PARA INTRODUZIR:
LIBERTAÇÃO SUPÕE CIRCUNCISÃO
“Todos os reis amorreus que habitavam a oeste do Jordão e todos os reis
cananeus que viviam ao longo do litoral souberam como o SENHOR tinha secado o
Jordão diante dos israelitas até que tivéssemos atravessado. Por isso,
desanimaram-se e perderam a coragem de enfrentar os israelitas. Naquela ocasião o SENHOR disse a
Josué: “Faça facas de pedra e circuncide os israelitas”. Josué fez facas de pedra e circuncidou os israelitas em
Gibeate-Aralotec. Ele fez isso
porque todos os homens aptos para a guerra morreram no deserto depois de terem
saído do Egito. Todos os que
saíram haviam sido circuncidados, mas todos os que nasceram no deserto, no
caminho, depois da saída do Egito, não passaram pela circuncisão. Os israelitas andaram quarenta anos pelo deserto, até que todos os
guerreiros que tinham saído do Egito morressem, visto que não tinham obedecido
ao SENHOR. Pois o SENHOR lhes havia jurado que não veriam a terra que prometera
aos seus antepassados que nos daria, terra onde manam leite e mel. Assim, em lugar deles colocou os seus filhos, e estes foram os que Josué
circuncidou. Ainda estavam incircuncisos porque não tinham sido circuncidados
durante a viagem. E, depois que a
nação inteira foi circuncidada, eles ficaram onde estavam, no acampamento, até
se recuperarem. Então o SENHOR
disse a Josué: “Hoje removi de vocês a humilhação sofrida no Egito”. Por isso
até hoje o lugar se chama Gilgal. Na tarde do décimo
quarto dia do mês, enquanto estavam acampados em Gilgal, na planície de Jericó,
os israelitas celebraram a Páscoa.” – Jousé 5:1-10
A
circuncisão marcava toda pessoa do sexo masculino como um filho de Abraão como
consagrado ao serviço do Senhor. Era o “sinal da aliança” instituído por Deus,
e significava que Abraão se comprometera com o Senhor por meio de um pacto,
segundo o qual somente o Senhor seria o seu Deus, a quem Abraão serviria e em
quem confiaria. Veja: “Esta é a minha
aliança com você e com os seus descendentes, aliança que terá que ser guardada:
Todos os do sexo masculino entre vocês serão circuncidados na carne. Terão que
fazer essa marca, que será o sinal da aliança entre mim e vocês” – Gênesis
17:10-11. Pelo que lemos no texto de abertura, a circuncisão era uma condição
para que povo tivesse direito a tomar posse da Terra da Promessa. Era condição
para a celebração da Páscoa que é o mesmo que passar da terra da escravidão
para a terra da liberdade. Leiam o que está em Êxodo12:47-48: “Qualquer estrangeiro residente entre vocês que
quiser celebrar a Páscoa do SENHOR terá que circuncidar todos os do sexo masculino da sua
família; então poderá participar como o natural da terra. Nenhum incircunciso
poderá participar. A mesma lei se aplicará ao natural da terra e ao estrangeiro
residente”.
Todos que saíram do Egito tinham sido
circuncidados, mas, pelas contínuas desobediências, nenhum entrou na terra
prometida “onde manavam leite e mel”.
Por não terem sido fiéis ao pacto que fizeram no tempo de Abraão, a terra da
libertação foi fechada para eles.
Josué estava, agora, com os filhos dos que
saíram do Egito e que não tinham ainda sido circuncidados. Eles estavam na
Terra Prometida conduzidos por Josué. Mas não estavam ainda espiritualmente
preparados nem haviam ainda celebrado a Páscoa, ou seja, tomado posse da terra.
Chegaram ao território da liberdade. Mas, a terra ainda não era deles. Para que
isto acontecesse, Deus exigiu que Josué os circuncidasse.
Nós entramos na Terra da Libertação conduzidos
pelo Senhor Jesus. Josué substituiu Moisés e conduziu o povo de Deus. Hoje,
Jesus, em obediência ao Pai, nos conduziu e continua nos conduzindo, em um
contínuo processo de páscoa. [É
interessante lembrar que a raiz do nome Josué é a mesma do nome Jesus]. A
morte de Jesus nos colocou na Nova Terra Prometida, mas a caminhada não
terminou.
Nós saímos do Egito [símbolo de
escravidão] quando nascemos de novo. Podemos ter nascidos de novo, mas ainda
não somos livres por inteiro. Ainda não somos livres em tudo. Quantas marcas da
nossa história de vida e do mundo ainda carregamos! Ainda podemos não termos
convertidos. Nascemos de novo no espírito, mas a conversão se dá na alma. E se
a alma não se converter o espírito se enfraquece. É por isso que muitos de nas
que nascemos de novo continuamos crianças no espírito. Nossa caminhada, ainda
continua embaraçada. Se pela graça, nascemos. Pela graça e pelo nosso esforço
crescemos.
Este esforço significa a contínua busca da
cura de nossas manchas espirituais [ou pobrezas espirituais] e de nossas
enfermidades psíquicas e sociais. Não basta ou, melhor, não se consegue ser
pleno no espírito se a alma e o coração permanecerem doentes. O fortalecimento
do espírito é de responsabilidade do Espírito, desde que o permitamos. Mas a
cura da alma e do coração depende de nossa vontade com a segurança da nossa
dependência de Deus, uma vez que “tudo
posso naquele em quem confio” – Deus que me fortalece. O que queremos dizer
é que sem a libertação, que depende de curas procuradas e processadas, não
conseguimos tomar posse de t-o-d-a a graça que Deus nos prometeu dar. De toda a
Terra da Promessa.
Para melhor entendermos que estamos
querendo dizer, vamos reforçar nosso pensamento: Não tomamos posse de toda a
Terra da Graça, apesar de nascermos de novo porque não crescemos. Nascemos de
novo mas não conseguimos andar na liberdade, porque temos pés amarrados com
laços do mundo, com laços da alma não suficientemente bem tratada. Alma é
infectada de feridas não curadas, de pecados não confessados. Alma com eternas
amarguras. Almas escravizadas pelo orgulho, pela soberba. Coração infartado
porque o sangue do perdão não corre ou está coagulado. Coração que não bate de
tanta frieza com Deus, com o cônjuge, com os filhos, com os irmãos de igreja.
Não tomamos posse de Toda a Terra da
Libertação porque resistimos a sermos circuncidados. A proposta deste projeto é
nos submetermos à circuncisão. E Deus quer usar o irmão para nos circuncidar.
