08/12/2011

A MULHER DE IDENTIDADE

1. Antes de qualquer coisa, eu quero fazer uma pergunta a vocês mulheres. Uma pergunta que não quer calar. Você ama a mulher que você é? Você ama a mulher que está em você?

2. A resposta a esta pergunta define a sua identidade. Dá legalidade à sua identidade. Estamos vivendo em um mundo em que as pessoas, facilmente, desapercebidamente ou, mesmo, com consciência, estão perdendo ou trocando sua identidade. Não sabem o que são nem o que querem. Vivem na onda do “deixa a vida me levar”. Normalmente, quem deixa a vida levá-lo é porque está perdido.

3. Identidade não se nega, não se vende e não se troca. Sem identidade assumida, somos anônimas, desconhecidas para nós e para os outros. Não somos e não existimos. Se não formos espertas e equilibradas, o que fazemos pode estragar ou rasgar a nossa identidade. Nós, mulheres, sempre estamos correndo o risco de perdermos nossa identidade. Facilmente, nos tornamos simples coisas.

4. Os nossos papeis de mulheres e como mulheres de namoro, esposa, mãe, profissão são a nossa carteira de identidade. Nenhum papel que possamos exercer na vida pode contrariar nossa identidade, mas pode enriquecê-la. Não é apenas o nome, filiação e data de nascimento que nos identifica, mas o que cremos e fazemos. A mulher, que deixa a vida levá-la, se perde. Seu papel primeiro é levar a vida dentro de propósitos definidos e queridos.

5. O que fazemos revela o que somos. Somos conhecidas por aquilo que fazemos mais do que por aquilo que apresentamos ou representamos. Muitas vezes, o que apresentamos não passa de máscaras. E máscara é mentira. Para que isso não aconteça o que fazemos precisa ter espírito e marca.

6. A marca mais poderosa é o AMOR. Para nós, que sabemos em que Deus cremos, esta marca é o amor que vem dele. É o amor feito á semelhança do amor de Deus. Quem quiser saber o que é amor, precisa aprender de Deus. Não temos dúvida, o que caracteriza a mulher-criatura é o amor. O amor é sua natureza. Deus reconhece isso. Na Bíblia, Deus chega a dar ordem ao homem para que ele ame sua esposa. É um mandamento de Deus para o marido. Mas não exige isso da mulher. Porque ele sabe que o homem tem dificuldade de amar. Pelo contrário, para a mulher, amar é um gesto natural.

O nome da mulher é AMOR. Amor é sua identidade. Amor é a sua arma de vida e de luta. Antigamente, cantávamos na escola e na igreja: só o amor constrói.

7. Amor é um verbo. Verbo é ação. A natureza do amor não é sentimento ou emoção. Isto pode revelar amor. Mas, não é amor. Amor não é um simples estado de espírito fora da realidade. Ele é o componente básico e essencial para nos sobreviver nos relacionamentos. Aliás, amor é um verbo que exige um objeto. O amor exige, no mínimo, duas pessoas: eu e o outro. Eu não amo o nada. Eu amo alguém ou, no mínimo, amo alguma coisa. Ou melhor: eu amo pessoas (incluindo Deus) e gosto de coisas. Eu não amo a profissão, mas eu gosto dela. Todavia eu coloco na profissão todo o amor que eu tenho por mim.

8. Amor é, também, uma escolha. Como o ódio também é uma escolha. É uma escolha que eu faço e não que os outros fazem por mim. Em toda e qualquer situação da vida – na alegria e na tristeza, no sucesso e no fracasso, na família e no trabalho – é o amor que nos faz mulheres melhores, que nos fortalece. Parafraseando uma passagem bíblica, podemos nos arriscar e dizer: “tudo posso no amor que me fortalece”. Este amor, por natureza, está em mim. É ele que nos faz melhores filhas, melhores namoradas, melhores esposas, melhores mães, melhores profissionais. É o amor que nos qualifica e nos diferencia como pessoas. Em todo lugar que estejamos e com quem vivemos é o amor que não nos deixará corromper. A mulher que se corrompe é coisa.

