13/02/2012

JESUS PEDE LICENÇA PARA ENTRAR...

Minha saudação inicial é dizer ao Espírito Santo de Deus que ele seja bem-vindo. Primeiro porque aqui é o seu lugar, principalmente quando o momento é de aprendizagem e exortação. E segundo porque precisamos dele. E seria uma loucura espiritual querermos resistir à sua revelação. Além do mais, uma igreja sem o Espírito Santo é uma comunidade de ossos secos. Nós sem o Espírito Santo somos apenas ossos secos. Sem vida. Ainda que tenhamos carne envolvendo os ossos, continuamos sem vida. Declarem, pois, comigo: BEM-VINDO ESPÍRITO SANTO!
Convido a todos par que, por alguns momentos, fiquem em silêncio, fechem seus olhos, abram seus ouvidos e ouçam umas batidas na porta do seu coração. Ouçam, com atenção! Alguém está batendo à porta do seu coração.
Tenho descoberto, ultimamente, que Deus, também, tem suas necessidades “psicológicas”. Quando lemos e oramos a oração do Pai Nosso, o Espírito Santo nos revela as necessidades de Deus. Ele tem necessidade de nosso louvor, de nossa adoração, de nossa santificação, de nossa obediência. Por isso ele é chamado de Pai Nosso. E, como todo pai, Deus também tem desejos de ter filhos. Tem os desejos de Pai. O que Deus ficaria fazendo se não tivesse com quem se relacionar, conversar, expressar seus sentimentos?
Quando ele, Deus, o Criador, o Senhor, o Todo poderoso se autodenomina de Pai é porque ele precisa e quer expressar suas necessidades. E sua maior necessidade é estar junto com seus filhos, que somos nós. E a sua necessidade que mais me impacta, que me choca, ou, como dizemos lá em casa, me faz ficar “bege”, é a sua necessidade de amar e de ser amado. Eu creio que Deus, ao criar o homem à sua imagem e semelhança, ele não queria somente de sua criatura o louvor (“fomos criados para louvar a Deus) mas, também, queria alguém a quem amar e de quem receber amor. Ou seja queria alguém com quem estar continuamente trocando “juras” de amor. E é tremenda a sua expressão de amor para conosco. Isto é manifesto, de uma forma estonteante, no capítulo 3, verso 16 do evangelho de João: “.... Deus amou tanto o mundo que deu seu Filho único, para que todo aquele que crer nele não pereça, mas tenha a vida eterna”
Diferente de qualquer outro tipo de deuses, o nosso Deus é AMOR. Os outros deuses querem tudo para eles, enquanto o nosso Deus quer tudo para nós. Amor é o nome do nosso Deus. Amor deveria o nosso nome como filhos de Deus, como somos chamados por Ele. Em Jesus, temos o mesmo “DNA” de Deus.
O amor de Deus foi tão forte, tão espantoso, a ponto de deixar seu filho único sofrendo, sozinho, na cruz. Jesus reclamou de sua ausência: “Meu Pai, meu Pai, porque me abandonaste, agora! Por que me deixaste sozinho!” Com esta atitude de um amor tão radical, eu penso que era como Deus dissesse a seu Filho único: “meu filho você não me pertence mais. Você, agora, é de Euler, é de Paulo, é de Cida, é de João Batista, de todos a quem eu amo e quero salvar.
Deus nos ama tanto que sente necessidade de ficar, vinte e quatro horas, ou, como Deus não tem o nosso fuso horário, em todo o seu próprio tempo, perto de nós. Por todo o tempo dele, nós ocupamos o pensamento de Deus, por pior que sejamos, por mais traidores que sejamos. Durante todo o tempo da vida que ele mesmo nos dá ele fica batendo à nossa porta. “Eis que estou à porta e bato”. Bate à porta da sua igreja, a comunidade de seus filhos, bate à porta de nossas casas e bate à porta de nossa alma e de nosso coração. Mas como está, às vezes, difícil ele entrar! Porque temos resistência em abrir para que ele entre e fique à vontade.
Uma pergunta: esta igreja está com a porta sempre aberta para Jesus? Porque para algumas igrejas, Jesus é um estranho. Sua casa – família – está sempre aberta para Jesus? Ou ela já está tão cheia de bezerros de ouro, de “estrelas” que não há mais lugar para ele.... E Ele iria incomodar muito, como já incomoda algumas igrejas...
Vamos lembrar uma das cartas que Jesus, escreveu às igrejas, como está no livro do Apocalipse. Sete igrejas receberam a sua carta. Uma carta específica para cada igreja específica. Para algumas, ele expressou elogios de satisfação e, para outras ele expressou tristeza, decepção e traição. Mas vamos abrir a Palavra em Apocalipse 3: 14-22. Cada carta é uma profecia para o tempo que sua igreja iria viver durante toda a História até hoje. A maioria dos intérpretes, não tem dúvida em afirmar que esta carta à igreja de Laodicéia é a revelação do que a igreja de Cristo está vivendo, nos momentos atuais. E quando falamos igreja, o mesmo falamos da família e da pessoa chamada que tem o nome cristão. A família, dita cristã, não é mais a que Deus pensou. O cristão, salvo, não é mais o que Deus pensou. Já faz um tempo que ele “esqueceu o primeiro amor”, ou, nele, “há uma coisa errada: não ama Jesus como no princípio” – Bíblia Viva, Apocalipse 2:4.
A Igreja de Laodiceia – retrato da igreja em que vivemos – ainda que se vangloriando de ser a Igreja de Cristo, se deixou embriagar pelos deuses de ouro, substituiu o Espírito Santo de Deus pelo espírito de sedução do mundo que se multiplica a cada dia em outros espíritos de poderes que se competem, de vaidade e orgulho, de comércio de louvores e milagres.