A circuncisão para o judeu exigia duas
coisas: Ficar nu e confiar na pessoa que faria a cirurgia. Confiar que o
cirurgião não iria cortar o testículo e não o pênis. Era cortar só uma pelinha.
Por isso, a faca tinha que ser de pedra e não, de metal. A faca de pedra era
mais eficiente. Para o judeu a circuncisão era um sinal de submissão ao
conserto. Querer ser curado é aceitar ser submisso ao conserto.
Se verdadeiramente, nós queremos ser
curados para gozarmos da libertação temos que nos submeter a ficarmos nus
diante de Deus. Mas Deus quer que fiquemos nus diante dos irmãos. É o mesmo que
abrirmos nossa alma inteira ao irmão como “facas” de Deus para nos circuncidar.
Na Bíblia, mais especificamente em Tiago 5 encontramos este preceito: “... confessem seus os seus pecados [seus
traumas, suas mágoas, seus desacertos espirituais] uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados”.
1. CORAÇÕES OBSTINADOS
Mas eles não
me ouviram, nem deram atenção. Antes, seguiram o raciocínio rebelde dos seus
corações maus – Jeremias 7:24
Uma das
características do ensino de Jeremias é que ele diagnosticou a indisposição de
Israel ao arrependimento como uma condição firmemente arraigada no coração.
Deus disse o seguinte: “Mas
este povo tem coração obstinado e rebelde” – 5:23; “todos eles são rebeldes
obstinados” – 6:28. De fato, grande parte desse mau comportamento era
devido ao “raciocínio rebelde dos seus corações maus” – 7:24. Jeremias
repete essa frase no mínimo sete vezes.
E uma vez que
a raiz do problema está no coração, Jeremias enfatiza que não há remédio humano
capaz de curá-lo. “Mesmo que todo o povo de Judá se lavasse com soda e com muito sabão, a
mancha da sua iniqüidade permaneceria diante de mim” – 2.22. “Será
que o etíope pode mudar a sua pele? Ou o leopardo as suas pintas? Assim também
vocês [o povo de Judá] são incapazes de fazer o bem, vocês, que
estão acostumados a praticar o mal” – 13:23. Uma vez que “o
pecado de Judá foi escrito com estilete de ferro e gravado com ponta de
diamante nas tábuas dos seus corações” ele não pode ser apagado – 17:1. Além disso “o
coração é mais enganoso que qualquer outra coisa”, e desesperadamente
corrupto – 17:9. Essas quatro imagens ilustram vivamente o fato de que não há
cura humana para o pecado. Ele é como uma mancha que não pode ser erradicada,
como pigmentação de pele que não pode ser mudado, como uma gravação que não
pode ser removida e, como uma doença que não tem cura. Só Deus pode mudar o
coração humano.
Jeremias
então clama: “Ó Jerusalém, lave o mal do seu coração” - 4:14, mas ele sabe
que não pode fazer isso. Assim, ele aguarda ansiosamente o dia em que Deus
estabelecerá uma nova aliança com o seu povo, e escreverá sua lei em seus
corações, como prometeu. Vamos ler em 31:31-34
“Estão chegando os dias”, declara o Senhor, “quando farei uma nova
aliança com a comunidade de Judá. Não será como a aliança que fiz com os seus
antepassados quando os tomei pela mão para tirá-los do Egito; porque quebraram
a minha aliança, apesar de eu seu o Senhor deles”, diz o Senhor. “Esta é a
aliança que farei com a comunidade de Israel depois daqueles dias”, declara o
Senhor: “Porei a minha lei no íntimo deles e a escreverei nos seus corações.
Serei o Deus deles e eles serão o meu povo. Ninguém ais ensinará ao seu próximo
nem ao seu irmão, dizendo: “Conheça o Senhor”, porque todos me conhecerão,
desde o menor até o maior”, diz o Senhor. “Porque eu lhes perdoarei a maldade e
não me lembrarei mais dos seus pecados”
Em outras
palavras, ele lhes dará um novo coração. Em 32:39: “”Darei a eles um só pensamento e
uma só conduta para que me temam durante toda a sua vida, para o seu próprio
bem e o de seus filhos e descendentes”. Mais ou menos é que está em
Ezequiel 36:26. “Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês;
tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne”. Essa
promessa é maravilhosamente cumprida hoje, sempre que alguém passa pela
experiência do novo nascimento.
DINÂMICA - pergunta para o grupo (cada casal
responde e descreve; não basta dizer “está bom”; “está mais ou menos”; “está
ruim”):
Como está o
seu coração com você, com seu cônjuge e com Deus?
Leitura para terminar: João 3:1-15.
Contudo os seus compatriotas dizem: “O caminho do Senhor não é justo”.
Mas o caminho deles é que não é justo. – Ezequiel
33:17
Nos capítulos 4 a 24 de Ezequiel sentimos que não
há nenhuma dúvida de que o tema principal deste trecho diz respeito ao pecado
e ao juízo divino, ou seja, de um lado,
um a exposição do pecado de Israel, e de outro, a legitimidade do juízo de
Deus. Além disso, os pecados expostos por Ezequiel são claras violações aos Dez
Mandamentos.
Primeiramente, o povo de Deus não estava amando a Deus com inteireza de
coração. Ao contrário, quando Ezequiel teve uma visão de Jerusalém, ficou
horrorizado com as imagens idólatras
que encontrou, inclusive dentro do
próprio templo, chamando-as de “práticas
ímpias e repugnantes” – 6:11. Homens e mulheres, sacerdotes e leigos,
estavam profanando a casa de Deus. Um grupo de pessoas havia dado as costas
para o templo do Senhor e voltados seus
rostos para o oriente, prostrando-se na direção do sol – 8:16 Outros
estavam adorando nos lugares altos dos
cultos de fertilização dos cananeus. Alguns não haviam deixado a terrível
prática do sacrifício de crianças. Além
disso, a idolatria deles não era superficial; eles haviam “erguido
ídolos em seus corações” – 14:3.
Em segundo lugar, o povo de Deus não estava amando o seu próximo. Eles
haviam “enchido a terra de violência”
– 8:17– e deixado de cuidar dos pobres, de alimentar os famintos, de vestir os
que estavam nus e de assegurar a justiça aos oprimidos. Pior ainda, eles
fizeram com que Jerusalém adquirisse a fama de “cidade sanguinária” – 22:2, designação dada pelo profeta Naum à
cidade de Nínive – Na 3:1 -, porque muito sangue inocente havia sido derramado
nela.