9. O amor vivido em espírito e em verdade, não, em pura emoção e sentimentalismo, enche a vida. Dá direção e sentido ao que pensamos e fazemos. Transforma e perfuma os lugares onde estamos e as pessoas que nos rodeiam. Principalmente as pessoas mais íntimas.

10. Aqui, eu repito a pergunta: Você ama a mulher que você é? Você ama esta mulher que está em você?.

O sucesso de sua vida, como mulher dona de casa, como funcionária, como empreendedora, como “socielaite”, depende, em primeiro lugar do amor que você tem a você. Quanto maior for o amor por você melhor e mais mulher será você. Mas, cuidado: o seu amor por você não combina com fechar-se no quarto do egoísmo ou com a busca da “idolatração” e dos “paparazzis”. Nada pode matar a nossa natureza de ser mulher. Se isto acontece, nós nos tornamos aberrações da natureza. E, hoje, a cada dia, por uma cultura falsa e leviana, a mulher está se tornando aberração feminina. A mídia está brincando com as mulheres. E elas estão aceitando a brincadeira. Basta ver “as novas identidades” presentes no mundo da mulher: mulher melancia e outras.

11. Parafraseando, mais uma vez, uma passagem bíblica, você poderia dizer, sem medo de errar: “não sou eu quem vive, é o amor que vive em mim”. Este é o princípio que deve orientar a nossa vida e a nossa vocação de mulher. Ser mulher é uma vocação. É uma missão. Se isto for verdade, nenhuma atividade, nem mesmo a profissão vai contrariar minha natureza feminina, ou os papeis próprios de mulher.

É tudo uma questão de sabedoria, discernimento e maturidade. O espírito feminino de mulher pode humanizar o trabalho profissional e as atividades esportivas. E a disciplina profissional e esportiva pode enriquecer o relacionamento familiar. Em tudo que vivemos e fazemos há lições. O método de aprendizagem é querer ver e querer ouvir. Ver com os olhos do amor. Ouvir com os ouvidos do amor. Se não houver sabedoria, discernimento e maturidade, estará sempre presente o perigo da corrupção moral, intelectual e espiritual.

12. Você precisa estar atenta às prioridades dos valores colocados por Deus, no ato da criação do ser humano e das relações: primeiro: sou filha de Deus; assim sou amor; segundo: sou esposa; isto significa que meu esposo é a minha prioridade; terceiro: sou mãe; por isso entendo que meus filhos são a minha segunda prioridade; quarto: sou profissional ou ministra em minha igreja. Qualquer mudança nesta ordem desvirtua qualquer relação e a confusão passa a dominar nossa vida. Nada é pior do que um relacionamento quebrado.

As revistas têm mostrado testemunhos que mulheres para não perderem filhos e maridos, por um tempo, deixam sua profissão e voltam para sua casa, para assumirem o papel de mãe e esposa.

13. Ser mulher, esposa e mãe não tem poder de apagar os sonhos de realizações pessoais. Sonhar faz parte da minha identidade. Isto, desde que a mulher saiba quem ela é e saiba o que ela quer da vida. Mulher sem identidade e sem propósitos é uma mulher oca. É uma mulher estéril em qualquer lugar e tempo que viva. Não tem nada a oferecer e nada a receber.

14. Onde está a mulher que se ama, ama e é amada, está a vida. A vocação e a natureza da mulher deixa isto muito claro quando Deus quis que de dentro dela viesse a vida em forma de criança. A mulher que se ama e ama está sempre gerando vida e graça na família, na igreja, nos eventos sociais e nas empresas.

15. Seja você como mulher com propósitos, em amor, bênção de vida abundante onde quer que você esteja.






Por:Prª Maria Edith P Campos
10/12/2011

20/10/2011





Como anda a sua fé?