Não há diferença mais entre a IGREJA DE JESUS CRISTO (maiúscula) e a “igreja” do mundo, mais divertida. Há grandes estruturas, muito dinheiro, muito poder que vem da vaidade e, não de Deus, muita esnobação sacrílega do nome cristão. Há até louvor com poderosos conjuntos e estrelas de louvor, mas não há mais intimidade com o Senhor e, não mais santidade. Uma igreja que tem tudo, mas está nua, sem fé que transforma, sem visão das coisas do alto, sem visão missionária e evangel´ística, e se tornou uma igreja morna. Sem espiritualidade, sem virtudes, sem compromisso. Uma igreja que não mais se engravida de filhos. Mas se engravida de monstros de futilidades, de sexualidade, de competições internas, de “cristãos” estranhos e que se estranham. O amor já era!... Em algumas há até milagres, mas não há conversão e compromisso. Promessas, milagres, prosperidade é tudo produto de venda. A igreja que tem uma boa equipe “cristã” de venda de promessas e milagres, vende mais ou “cresce” mais... Cruz, amor, solidariedade, salvação, louvor, adoração, intimidade, são produtos difíceis de se vender em algumas das igrejas por aí...
Este tipo de igreja faz revirar o estômago de Deus a ponto de ele dizer: não agüento mais. Vou vomitar. É a única vez, em toda a história bíblia que Deus se sente mal do estômago diante do mal. Jesus suporta uma igreja fria ou quente, porque ainda há condição de ele fazer alguma coisa. Mas uma igreja morna... Talvez Cristo prefere uma oposição direta á sua Palavra do que o comodismo. Talvez ele prefere uma rejeição mais clara do que o “é e não é”.
Mas Jesus não deixa de amar... Se sua grande paixão é amar, ele ama e vai amar até o fim, ainda que sofra de enjôo. Por isso ele continua junto à porta e batendo. É um quadro muito, muito e muito estranho: Cristo, do lado de fora, pedindo licença para entrar em uma de suas igrejas. Mas, em certa medida, esta é a situação de muitas igrejas nos dias de hoje, que operam em nome de Cristo, mas dando pouca importância e ênfase à pessoa dele, à sua cruz. Ele, Jesus, não passa de uma quadro dependurado na parede.
E Cristo chama atenção para as extravagâncias dessas igrejas, para a soberba e o orgulho delas. Veja nos versos 17 e dá um conselho no verso 18. E, ainda, revela sua disposição, no verso 19. Vamos ler na versão A Bíblia Viva: “Você diz: “Eu sou rico, tenho tudo o que necessito; não preciso de coisa alguma”. E não percebe que espiritualmente você é um desgraçado, um miserável, um pobre, um cego e um nu - PECADOR. O meu conselho a você é que compre de mim ouro puro, ouro purificado pelo fogo – só então você será verdadeiramente ESPIRITUALMENTE rico. E que adquira de mim vestes brancas, limpas e puras, para que não fique nu e ESPIRTUALMENTE envergonhado; e que obtenha de mim remédio para cura de seus olhos e devolver-lhe a sua vida COM OS OLHOS DO ESPÍRITO”. Eu corrijo e castigo constantemente todo aquele A QUEM AMO; portanto, devo castigá-lo, a menos que você abandone sua indiferença e se torne um entusiasta das coisas de Deus.
Vamos para os últimos versos desta palavra de 20. Grandes promessas, que serão cumpridas, são feitas aos vencedores, aos entusiastas, aos “quentes” do amor comprometido. Vejamos essas especificadas nos capítulos 2 e 3.
2:7 – Eu darei do fruto da árvore da vida que está no paraíso de Deus.
2:11 – Eu lhe darei a coroa da vida – um futuro glorioso e sem fim.
2:17 – Todo o que for vitorioso comerá do maná escondido, a nutrição secreta do céu; e a cada um eu darei uma pedra branca, e na pedra estará gravado um nome novo que ninguém mais conhece, a não ser aquele que o recebe.
2:26-28 – Eu darei poder sobre as nações. Vocês a governarão com uma mão de ferro, tal como o meu Pai me deu autoridade de governá-las; elas serão esmigalhadas como um vaso de no barro quando é quebrado em pedaços pequeninos. E eu darei a vocês a estrela da manhã.
3:5-6 – Todo aquele que vencer será vestido de branco, e eu não apagarei o nome dele do Livro da Vida, e sim anunciarei diante do meu Pai e dos seus anjos que esse me pertence.
3:12 – Eu o farei uma coluna no templo de meu Deus; ele estará firme,. E não sairá mais;e eu escreverei o nele o nome do meu Deus, e será cidadão na c idade do meu Deus – a Nova Jerusalém , que desce do céu v inda do meu Deus; e terá o meu novo nome gravado nele.
Não vejo necessidade de tentar explicar estas promessas. Elas são tremendas fáceis de serem entendidas. Coloquem o coração nelas. Vibrem e louvem.
Terminando esta palavra, ouçam e levem com vocês o alerta de Jesus: “Atenção! Eu tenho permanecido à porta e estou batendo constantemente. (Se a igreja não abrir) e alguém – você – me ouvir chamá-lo e abrir a porta, eu entrarei e farei companhia a ele, e ele a mim. E permitirei que cada um que vencer se sente ao meu lado no meu trono, tal como eu ocupei o meu lugar com o meu Pai no trono dele quando me tornei vencedor”.
Que todas as nossas portas estejam sempre abertos para que o Senhor Jesus tenha fácil acesso à nossa igreja, à nossa família e a nós. Amém.

Por: Euler P Campos 13/02/2012