Como a palavra “ídolos” representa o
clímax do pecado contra Deus, e “sangue” o clímax do pecado contra o
nosso próximo, é difícil imaginar uma
situação pior do que a combinação de ambos. Esta foi a acusação de
Ezequiel: “Vocês comem carne com sangue,
voltam-se para os seus ídolos e derramam sangue” – 33:25; veja também
36:18. Esse foi o registro da rebeldia de Israel. Não admira que eles tenham
levado Javé e sua glória para longe do santuário – 8:6.
DINÂMICA: TENDO COMO REFERÊNCIA O TEXTO ACIMA, ALGUMAS PERGUNTAS PARA REFLEXÃO:
1. “não estava amando a Deus com inteireza de coração”. Como está seu coração diante de Deus? Assinale e comente: [ ] amargura; [ ] frio com Deus; [ ] frio com a Igreja; [ ] frio com a família; [ ] frio com todos; [ ] livre para amar
2. “as
imagens idólatras que encontrou, inclusive dentro do próprio templo”. Somos o tempo de Deus. O que mais tem
enchido “o seu templo”? Assinale e
comente: [ ] Deus; [ ] o cônjuge; [ ] a família/filhos; [ ] a profissão; [ ] a mídia [
] outras coisas
3.
“voltados seus rostos para o oriente” – Em suas necessidades ou tribulações
em quem você busca socorro? Assinale e comente. [ ] Palavra de Deus; [ ] o cônjuge; [ ] o pastor; [ ] o pai ou a mãe; [ ] o amigo [
] ninguém
4. “erguido ídolos em seus
corações” – Quem é sua referência de vida como o seu ídolo?
Assinale e comente: [ ] Jesus; [ ] pai ou mãe; [ ] o chefe de trabalho; [ ] pastor; [ ] amigo; [
] jogador (futebol, basquete, luta...]; [ ] político; [ ] ator e atriz de novela
5. “não
estava amando o seu próximo” – Você tem nenhum amigo, poucos amigos ou
muitos amigos? Quem é o outro, fora
de sua família, para você ? Assinale e
comente. [ ] amado como filho de Deus
[ ] quem precisa de mim; [ ] como meu irmão; [ ] fiel em qualquer circunstância; [ ] merece meu perdão; [ ] me perdoa
3. NEGANDO A VERACIDADE DE DEUS
Dinâmica para
esta conversa. Depois da leitura do texto pelo facilitador: 1 – o grupo será
dividido em duplas de casais; 2 – cada dupla de casais se reunirá à parte para
responderem aos questionamentos do texto; 3 – depois de 30 a 45 minutos, todos
voltam ao grupo e cada dupla compartilhará o resultado de sua conversa.
“Ora, a serpente era a mais astuta de todos os
animais selvagens que o Senhor Deus tinha feito. E ela perguntou à mulher: “Foi
isto mesmo que Deus disse: “Não comam de nenhum fruto das árvores do jardim”?”
– Gênesis 3:1.
Devemos ter
em mente que Deus deu a Adão e à Eva três instruções: 1. a permissão para comerem livremente dos frutos de todas as
árvores do jardim, incluindo-se a da vida [2:16], 2. a proibição de comer o fruto da “árvore do conhecimento do bem e do mal” [2:17] e 3. a punição no caso de desobediência.
Assim, eles sabiam muito bem o que podiam e o que não podiam fazer, e o que aconteceria se desobedecessem.
Devemos considerar agora como a serpente, sendo mais astuta que todas as outras
criaturas, torceu essas instruções, transformando-as em tentações. A astúcia de
Satanás ainda emprega essas mesmas táticas.
@ - comer do fruto da “árvore do conhecimento do bem e do mal” é o mesmo que assumir o
controle da própria vida sem nenhuma dependência de Deus. Em que áreas de sua
vida conjugal você alguma vez agiu sem depender de Deus? Quais foram as
conseqüências de tal atitude?
O demônio
negou a veracidade de Deus. Deus havia dito que no dia em que Adão e Eva
comessem do fruto proibido, certamente morreriam [2:17]. Porém, o demônio lhes
diz: “Certamente não morrerão” [3:4].
Desta forma, Eva se viu diante de uma contradição. Ambas as afirmações poderiam
estar corretas; uma delas era uma mentira. Mas qual delas? Infelizmente, ela
acreditou na mentira do Diabo e duvidou da veracidade de Deus.
@ - quando em sua vida familiar a “verdade” do
mundo lhe falou mais alto que a verdade de Deus? Cite um exemplo e como isso
afetou sua vida.
Porém, Deus
estava falando a verdade. Adão e Eva morreram espiritualmente. Até pecarem,
eles podiam comer livremente da árvore da vida, mas agora haviam perdido esse
acesso privilegiado, e o caminho para a árvore da vida passou a ser
estritamente vigiado [22-24]. Ao mesmo tempo, seus corpos também se tornaram
mortais. Deus disse a Adão: “Por que você
é pó, e ao pó voltará” [v.19]. Os vestígios fósseis indicam claramente que
a morte sempre existiu nos reinos animal e vegetal. Mas parece que Deus
desejava que os seres humanos, feitos à sua imagem, experimentassem um fim mais
nobre que a desintegração que chamamos “morte”; talvez um tipo de “translado”,
como aconteceu com Enoque e Elias, que não passaram pela morte.
@ em que área de sua vida conjugal você se pensa
um “morto espiritual” que dificulta seu acesso á “árvore da vida”?
O demônio
continua negando as advertências de Deus acerca do seu juízo e da terrível
realidade do inferno para aqueles que se recusam a se arrepender. Continuamos a
ouvir o sussurro do Diabo: “Você não morrerá”. Mas é como os falsos profetas
que dizem “paz”, quando não há paz
[por exemplo. Ezequiel 13:10]. E, como disse Jesus, o Diabo é “mentiroso e o pai da mentira” [João
8:44]
@ em que pontos seus sentimentos são cópias dos
sentimentos do mundo que nega as advertências de Deus, parecendo que você vive
na paz quando não há paz?
Confirmação
em João 8:42-44: “Disse-lhes Jesus: “Se
Deus fosse o Pai de vocês, vocês me amariam, pois eu vim de Deus e agora estou
aqui. Eu não vim por mim mesmo, mas ele me enviou. Por que a minha linguagem
não é clara para vocês?° Porque são incapazes de ouvir o que eu digo. Vocês
pertencem ao pai de vocês, o Diabo, e querem realizar o desejo dele. Ele foi
homicida desde o princípio e não se apegou à verdade, pois não há verdade nele.
