres de namoro, esposa, mãe, profissão são a nossa carteira de identidade. Nenhum papel que possamos exercer na vida pode contrariar nossa identidade, mas pode enriquecê-la. Não é apenas o nome, filiação e data de nascimento que nos identifica, mas o que cremos e fazemos. A mulher, que deixa a vida levá-la, se perde. Seu papel primeiro é levar a vida dentro de propósitos definidos e queridos.

5. O que fazemos revela o que somos. Somos conhecidas por aquilo que fazemos mais do que por aquilo que apresentamos ou representamos. Muitas vezes, o que apresentamos não passa de máscaras. E máscara é mentira. Para que isso não aconteça o que fazemos precisa ter espírito e marca.

6. A marca mais poderosa é o AMOR. Para nós, que sabemos em que Deus cremos, esta marca é o amor que vem dele. É o amor feito á semelhança do amor de Deus. Quem quiser saber o que é amor, precisa aprender de Deus. Não temos dúvida, o que caracteriza a mulher-criatura é o amor. O amor é sua natureza. Deus reconhece isso. Na Bíblia, Deus chega a dar ordem ao homem para que ele ame sua esposa. É um mandamento de Deus para o marido. Mas não exige isso da mulher. Porque ele sabe que o homem tem dificuldade de amar. Pelo contrário, para a mulher, amar é um gesto natural.

O nome da mulher é AMOR. Amor é sua identidade. Amor é a sua arma de vida e de luta. Antigamente, cantávamos na escola e na igreja: só o amor constrói.

7. Amor é um verbo. Verbo é ação. A natureza do amor não é sentimento ou emoção. Isto pode revelar amor. Mas, não é amor. Amor não é um simples estado de espírito fora da realidade. Ele é o componente básico e essencial para nos sobreviver nos relacionamentos. Aliás, amor é um verbo que exige um objeto. O amor exige, no mínimo, duas pessoas: eu e o outro. Eu não amo o nada. Eu amo alguém ou, no mínimo, amo alguma coisa. Ou melhor: eu amo pessoas (incluindo Deus) e gosto de coisas. Eu não amo a profissão, mas eu gosto dela. Todavia eu coloco na profissão todo o amor que eu tenho por mim.

8. Amor é, também, uma escolha. Como o ódio também é uma escolha. É uma escolha que eu faço e não que os outros fazem por mim. Em toda e qualquer situação da vida – na alegria e na tristeza, no sucesso e no fracasso, na família e no trabalho – é o amor que nos faz mulheres melhores, que nos fortalece. Parafraseando uma passagem bíblica, podemos nos arriscar e dizer: “tudo posso no amor que me fortalece”. Este amor, por natureza, está em mim. É ele que nos faz melhores filhas, melhores namoradas, melhores esposas, melhores mães, melhores profissionais. É o amor que nos qualifica e nos diferencia como pessoas. Em todo lugar que estejamos e com quem vivemos é o amor que não nos deixará corromper. A mulher que se corrompe é coisa.

9. O amor vivido em espírito e em verdade, não, em pura emoção e sentimentalismo, enche a vida. Dá direção e sentido ao que pensamos e fazemos. Transforma e perfuma os lugares onde estamos e as pessoas que nos rodeiam. Principalmente as pessoas mais íntimas.

10. Aqui, eu repito a pergunta: Você ama a mulher que você é? Você ama esta mulher que está em você?.

O sucesso de sua vida, como mulher dona de casa, como funcionária, como empreendedora, como “socielaite”, depende, em primeiro lugar do amor que você tem a você. Quanto maior for o amor por você melhor e mais mulher será você. Mas, cuidado: o seu amor por você não combina com fechar-se no quarto do egoísmo ou com a busca da “idolatração” e dos “paparazzis”. Nada pode matar a nossa natureza de ser mulher. Se isto acontece, nós nos tornamos aberrações da natureza. E, hoje, a cada dia, por uma cultura falsa e leviana, a mulher está se tornando aberração feminina. A mídia está brincando com as mulheres. E elas estão aceitando a brincadeira. Basta ver “as novas identidades” presentes no mundo da mulher: mulher melancia e outras.

11. Parafraseando, mais uma vez, uma passagem bíblica, você poderia dizer, sem medo de errar: “não sou eu quem vive, é o amor que vive em mim”. Este é o princípio que deve orientar a nossa vida e a nossa vocação de mulher. Ser mulher é uma vocação. É uma missão. Se isto for verdade, nenhuma atividade, nem mesmo a profissão vai contrariar minha natureza feminina, ou os papeis próprios de mulher.

É tudo uma questão de sabedoria, discernimento e maturidade. O espírito feminino de mulher pode humanizar o trabalho profissional e as atividades esportivas. E a disciplina profissional e esportiva pode enriquecer o relacionamento familiar. Em tudo que vivemos e fazemos há lições. O método de aprendizagem é querer ver e querer ouvir. Ver com os olhos do amor. Ouvir com os ouvidos do amor. Se não houver sabedoria, discernimento e maturidade, estará sempre presente o perigo da corrupção moral, intelectual e espiritual.

12. Você precisa estar atenta às prioridades dos valores colocados por Deus, no ato da criação do ser humano e das relações: primeiro: sou filha de Deus; assim sou amor; segundo: sou esposa; isto significa que meu esposo é a minha prioridade; terceiro: sou mãe; por isso entendo que meus filhos são a minha segunda prioridade; quarto: sou profissional ou ministra em minha igreja. Qualquer mudança nesta ordem desvirtua qualquer relação e a confusão passa a dominar nossa vida. Nada é pior do que um relacionamento quebrado.

As revistas têm mostrado testemunhos que mulheres para não perderem filhos e maridos, por um tempo, deixam sua profissão e voltam para sua casa, para assumirem o papel de mãe e esposa.

13. Ser mulher, esposa e mãe não tem poder de apagar os sonhos de realizações pessoais. Sonhar faz parte da minha identidade. Isto, desde que a mulher saiba quem ela é e saiba o que ela quer da vida. Mulher sem identidade e sem propósitos é uma mulher oca. É uma mulher estéril em qualquer lugar e tempo que viva. Não tem nada a oferecer e nada a receber.

14. Onde está a mulher que se ama, ama e é amada, está a vida. A vocação e a natureza da mulher deixa isto muito claro quando Deus quis que de dentro dela viesse a vida em forma de criança. A mulher que se ama e ama está sempre gerando vida e graça na família, na igreja, nos eventos sociais e nas empresas.

15. Seja você como mulher com propósitos, em amor, bênção de vida abundante onde quer que você esteja.






Por:Prª Maria Edith P Campos
10/12/2011