Quero lhe falar hoje sobre FÉ, usando como base (Lucas 8-43 a 48)
Certa mulher que, havia doze anos, vinha sofrendo de uma hemorragia, e a quem ninguém tinha podido curar e que gastara com os médicos todos os seus haveres, veio por trás dele e lhe tocou na orla da veste,
e logo se lhe estancou a hemorragia. Más, Jesus disse: Quem me tocou? Como todos negassem Pedro com seus companheiros disse: Mestre, as multidões te apertam e te oprimem e dizes: Quem me tocou? Contudo, Jesus insistiu: Alguém me tocou, porque senti que de mim saiu poder.
Vendo a mulher que não podia ocultar-se, aproximou-se trêmula e, prostrando-se diante dele, declarou, à vista de todo o povo, a causa por que lhe havia tocado e como imediatamente fora curada. Então, lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz. (Lucas 8-43 a 48)
Nesta passagem Bíblica conta a história da mulher “que, havia doze anos”, lutava com uma hemorragia. Além de ter sido essa uma condição médica perigosa, a doença carregava o estigma da impureza, o que, sem dúvida aumentava a miséria daquela mulher. Enquanto isso, os médicos nada podiam fazer. Ela vivia tão desesperada, que gastou todo o seu dinheiro; todavia, somente piorava o que não é de surpreender, considerando os tipos de tratamento médico existentes naquela época. Mal podemos imaginar quanto sofrimento e culpa ela carregava por causa de sua enfermidade.
Então, apareceu Jesus, Aquele que realizava milagres e disse: Mulher, a tua FÉ te salvou. .
Aquela mulher tinha muita FÉ em Jesus; o bastante para crer que, se ela pudesse tocar sua veste, seria curada. Na verdade, não foi às vestes que a curou, nem mesmo o toque. Foi apenas o poder de Deus operando em alguém que, em total desespero, foi ao Senhor com fé, consciente da própria impotência e necessidade. Aquele toque foi a revelação da fé em obras, e cristianismo significa exatamente isso.
É muito comum ouvirmos a frase "eu não tenho fé" ou "eu não consigo ter fé", mesmo que a pessoa diga que crê em Deus.
Por isso hoje o Senhor te escolheu para que você ouse como esta mulher ousou. Mesmo que você não tenha mais fé, ouse como ela. Ela tinha fé que: “se eu apenas tocar na as vestes dele, ficarei curada”. Ela tinha fé que só Jesus poderia lhe dar a cura.
E você? Como está a sua FÉ? Você se considera uma pessoa de FÉ?
Pense bem. Normalmente é muito fácil dizer que se tem fé quando as coisas vão bem. Mas, e quando as coisas começam a dar errado? Você é aquele tipo de pessoa que se mantém calma e serena, procurando centrar-se naquilo que é necessário fazer, esperando com boa vontade que os maus momentos passem e dêem lugar a dias melhores?
Normalmente, quando as coisas não vão bem, a tendência da grande maioria das pessoas é lamentar a sua sorte e abandonar toda a fé que dizia ter. “Como isso pôde acontecer comigo? Logo eu, que sou uma pessoa de fé... O que foi que eu fiz de errado?”.
Quando tudo parecer perdido para você, quanto tudo parecer acabado, quando não haver mais forças para lutar ou para vencer a prova, é preciso ter FÉ, é preciso acreditar que somente um, Deus, pode fazer o impossível possível na nossa vida, mesmo que Deus ás vezes pareça demorar, ou pareça não nos ver, é preciso ter fé, mesmo que a prova seja grande, é preciso ter fé, mesmo que pareça impossível, é preciso ter fé, mesmo que sejamos pecadores, rebeldes, ingratos, é preciso ter fé, pois a fé mesmo que pareça ser mais simples e mais fácil do que orar e jejuar é o ato de entrega mais difícil da vida do cristão, pois mostra o quanto confiamos em Deus e acreditamos no impossível que Ele possa fazer.
Embora pareça que Deus está longe e muito ocupado resolvendo os problemas de toda a humanidade, jamais devemos deixar de ter fé nEle, cabe em nosso coração e pode nos ajudar a qualquer momento.
Seja qual for o seu problema, seja ele financeiro, seja conjugal, seja familiar, seja espiritual, seja a sua saúde, seu lar, seu trabalho, seus estudos, seu namoro, seu casamento, seus filhos, seu ministério, sua vida, é preciso ter fé, pois todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus, e mesmo sem saber Deus está nos ensinando a acreditar.
Por isso hoje eu te convido junto comigo a acreditar, te convido a parar de murmurar e entregar a sua vida nas mãos de Deus, te convido a chorar na presença dEle se for preciso, te convido a gemer no seu altar, te convido a derramar o coração e as suas lágrimas na sua presença, e te convido principalmente a ter FÉ, eu te convido hoje a acreditar, tenha fé, seja qual for o problema, hoje eu te convido a crer, esperar mesmo que não se possa ver, hoje eu te convido a sonhar, a ter fé.
Certo é que se enchermos os céus com as nossas orações e a presença de Deus com os nossos pedidos, através da fé e da constante perseverança, também nós superaremos todos os obstáculos humanos e aí então entraremos na dimensão da promessa que permite ao Senhor Jesus sentir que Dele está saindo poder sobre aquele que está tocando a orla da Sua veste que é santa, de modo que naquele momento Ele mesmo fará chegar o dia de recebermos a cura e o milagre em cada área enferma de nossa vida – espiritual, sentimental, material, física, profissional ou qualquer outra, pois todo aquele que O toca com fé é visitado pela graça sobrenatural e abundante do Rei dos reis e Senhor dos senhores!
Tenha fé em si mesmo, porque Deus habita dentro de você!