Quando mente, fala a sua própria língua, pois é mentiroso e pai da mentira”
“Os olhos dos dois se abriram, e perceberam que
estavam nus; então juntaram folhas de figueira para cobrir-se” – Gênesis 3:7
RECORDANDO - A
astúcia de Satanás foi levar o homem a negar a veracidade de Deus [3:1], como
já vimos, a negar, também, a bondade de Deus [3:1-5]. Quanto a negar a bondade
de Deus, o Diabo insinuou que Deus já sabia de tudo, por isso proibiu que eles
comessem do fruto. Em seguida, o Demônio continuou afirmando que Deus
deliberadamente negou-lhes o conhecimento que obteriam se comessem, pois não
estava interessado no bem-estar de ambos, mas em seu empobrecimento.
Mas o Diabo
foi mais longe. Foi levar Adão e Eva a negarem a “alteridade” de Deus, quando
ele disse: “Deus sabe que, no dia em que
dele comerem, seus olhos se abrirão, e vocês, como Deus, serão conhecedores do
bem e do mal” [3:4-6]. Ou seja acenou para Eva com a possibilidade de ela
se tornar como Deus.
Nessa
sugestão diabólica a essência do pecado se torna evidente, pois, Adão e Eva
foram criados à imagem e semelhança de Deus e desta forma eles já eram “como
Deus” em tudo aquilo que ele desejava que eles tivessem a sua essência, isto é,
na capacidade racional, moral, social e espiritual
que ele lhes havia concedido.
CONSEQUÊNCIAS
– Vergonha e culpa foram duas conseqüências imediatas da queda de Adão e Eva.
Primeiramente, eles sentiram vergonha. Por terem desobedecido à ordem de não
comer do fruto proibido, como conseqüência “os olhos dos dois se abriram”. É
claro que o texto não está se referindo aos olhos físicos, mas os olhos de suas
consciências. Eles agora enxergavam claramente a tolice e o pecado que haviam
cometido ao se rebelarem contra Deus. Além disso, sua nudez física, da qual não
se envergonhavam anteriormente [2:25], agora os enchia de constrangimento,
simbolizando seu sentimento de culpa diante de Deus. Mas, apesar deles terem
confessado seu pecado, aparentemente eles não perceberam as implicações disso
tudo, já que acharam que poderiam cobrir sua vergonha com um patético avental
de folhas de figueira [3:7]. Hoje, já muitos de nós e do nosso meio não sentem nenhuma vergonha
pelas suas desobediências à Palavra. O máximo que fazem é cobrir-se
disfarçadamente com alguma oração corrida ou alguma obra para a igreja.
@ Eles sentiram vergonha. Sua consciência ainda
não estava “endurecida”. Sua [nossa] “consciência conjugal” sente sempre
vergonha quando peca contra seu cônjuge com palavras, atos e pensamentos? Você
pode citar um exemplo? Porque pecar contra o outro é o mesmo que pecar contra
Deus.
O segundo
expediente a que Adão e Eva recorreram foi jogar a culpa um no outro. Adão
culpou Eva por ter-lhe dado o fruto e foi mais longe, culpando também a Deus
por ter-lhe dado Eva como companheira [v 12]. Quando Deus perguntou a Eva o que
ela havia feito, ela culpou a serpente por tê-la enganado [v13]. Fazemos o
mesmo hoje. Somos sempre inocentes de nossos pecados contra Deus e desamores
contra o outro [cônjuge]. Como “deuses” segundo o mentiroso projeto de Deus não
nos responsabilizamos pelos nossos maus atos. E como “pecadores
espiritualizados” acusamos o Diabo por montar armadilhas para nossas quedas. Em
muitos de nossos maus comportamentos e caratismo o Diabo é inocente.
@ Você pode citar um exemplo de momentos de queda
em que acusa seu parceiro conjugal, seu irmão de fé, seu chefe e colegas de
trabalho? Você nunca reconhece-se culpado de suas “pisadas na bola”?
Vergonha e
culpa são desculpas bastante atuais. Podemos nos tornar especialistas em
arranjar desculpas para tentar diminuir nosso sentimento de vergonha e em
culpar os outros. É a chamada “síndrome da Gabriela”. “Eu nasci assim”,
dizemos, ou “meus pais me criaram assim”, ou ainda, “minha família é assim, não
é minha culpa”. [Você parte deste grupo
de acusadores?] Entretanto, uma característica essencial de nossa
humanidade feita à imagem e semelhança de Deus é que assumamos a
responsabilidade pelas escolhas que fazemos.
@ Se você culpa alguém pelos seus problemas, quem
costuma ser o mais culpado? E onde seu cônjuge entra nesta?
Para
terminar: João 16:8-15 – “Quando ele
vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo. Do pecado porque os
homens não crêem em mim; da justiça, porque vou para o Pai, e vocês não me
verão mais; e do juízo, porque o príncipe deste mundo já está condenado”.
5 - O
LAVA-PÉS E A CEIA DO SENHOR
Ocasião especial: Celebração da Santa Ceia do
Grupo. Por isso, dois textos que se completam
Dinâmica – Três momentos: 1. Duas pessoas do
grupo avisadas previamente, preparam para explicar e comentar o texto com o grupo; 2. Em seguida, um
dos participantes lê a introdução às perguntas que serão feitas aos casais; 3.
O casal facilitador faz as perguntas específicas para serem respondida no grupo.
Primeiro
Momento: COMENTÁRIO AO TEXTO DO LAVA-PÉS
“Assim, [Jesus] levantou-se da mesa, tirou
sua capa e colocou uma toalha em volta da cintura... Derramou água numa bacia e
começou a lavar os pés dos seus discípulos, enxugando-os com a toalha que
estava em sua cintura – João 13:4-5.
Durante a
ceia, Jesus lavou os pés dos discípulos e disse-lhes que seguissem seu exemplo.
Alguns cristãos têm reproduzido fielmente essa cerimônia. Papas e patriarcas,
reis e rainha, ainda fazem isso na quinta-feira santa. Algumas igrejas
protestantes também incorporam a lavagem dos pés em seu culto da Santa Ceia.
Outros acreditam que Jesus não estava instituindo uma cerimônia, e sim
praticando um rito comum â cultura da época. TRANSPONDO A FALA DE JESUS PARA A
NOSSA CULTURA, ELE NOS DIZ QUE SE AMARMOS UNS AOS OUTROS, SERVIREMOS UNS AOS
OUTROS, DE FORMA QUE NÃO HAVERÁ NADA QUE POR DEMASIADAMENTE HUMILHANTE NÃO
POSSA SER FEITO.
O lava-pés,
no entanto, foi mais que um exemplo de serviço humilde; foi também uma parábola
da salvação. A princípio Pedro se recusou a permitir que Jesus lavasse seus
pés. Sendo assim, disse Jesus, o discípulo não poderia ter comunhão com ele.
Foi quando Pedro pediu para que também suas mãos e cabeça fossem lavados, ao que
Jesus respondeu: “Quem já se banhou precisa apenas lavar os pés; todo o seu
corpo está limpo” [João 13:10]
Fica assim,
muito claro que a lavagem era um retrato da salvação e que compreendia duas
etapas: PRIMEIRO UM BANHO, DEPOIS A LAVAGEM DOS PÉS. O costume implícito nessa
cerimônia era familiar. Antes de sair de casa para jantar na casa de um amigo,
o convidado tomava um banho. Ao caminhar descalço ou de sandálias, seus pés se
sujariam de novo. Assim, ao chegar, UM ESCRAVO LAVARIA SEUS PÉS, MAS NÃO HAVERIA
NECESSIDADE DE OUTRO BANHO.
Da mesma
forma, quando chegamos a Jesus Cristo por meio do arrependimento e da fé, somos
banhados. Teologicamente, este banho é chamado de “justificação” [recebimento
de uma nova condição] ou “regeneração” [experiência de um novo nascimento],
ambos representados no batismo, que não se repete. Depois, mesmo continuando a
cair em pecado e nos sujando da lama que há nas ruas imundas do mundo, não
precisamos de outra justificação, regeneração ou batismo, e sim de perdão
diário, simbolizado por nossa freqüência à Ceia do Senhor. Pedro cometeu dois
erros opostos. Primeiro, quando protestou a que Jesus lhe lavasse os pés. Em
seguida, ao pedir o banho completo, visto que tudo o que necessitava era ter
apenas os pés lavados. Que Deus nos ajude a compreender essa distinção.
“Por que
sempre que comerem deste pão e beberem deste cálice, vocês anunciam a morte do
Senhor até que ele venha” – 1 Coríntios 11:26.
Segundo
Momento: COMENTÁRIO AO TEXTO DA CEIA
Durante a
refeição no Cenáculo, Jesus tomou o pão e, partindo-o, deu-o aos discípulos,
dizendo-lhes: “isto é o meu corpo dado em
favor de vocês; façam isto em memória de mim” [Lucas 22:19]. Após a
refeição, tomou o cálice de vinho e o deu a eles, dizendo: “Este cálice é a nova aliança no meu sangue, derramado em favor de
vocês” [Lucas 22:20]. Tais palavras e atos são plenos de significado, pois
nos mostram a própria visão de Jesus em relação à sua morte. Três verdades se
destacam.
A primeira é
a centralidade de sua morte. Jesus estava dando instruções para o seu próprio
culto memorial – eles deveriam comer pão e beber vinho “em sua memória”. Além
do mais, o pão representava não somente corpo vivo de Jesus, como também o
corpo dado em favor deles, enquanto o vinho representava o seu sangue derramado.
Em outras palavras, ambos os elementos apontavam para a morte de Jesus. Era
pela morte que ele desejava ser lembrado.
A segunda
verdade que aprendemos com a Ceia do Senhor diz respeito ao propósito da morte
de Jesus. Conforme Mateus, o cálice representava “meu sangue da aliança, que é
derramado em favor de muitos, para perdão de pecados” – Mateus 26:28. Esta é a
declaração verdadeiramente maravilhosa de que, através do sangue de Jesus,
derramado em sua morte, Deus restabeleceria uma nova aliança [Jeremias 31],
cuja maior das promessas era o perdão dos pecados.
A terceira
verdade ensinada pela Ceia do Senhor é concernente à nossa necessidade de nos
apropriamos de forma pessoal dos benefícios da morte de Jesus. No drama do
cenáculo os discípulos não eram apenas espectadores, mas participantes. Jesus
não somente partiu o pão, mas deu-lhes para que o comessem. Não somente
derramou o vinho no cálice, como também o deu para que eles o bebessem. Da
mesma forma, não bastou que Cristo morresse – temos de nos apossar das bênçãos
de sua morte. O ato de “comer o pão e
beber o vinho” foi, e ainda é, uma parábola viva do receber a Cristo como
nosso Senhor crucificado e de nos alimentarmos dele em nosso coração mediante a
fé.
A Santa Ceia,
conforme instituída por Jesus, não foi uma declaração sentimental do tipo “não me esqueçam”. Antes, foi um drama
com grande riqueza de significado espiritual.
A vida
conjugal e familiar é uma contínua caminhada juntos. No começo da vida
conjugal, quase sempre ambos começam a caminhada de vida limpa. Nenhuma sujeira
nem nos pés, nem no coração. Este – o coração – é o mais feliz porque nele não há
nenhuma sujeira. Mas com a caminhada, por falta de atenção e cuidado, por
desleixo, mesmo, ambos vão se deixando sujar pelo pó e pela poluição do mundo
ou pelos choques na convivência. E muitos não percebem que sua relação está a
cada dia se sujando. E a sujeira está desfigurando a relação que começou limpa,
sem mágoas, sem ressentimentos, sem traições, sem esquecimentos. Tudo era belo.
Em tudo era um só coração; uma só alma.
A vida
conjugal era uma continua ceia, espelho da Ceia do Senhor. O Senhor tinha seu
lugar na mesa do casal e da família. Ambos partiam o pão entre si. Ou ainda,
cada era pão preparado para o outro. Era força um para o outro. Era ânimo um
para o outro. Era palavra um para o outro. Nenhum dos dois tinha medo de se
partirem um para o outro.
Ambos
derramavam o vinho no cálice do outro.
Nenhum dos dois tinha medo de se derramar na vida do outro. Se preciso
era, cada um era capaz de matar seus desejos, seus planos, sua segurança, suas
manias para que o outro ficasse sempre de pé com a alma livre de qualquer
ferida com nomes diversos como: rejeição, frustração, baixa auto-estima,
desemprego, enfermidades, insegurança, traições, dificuldades na sexualidade.
Uma coisa
importante deve ser lembrada: a ceia foi celebrada ao redor de uma mesa e com
todos assentados no chão. Antigamente não se usava cadeiras para as refeições.
A seguir uma
pergunta para cada casal. As perguntas são pessoais. Devem ser respondidas de
forma objetiva e em, no máximo, cinco minutos. Todos estão recebendo este
estudo por e-mail para poder se preparar.
Observação: quando falamos lavar os pés
entende-se gesto de cooperação e outros. É humilhar pelo outro sem perder a
identidade. Pão é ministração de palavras de correção, de ânimo, de estar
juntos. É andar juntos e alimentados. Vinho é gestos de entrega, de perdão, de
ministração de alegria e outros. É derramar-se em sacrifício para o outro.