15/06/2011

UMA CONVERSA CONJUGAL...



Hoje, queremos colocar à disposição dos que têm acessado nosso http//wwwcasaiscompropositos.blogspot.com/ uma série de artigos para ajudar os casais conversarem sobre seu casamento. Um recurso para cada casal avaliar a qualidade da sua vida conjugal. Este material é um recurso sistematizado mais extenso do que há muito usamos nas células de casais em várias igrejas de nossa região do Triângulo Mineiro e em outras. Muitos casais foram transformados pelas dinâmicas deste instrumento. E agora estendemos nosso convite aos amados de Deus. Vamos nessa? Porque o Senhor também vai estar nessa!... Queremos receber notícias. Começaremos com um check-up.

VAMOS FAZER UM CHECK-UP DO NOSSO CASAMENTO

Vocês irão fazer juntos um diagnóstico inicial sobre a qualidade de sua vida conjugal, para, assim, os dois, através da CONVERSA CONJUGAL que começa hoje, saberem trabalhar suas deficiências. “Lembre-se de onde caiu! Arrependa-se e pratique as obras que praticava no princípio” - Apocalipse 2:5. “Refleti em meus caminhos e voltei os meus passos para os teus testemunhos” - Salmos 119:59. “E consideremos uns aos outros para nos incentivarmos ao amor e às boas obras” - Hebreus 10:24

Nota: por conversa conjugal entende-se ação que o marido e mulher farão juntos: leitura, e reflexão com respostas aos questionamentos.

“Cada um de nós, no momento da concepção, ganha um presente, que é a nossa própria vida. Podemos até pensar que ganhamos esse presente... de nossos pais, de Deus, das enzimas que permitem a fecundação do óvulo. Obviamente, a vida poderia ser um presente vivo. E nossa vida é algo vivo... Sim, nós somos algo para ser recriado a cada momento. É um presente completo, porém continuará sempre se completando” (Roberto Shinyashiki, em “Mistérios do Coração” – Editora Gente).

Casar não é difícil. Milhões de pessoas se casam a cada ano. E cada casal espera viver feliz para sempre, como prometem os contos de fada. Com certeza, vocês dois tomaram essa decisão desejando a “eternidade” do seu amor! Estou falando mentira?