COORDENAÇÃO
DO FACILITADOR (faz as perguntas)
1. Para
Sílvio e Ana Paula; Quando cada um de vocês precisou lavar os pés do outro por estar com dificuldade de
caminhar na vida espiritual?
2. Para César
e Marlene: Quando cada um de vocês precisou
se humilhar para o outro lavar seus pés com o perdão?
3. Para
Carlos e Edna: Em que situação da vida conjugal um precisou partir o pão para o outro?
4. Para
Jeferson e Márcia: Em que situação, um pediu
que o outro lhe desse o pão?
5. Para Luis
Oliveira e Carmen: Em que ocasião da vida conjugal um precisou que o outro derramasse o vinho no cálice do outro –
se entregasse mais na vida do outro?
6. Para Paulo
e Elizete: Por quantas vezes foi necessário que
um não só lavasse os pés do
outro mas ainda partisse o pão e
derramasse o vinho no cálice do outro?
7. Para
Ismael e Paula: Quando um de vocês quis
lavar os pés do outro e este rejeitou o gesto?
8. Para
Walter e Odilza: Quando um de vocês não
acreditou no pão e no vinho do outro?
9.Para Euler
e Maria Edith: Qual o significado da
mesa em sua vida conjugal e familiar?
Quarto
Momento: CELEBRAÇÃO DA CEIA
6 – RELACIONAMENTOS ROMPIDOS
“À mulher, [Deus]
declarou: “Multiplicarei grandemente o seu sofrimento na gravide; com
sofrimento você dará à luz filhos. Seu desenho será para o seu marido, e ele a
dominará”. E ao homem dclarou: “[...] maldita é a terra por sua causa; com
sofrimentos você se alimentará dela todos os dias da sua vida” – Gênesis
3:16-17.
Dinâmica: 1. O casal
facilitador lê o texto; 2. Os casais se dividem em grupos de três para
conversarem e responderem as questões; 3. Na volta para o grupão, cada grupo
relata o resultado da conversa.
Os primeiros
dois capítulos de Gênesis afirmam que Deus fez o homem e a mulher à sua imagem.
Esta imagem divina deverá ser reconhecida acima de tudo em nossos mais variados
relacionamentos humanos. Mas, o lugar onde melhor a sua imagem pode ser
reconhecida é no relacionamento de contínua conversa de marido e mulher com o
próprio Deus. Ele fez o homem e a mulher, não foi só para que cooperassem com
ele na obra da criação, mas para ter com quem conversar. O Senhor se apresenta,
também como Pai. É por ser Pai que ele tem necessidade de conversar! Quando há
encontros, um dos gostos de Deus é andar entre marido e mulher, entre pais e
filhos, com uma boa prosa. Sabe por que? Porque marido e mulher é uma das
imagens mais fortes e convincentes do amor. E o Amor [Deus] tem mais liberdade
para conversar com o amor [casal]. Mas quando há desencontros, Deus não nos
acha. E sabe, também, por que? Porque os contínuos desencontros conjugais
escondem o casal. Desencontros é um dos exercícios práticos da desobediência! E
duro é saber e não se convencer desta verdade! Desta forma, continuamos, como
casais, nos escondendo de Deus atrás dos desencontros ou, atrás de outras
árvores de outros jardins, onde está a serpente pronta para dar o golpe! Aliás,
todo desencontro é golpe da serpente! Uma observação: já perceberam que, quando
nos escondemos de Deus, também nos escondemos um do outro? E quando nos
escondemos um do outro Deus tem dificuldade em nos achar.
@Há um tempo que vocês
estão casados. Neste tempo de casados, quantos por cento vocês viveram se
escondendo de Deus pelos desencontros? Se se escondem de Deus, quanto tempo
costuma durar este comportamento?
Quando “caíram
na real”, Adão e Eva tentaram se esconder de Deus. E foi aí que teve início a
maior de todas as tragédias: A tentativa de viver longe de Deus. Eu creio que a
tragédia não foi quando eles pecaram; mas quando eles se esconderam! Todo o
nosso senso de desorientação se origina
dessa alienação de Deus. O castigo maior de Deus para quem se esconde dele é
sua ausência. O maior sofrimento para quem cair no inferno não será o fogo, mas
a ausência de Deus. Quem chegar lá vai ter a maior verdade dolorida: vão ver Deus
e ver o que perdeu! Isaías dá uma pequena amostra dessa dor quando repete as
palavras de Deus: “Suas maldades
separaram vocês do seu Deus; os seus pecados esconderam de vocês o rosto dele,
por isso ele não os ouvirá” – Isaías 59:2. Confira também Isaías 1:15. É
muito chocante não termos mais a quem recorrer! Só o arrependimento mostra o
rosto de Deus e abre seus olhos.
@ Vocês, algum dia, como
marido ou como mulher, já tiveram essa sensação de que Deus escondera o rosto
de vocês? Como e quando foi? Como, conjugalmente, vocês ficaram?
Para terminar
com a oração, a leitura de Colossenses 1:15-20.
6 – LAMPEJOS DA GRAÇA
“Ouvindo o homem e sua mulher os passos do Senhor
Deus que andava pelo jardim quando soprava a brisa do dia, esconderam-se da
presença do Senhor Deus entre as árvores do jardim. Mas o Senhor Deus chamou o
homem, perguntando; “Onde está você? [...] O Senhor Deus fez roupas de pele e
com elas vestiu Adão e Eva” – Gênesis
3:8-9.21.
Dinâmica: Maridos e
esposas se reunirão em ambientes separados para o estudo por uma meia hora. A
seguir, o grupo volta e um representante apresenta o que foi mais forte e
significativo na conversa. Todos assumem a tarefa de, em casa, marido e mulher
compartilharem o que cada um falou em seu grupo [de homens e de mulheres]
Adão e Eva
haviam se rebelado contra a autoridade de Deus, e agora só lhes restava ter que
suportar as conseqüências do seu próprio erro. É uma situação terrível com uma
perspectiva muito sombria! Um clima pesado de pecado, de culpa, de medo e de
juízo. Porém, é nesse cenário que assistimos o surgir de alguns lampejos da
graça. Esta cena hoje se repete na vida de muitos casais: pecado, culpa e acusações.
Mas, em se tratando de casais conhecedores da Palavra, por mais causticantes
[mordazes e queimados] sejam os desencontros, muito facilmente encontram na
graça maiúscula o reencontro do entendimento pela misericórdia do Senhor Deus.
@ Alguma vez
você sentiu que sua vida conjugal estava passando por uma situação tamanha com
perspectiva muito sombria? E que pensamento dominava nesta fase? Você se
escondia da graça ou era a graça que parecia se esconder de você?
O Senhor Deus
“andava pelo jardim quando soprava a
brisa do dia”. O trabalho do dia havia chegado ao fim, e o Senhor, como de
costume, estava dando uma volta pelo jardim, no final da tarde. Podemos supor que
Adão e Eva geralmente o acompanhavam nesse passeio. Mas, agora ninguém podia
vê-los, pois eles estava escondidos. Entretanto, Deus continuou sua caminhada,
procurando e buscando pelo casal que havia desaparecido. Quando eu leio isto,
sou tentado [apenas tentado] a pensar que Deus ainda não sabia o que tinha
acontecido! Todavia, é lindo imaginar esta cena dos três: Deus, Adão e Eva,
todos os dias, fazendo sua caminha naquele jardim mais bonito que Parque do
Sabiá. Quando foram até o altar para celebrar sua aliança com Deus, eu quero
imaginar que vocês estavam convidando Deus para andar com vocês pelos caminhos
do jardim do seu casamento. Porque, embora não expressassem, vocês imaginavam a
vida do casamento como um jardim sempre florido.
@ Já
aconteceu de Deus procurá-los para passear e vocês estavam sem nenhuma
disposição para isso? Ou houve momentos que vocês estavam com medo de encontrar
Deus para o passeio no jardim!
A seguir, “o Senhor Deus, chamou o homem, perguntando:
“Onde está você?”. Deus sabia o que havia acontecido. E sabia, também, quem
era o culpado. Por isso ele chamou por Adão e não pelos dois: “Onde ESTÃO vocês”.
Um parêntesis:
Temos o hábito de falar da busca do homem por Deus. A realidade, contudo, é que
Deus está buscando o homem. Enquanto Adão e Eva estavam escondidos por entre as
árvores, o Senhor Deus deu pela falta deles, buscou-os e chamou por eles. Fecha
o parêntesis.
Quando Deus
chamou o homem “onde está você?”, ele queria saber do Adão o que havia
acontecido com a sua casa. Porque ele – o homem – foi preparado em sabedoria e
graça como o cabeça e, por conseguinte, o responsável pela vida da sua casa.
Eva não foi preparada como Adão. Por isso, entendemos [eu entendo] que não foi
Eva quem errou. Mas foi Adão que falhou, porque se distanciou da mulher. Se
distraiu com suas outras ocupações. Ou dormiu debaixo da belíssima árvore florida
de primaveras no meio do jardim. Nem trabalho, nem diversão nem igreja pode
tirar o foco da responsabilidade do marido cabeça da casa.
@ Você,
marido [mulher], pode lembrar de algum mal momento pelo qual sua mulher [seu
marido] passou porque você não a acompanhou? E você, mulher [marido], lembra de
quando se sentiu esquecida[o] pelo marido [pela mulher] e, por isso, houve
complicações sérias?
Coloquem-se no
lugar de Adão e Eva e pensem no seguinte: Embora, na caminhada conjugal haja
[ou esteja havendo] derrapadas perigosas por conseqüência da desobediência o
que, pensando bem, é uma vergonha, o Senhor Deus tem dó da vergonha de vocês.
Isto, se vocês não continuarem escondidos! Ele quer e pode fazer algo para
aliviá-los. No caso do primeiro casal, ele “fez
roupas de pele e com elas os vestiu”– v. 21. Para eles, a pele só ficou
disponível depois que um animal foi morto. Nós, neste tempo, com o entendimento
do Espírito Santo, sabemos que esta atitude graciosa do Senhor é uma clara
indicação, de que o perdão para nossas “derrapadas feias” só pode ser obtido
através do sangue [da morte] de Cristo. Deus, melhor que os aventais de
figueira para cobrir nossa vergonha, providenciou uma veste muito melhor. Esta
iniciativa divina imerecida tem o nome de GRAÇA.
@ Até onde,
verdadeira e convictamente a GRAÇA DO SANGUE DE JESUS faz diferença em seu casamento? Ou essa
palavra é simplesmente um jargão, uma gíria ou uma palavra corrompida em seu
sentido!
Para a oração
final: Salmos 32:1-7: “Como é feliz aquele que tem suas transgressões perdoadas
e seus pecados apagados! Como é feliz aquele a quem o Senhor não atribui culpa
e em quem não há hipocrisia! Enquanto eu mantinha escondidos os meus pecados, o
meu corpo definhava de tanto gemer. Pois dia e noite a tua mão pesava sobre
mim; minhas forças foram se esgotando como em tempo de seca. Então reconheci
diante de ti o meu pecado e não encobri as minhas culpas. Eu disse: confessarei
as minhas transgressões ao Senhor, e tu perdoaste a culpa do meu pecado.
Portanto, que todos os que são fiéis orem a ti enquanto podes ser encontrado;
quando as muitas águas se levantarem, elas não os atingirão. Tu és o meu
abrigo; tu me preservarás das angústias e me cercarás de canções de livramento”
7 – O QUINTO MANDAMENTO (primeira parte)
“Honra teu pai e tua mãe, a fim de que tenhas
vida longa na terra que o Senhor, o teu Deus, te dá” – Êxodo 20:12.
Para
introduzir: “Honra” é o mesmo que estimar grandemente. Em Provérbios 4:8,
lemos: “Dedique alta estima à sabedoria e
ela o exaltará; abrace-a, e ela o honrará”. É o mesmo que cuidar. Podemos
ler no Salmo 91:15: “Ele clamará a mim, e
eu lhe darei resposta, e na adversidade estarei com ele; vou livrá-lo e
cobri-lo de honra”. Honra é o mesmo que demonstrar respeito. Também lemos
em Levítico 19:3: “Respeite cada um de
vocês a sua mãe e o seu pai...” Honra é o mesmo que obedecer. Poderíamos
ler um mandamento pesado de Deus no caso de filhos rebeldes. Mas vamos lá para
Efésios 6:1-3: “Filhos, obedeçam a seus
pais no Senhor, pois isso é justo. Honra teu pai e tua mãe” – este é o primeiro
mandamento com promessa – “para que tudo te corra bem e tenhas longa vida sobre
a terra”.
Deus está dizendo
que pai e mãe são dignos de toda honra que se traduz primeiro em uma profunda e
sábia estima; segundo em amoroso e recompensador cuidado; terceiro em um
sagrado respeito; e quarto em uma adorável obediência. Obediência se veste de estima, de cuidados e de respeito. O
maior gesto que mexe com a sensibilidade de Deus é a obediência de seus filhos
mais do que louvores, adoração e sacrifícios.
@ Descreve
como era sua relação com seus pais e o que mais admirava e aborrecia neles. E
ainda, em que você se identifica com eles.