Mas, o casamento não garante nada. Que afirmação estranha, essa! Vocês vão entender... Todos sabemos. Há muita coisa acima de uma certidão de casamento e de uma linda cerimônia “do século” na igreja, para tornar um casamento feliz e com propósitos

conscientes. Uma certidão de casamento é, apenas, o início de um treinamento – para não dizer apenas um papel. A aliança no dedo é um sinal – importante sinal! Mas também não dá certeza. Um casamento feliz é para aqueles, que se comprometem, EM ACORDO, a empreender uma viagem, através de estradas pedregosas, cheias de buracos e, também, sobre morros, serras, campos secos e colinas verdejantes.

CASAMENTO É RELACIONAMENTO. Um relacionamento em PROCESSO. Vocês vão poder saber como está a qualidade deste PROCESSO em seu casamento. Para isso, há um questionário, com algumas afirmações, para vocês dois responderem. É um teste de AVALIAÇÃO CONJUGAL.

Para ESTE TESTE DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO CASAMENTO, sigam os seguintes passos:


I – SEM CONVERSAR COM O PARCEIRO

1 - ler, sem pressa, as afirmações a seguir
2 - avaliar o seu casamento em cada afirmação
3 – assinalar a afirmação com traça na palavra VERDADEIRO ou FALSA

1।Deus faz parte do nosso casamento e o desejo do seu coração é que vivamos a aliança de corpo, de alma e de espírito. Por isso nos entregamos um ao outro sem restrições.

VERDADEIRA ou FALSA?

2.O casamento exige deixar de viver como se ainda um e outro fossem solteiros. Pelo casamento nos tornamos UM. Tudo entre nós é compartilhado: corpos, conhecimentos, bens (salários, carros, mobília, casa, herança, etc., conhecimentos.

· VERDADEIRA ou FALSA?
3.Como Marido procuro ser o tranqüilizador da casa, o líder, o mantenedor do relacionamento e dos bens materiais, o prestador de serviço. E sei exortar, animando ou corrigindo. Minha mulher é a pessoa mais importante para mim.
•VERDADEIRA ou FALSA?
4.Como Esposa tenho sido apoiadora e a auxiliadora do meu esposo, administradora dos bens e dos valores do lar, criativa, e reconciliadora. Meu esposo é a pessoa mais importante para mim.
•VERDADEIRA ou FALSA?
5.Não temos escondido nada um do outro, porque temos o hábito de conversar sobre tudo.
•VERDADEIRA ou FALSA?
6.Em nosso casamento, o amor é vivido de maneira forte. Permitimos o toque. Sentimos o calor da pele. Não economizamos carícias.
•VERDADEIRA ou FALSA?
7.Por isso, até hoje, o nosso casamento não “murchou”. Não perdemos ainda “o primeiro amor”. Os filhos percebem que nos amamos.

· VERDADEIRA ou FALSA?
8.O nosso relacionamento sexual é a manifestação do que sentimos um pelo outro. A nossa sexualidade é plenamente envolvente, sem traumas, sem amarguras. Nós dois temos a iniciativa e a criatividade.
•VERDADEIRA ou FALSA?
9.Aprendemos que o perdão é um mandamento de vida. Quando temos as nossas “diferenças”, os nossos desentendimentos, procuramos resolvê-los logo. E, se for preciso o perdão, nos perdoamos, com propósitos de melhora.
•VERDADEIRA ou FALSA?
10.Sempre temos agido em acordo em todos os detalhes grandes e pequenos do nosso casamento. E em tudo que se refere à administração da casa, à educação dos filhos, a trabalhos, lazeres. E expressamos, com maturidade as nossas discordâncias. Sabemos concordar e sabemos discordar.
•VERDADEIRA ou FALSA?
11.Nossos filhos, nem meu cônjuge têm motivos para me acusar de “falta de caráter”, ou seja, de uma pessoa medrosa, infiel, mentirosa, trapaceira nos negócios, invejosa, e descomprometida.
•VERDADEIRA ou FALSA?
12.Nossos filhos foram desejados e são amados. E entendemos que, como pais, temos a responsabilidade de AMAR, INSTRUIR e DISCIPLINAR. Em tudo que se relaciona aos nossos filhos temos agido em acordo.