Os quatro
mandamentos abordam claramente nossos deveres para com Deus. Com esta
ordenança, ele também nos revela quem ele é, a melhor forma de adorá-lo, abre nosso entendimento sobre o seu
nome e sobre o seu dia. Alguns estudiosos afirmam que este quinto mandamento
nos dá a obrigação para com o próximo. Outros colocam este quinto
mandamento junto com os nossos deveres
para com Deus. Se perguntarem o porquê, uma das respostas que mais me agrada é
que nossos pais, ao menos enquanto somos crianças e adolescentes, ocupam o
lugar de Deus e representam a sua [de Deus] autoridade sobre nós. Isto é tão
sério que adultos, inclusive pastores, têm dificuldades em se relacionar com
Deus porque seus pais eram uma assustadora imagem do Senhor. E quantas vezes, a
mãe reforçava esta imagem torta de Deus, quando apelava pela autoridade do
marido nas situações rebeldes de seus filhos! Ou os empurrava para seu marido
dar um jeito neles!
@ E agora,
qual a imagem que seus filhos têm de vocês como pais? Em sua casa, vocês já
perceberam que há filhos do partido do pai e do partido da mãe? Vocês se sentem
culpados pelo que seus filhos são hoje? Expliquem.
Paulo
entendeu que honrar aos pais inclui uma atitude de obediência e afirmou que
isso é justo e agradável a Cristo. Isto está confirmado com a citação
transcrita acima. E pode ser checada em Colossenses 3:20 – “Filhos obedeçam em tudo a seus pais, pois isso agrada ao Senhor”.
A desobediência é vista no Novo Testamento como um sintoma de desagregação
social. Veja Romanos 1:30; 2 Timóteo 3:2.
@ A
autoridade de vocês basta para que os filhos sejam tocados a obedecê-los ou
para eles lhes obedecerem vocês precisam comprar sua obediência com
liberalidades e presentes? Vocês falam com seus filhos somente nas horas de corrigi-los?
Se vocês
querem filhos obedientes, sejam, antes, obedientes a Deus Pai!
8 – O QUINTO MANDAMENTO (segunda parte)
“Honra teu pai e tua mãe, a fim de que tenhas
vida longa na terra que o Senhor, o teu Deus, te dá” – Êxodo 20:12.
Dinâmica: Por uma questão de tempo, as perguntas não precisam ser
respondidas por todos. Mas todos podem contribuir com testemunhos dentro das
respostas.
Recordando:
No encontro passado, nossa conversa teve como tema a palavra “honra” na relação
pais e filhos. Para o que traduzimos “honra” que se traduz primeiro em uma
profunda e sábia estima; segundo em amoroso e recompensador cuidado; terceiro
em um sagrado respeito; e quarto em uma adorável obediência. Obediência se veste de estima, de cuidados e de respeito. O
maior gesto que mexe com a sensibilidade de Deus é a obediência de seus filhos
mais do que louvores, adoração e sacrifícios. E terminamos com a afirmação: se
vocês querem filhos obedientes, sejam, antes, obedientes a Deus Pai! Antes de
prosseguirmos, falando do quinto mandamento, fazemos três perguntas:
@ Em que
ponto e até onde a conversa passada foi levada a sério? @ e quem continuou esta
conversa em casa?
Focamos muito
a autoridade dos pais que deve ser honrada quase como sagrada que, de certo
modo, é se tivermos presente a imagem de Deus. Só que a autoridade dos pais não
é absoluta. A idade dos filhos coloca limites à autoridade dos pais. Por outro
lado a autoridade dos pais não é exercício de dominação massacrante dos filhos.
Por isso, falamos “autoridade” [fala pelo exemplo, onde a palavra fala] e não
“poder” [fala pela força, onde a “chibata” fala mais]. Poder, igual gritos de
ira e força, não educa e não convence.
Mas deixa marcas.
Poder pode mostrar
fraqueza da figura paterna, frustrações nas relações conjugais, sociais e
profissionais, recalques de idéias, sentimentos e desejos. Os filhos, em
algumas famílias, “pagam o pato” pelos desajustes e descontroles emocionais dos
pais. Todas essas doenças, na Bíblia, têm um nome: IRA. No processo
educativo, assim como os filhos têm deveres com os pais, os pais também têm
deveres para com seus filhos que podem ser [ou são] maiores que os deles. Uma
das coisas terríveis nas relações
familiares é o desequilíbrio irado; a falta de controle nas palavras e atos em
uma relação entre pais e filhos. Nisto muitos pais se mostram mais imaturos que
seus filhos. Em algumas situações de relações violentas entre pai e filhos faz
falta uma Abigail. Para entender leia a história desta mulher “intercessora” em
1 Samuel 25:18-25.32-35. Vamos parar para compartilhar.
@ - 1. Você,
como filho, tem alguma mágoa por algum descontrole de seu pai ou de sua mãe em
algum momento de sua vida e já pediu perdão? 2. Você tem alguma semelhança com
seus pais na educação de seus filhos?
Um recado que
vem de Paulo para os pais efésios:
“...não irritem seus filhos; antes criem-nos segundo a instrução e o conselho
do Senhor.” [6:4]. “Não irritem” pode ser interpretado que os pais devem
abrir mão de qualquer direito que porventura imaginem ter de tratar os filhos
de modo injusto. Paulo usa quase as mesmas palavras para os pais colossenses: “Pais, não irritem seus filhos, para que
eles não desanimem” [3:21]. Em resumo: Os pais não devem irritar nem desanimar seus filhos, mas criá-los
“segundo a instrução e o conselho do Senhor”.
@ - Uma
pergunta que pede uma resposta de cura: que tipo de traumas, problemas e
frustrações vocês descarregavam ou ainda descarregam iradamente sobre os filhos
com a desculpa de corrigi-los? Vocês, alguma vez, tomaram consciência dos
momentos em que vocês eram mais raivosos com seus filhos?
Conclusão: “O
aumento da expectativa de vida e da idade média da população no mudo ocidental
tem gerado um número crescente de pessoas idosas enfermas, muitas delas negligenciadas e até
mesmo esquecidas por seus filhos. Trata-se de um fenômeno chocante, que tem
acontecido principalmente no mundo ocidental. Na África e na Ásia a família, de
modo geral, sempre encontra espaço para os idosos, Na tradicional cultura
chinesa também é assim. Penso que devemos deixar com o apóstolo Paulo a palavra
final sobre esse assunto. “Se alguém não
cuida de seus parentes, e especialmente dos de sua própria família, negou a fé
e é pior que um descrente” – 1 Timóteo 5:8”. [John Sott em A Bíblia Toda, O
Ano Todo]
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