· VERDADEIRA OU FALSA
13.Em acordo, sabemos viver com a renda que temos e procurado agir dentro do orçamento doméstico que fazemos. Não vamos além do que podemos.
•VERDADEIRA ou FALSA?
14.Temos procurado buscar nosso aperfeiçoamento como casal e nos dispomos ajudar casais que têm passado por dificuldades em seu casamento.
•VERDADEIRA ou FALSA?

II – JUNTO COM O PARCEIRO

1 – Soma as marcações “verdadeiras” e as “falsas”

1 - após 15 minutos, analisem, juntos, a avaliação, conferindo as afirmações onde houve concordância

2 – conversem sobre as afirmações em que não houve concordância, analisando as causas

UM PROPÓSITO PARA AGORA. Vocês dois vão identificar, uma área das questões examinadas, que vocês precisam começar mudar já. Marquem as opções seguintes:


.... estamos dispostos a parar de culpar um ao outro ou nossa educação, ou as circunstâncias

.... confessaremos um ao outro todos os problemas

.... procuraremos a ajuda de um conselheiro cristão

.... começaremos a orar no sentido de buscar a direção para o nosso próximo passo.


Euler P Campos e Maria Edith P Campos
34.32325993 - 34.96775993

06/06/2011

O triunfo do amor

"Fonte de toda inspiração inteligente, mas acima de qualquer fonte de razão paira a força do amor". Pr. Geraldo Diniz

O amor é uma rede tríplice de energia que se entranha de forma horizontal e vertical em nossas vidas. O amor é a água cristalina da emoção, o pão que alimenta os sentimentos e o divã da alma.

Desde muito cedo aprendemos que Deus é amor. Amor verdadeiro, amor sem palavras, que ama inteiro e não se acaba. O triunfo do amor relata uma guerra que diz respeito à própria eternidade; pois o amor é um principio eterno que não tem inicio e nem fim. O amor não é um sentimento, muito menos uma brisa emocional que denominamos por paixão, mas é uma escolha, uma ação proativa onde cada ação gera outra ação e não somente uma reação.

O amor é vivo, oxigênio, mistura multiplica da paz, do perdão, da fé, da esperança e da misericórdia. O amor é a prancha que nos conduz pelo surf da vida, em meio às ondas que se ergue no mar das emoções e sentimentos.
O triunfo do amor é a história de Deus, a história da humanidade, a minha, a sua e a nossa história.

Eu gosto de João 3:16. Ali está a expressão maior do amor. A sublime escolha de se doar, se render, se entregar: a renuncia de um direito, a razão máxima da vida. Deus amou o mundo de uma tal maneira que deu (se deu) seu único Filho.

Morrer para impedir a morte de outros. Esta é a dádiva suprema do amor.

Jesus morreu a nossa morte para que pudéssemos viver a sua vida. O Filho de Deus veio a este mundo para te dizer: EU TE AMO!

Sim, ao ser elevado na cruz do madeiro após ter sofrido todas as humilhações e ataques furiosos contra seu corpo; Jesus mirou os céus e em seguida mirou você e disse no derramar de cada gota de seu sangue: EU TE AMO!!!
A cruz do calvário foi o cenário que Deus escolheu para assumir publicamente o infinito amor que ele tem por sua vida. Um amor real, presente, uma dádiva de sua graça; sua graça eterna (favor imerecido) manifesta na dor, no sofrimento, mas acima de tudo, na imensa tentativa de alcançar o seu coração.

Foi este amor, tem sido este amor e vai ser este amor que em Cristo, é que Deus sempre vai te guiar, conduzir e ensinar; pois é assim que Deus se manifesta ao homem. DEUS É AMOR.

Você quer experimentar este amor? Quer ser inundado por este amor? Quer viver a sua vida ligado a este amor? Se hoje você abrir seu coração para Deus e permitir que em Jesus Cristo, ele manifeste em sua vida o penhor que é a essência da própria vida, então você vai experimentar o triunfo do amor.

Lembre-se: a sua vida é a razão do amor de Deus.



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Euler P Campos e Maria Edith P Campos

07/04/2011

A correção do Senhor: por Fernando César





“Filho meu, não rejeites a correção do Senhor, nem te enojes da sua repreensão, porque o Senhor corrige aquele a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem” (Provérbios 3:11-12).

Difícil é aceitar de boa vontade a correção do Senhor! A disciplina de DEUS em nossa vida propõe mudanças radicais e nos leva a renunciar à nossa forma de pensar e de viver. Precisamos ser talhados, amassados, lapidados, transformados por DEUS para que possamos alcançar a Sua santidade. Toda correção tem um propósito maior: fazer-nos melhores, preparados para receber as bênçãos do PAI. Como bem afirmou Salomão nos versículos acima, a correção é uma prova evidente do amor de DEUS por nós. ELE nos ama tanto a ponto de nos arrancar de uma vida aparentemente tranquila e nos colocar na fornalha da aflição, como bem atestou o profeta Isaías: “Vê, eu te purifiquei, mas não como a prata; provei-te na fornalha da aflição. Por amor de mim, por amor de mim faço isto. Como seria profanado o meu nome? A minha glória não a darei a outrem” (48:10-11).
Vida sem correção é sinônimo de pecado, de desobediência contra DEUS. NOSSO CRIADOR nos formou para sermos imagem e semelhança dELE, espirituais em tudo o que fizermos. Pois, facilmente somos envolvidos pela nossa natureza carnal, e logo nos tornamos movidos pelas solicitações carnais, afogando e neutralizando a presença do Espírito Santo em nós. Mas DEUS não nos quer perdidos, como filhos bastados, rebeldes, sem salvação. Por isso, ELE nos corrige, porque nos ama e deseja manifestar em nossa vida a Sua glória.
Atualmente, muitos pais deixaram de corrigir a seus filhos, que se tornaram rebeldes e amantes das coisas do mundo. Muitos líderes cristãos abandonaram a doutrina da disciplina, da correção, e passaram a ser relapsos, coniventes com o pecado, e entregaram suas ovelhas a uma caminhada irresponsável, sem qualidade espiritual. Onde estão as igrejas da correção? Onde estão as ovelhas submissas e obedientes às lideranças? Onde estão os verdadeiros filhos de DEUS? Deixaram de viver a Palavra de DEUS, a Palavra que disciplina, que corrige, que molda, para viverem um evangelho de comodidade, de “mãozinha na cabeça”. Os pais e os pastores estão perdendo os filhos e as ovelhas, respectivamente, para o mundo porque lhes faltam o ensino e o cumprimento da doutrina apostólica. Vejam o que ainda disse Salomão: “Apega-te à correção e não a largues; guarda-a, porque ela é a tua vida” (Provérbios 4:13). O ser humano só tem vida verdadeira quando está debaixo da disciplina, da correção. O contrário disso também é verdade: “ele morrerá, porque sem correção andou, e, pelo excesso de sua loucura, andará errado” (Provérbios 5:23).
Quão maravilhoso é ser corrigido por DEUS! Eu já frequentei várias igrejas e já conheci diversos pontos doutrinários religiosos. O que melhor me fez bem foi aquele ensinamento que me impulsionou a renunciar ao meu querer, o que me corrigiu, me apertou, e me fez ver que o caminho para agradar a DEUS é estreito demais e totalmente diferente dos caminhos do mundo. Aquilo que desperta dor na minha alma, sufoca o meu egoísmo, é o que preciso ouvir, aprender e aplicar a minha caminhada. Todos os dias, não posso deixar de fazer essa oração sincera ao meu Senhor: “corrige-me, ó Pai, pela tua infinita misericórdia e pelo teu grande amor!”. “O que ama a correção ama o conhecimento, mas o que aborrece a repreensão é um bruto” (Provérbios 12:1). Aquele que se permite ser corrigido é sábio, próspero e exaltado em todas as áreas de sua vida. O que, entretanto, rejeita, a pobreza lhe bate a porta: “Pobreza e afronta virão ao que rejeita a correção, mas o que guarda a repreensão será venerado” (Provérbios 13:18).
Há pessoas que rejeitam a correção de DEUS. Umas, ELE as entrega às suas vontades e deleites; outras, ELE amassa e as coloca em lugares tenebrosos para, assim, poderem ouvir a Sua voz. O profeta Jonas foi um desses últimos. Recebeu da parte de DEUS uma ordem que deveria pregar ao povo de Nínive, e, mesmo assim, se fez rebelde, desobediente: “Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim. Mas Jonas levantou-se a fim de fugir de diante da face do Senhor para Társis. Desceu a Jope, onde achou um navio que ia para Társis. Pagou a sua passagem, e embarcou nele, a fim de ir com eles para Társis, para longe da presença do Senhor” (Jonas 1:2-3). Quando DEUS diz “é por aqui”, não adianta querer fugir por outro caminho. Se DEUS te disse “tua família é essa”, não adianta querer constituir outra família. DEUS está dizendo em Sua Soberania “o teu lugar é aqui. É nesse lugar que te abençoarei”. Muitas vezes um pai diz ao filho “vá por aqui, por esse caminho”. Logo quando o pai dá às costas, o filho segue por um caminho contrário. Ele sabe que o pai não está vendo, e, por isso, não sofrerá a repreensão. Com DEUS é diferente. ELE conhece os nossos passos. É impossível fugir da presença e do chamado de DEUS. Se ELE disse “é por aqui”, por aqui terá de ser. E qualquer que estiver dando apoio ou cobertura ao rebelde será atingido também. Jonas se escondeu no porão de um navio. Ele queria fugir para Társis. Mas aquele não fora o lugar que DEUS determinou. DEUS tinha dito para o profeta ir a Nínive. Por essa desobediência, Jonas teria que sofrer a correção da parte de DEUS: “Mas o Senhor mandou ao mar um grande vento, e fez-se no mar uma grande tempestade, de modo que o navio estava a ponto de despedaçar” (vers. 4). Que terrível correção Jonas teria que sofrer! Assim ocorre conosco. DEUS envia uma grande tempestade em nossa vida para que possamos ouvir e obedecer a Sua voz. O SENHOR poderia ter levantado outra pessoa para aquele trabalho em Nínive e deixar Jonas sossegado seguir o destino que lhe satisfazia. Mas por que não o fez? Porque DEUS tinha um plano especial na vida do profeta, porque o Senhor o amava, queria corrigi-lo, mudar o seu caráter, o seu coração de dura cerviz. Se estás nesse deserto, ouça: “DEUS TE AMA MUITO! ELE ESTÁ TAMBÉM MOLDANDO O TEU CARÁTER!”
Todos os marinheiros, que não tinham nada a ver com a história, com a desobediência de Jonas, sofreram a consequência do seu erro. Cada qual clamava a seu deus, procuravam retirar as cargas do navio para que ele não afundasse, tentavam em vão uma solução para aquele grande problema. Porém, o problema não era o vento forte, as águas revoltas. O problema estava deitado no porão, dormindo um sono profundo. “O mestre do navio chegou-se a ele, e lhe disse: como podes dormir? Levanta-te e invoca o teu deus! Talvez assim ele se lembre de nós para que não pereçamos” (vers. 6). Como Jonas poderia agora clamar a DEUS pela salvação do navio se era ele o causador de tudo aquilo? A oração seria vã, sem efeito. DEUS certamente não o ouviria nem o atenderia. Não adianta pedir a DEUS se você é o(a) causador(a) do problema. Ou você se desfaz do erro e passa a obedecê-LO ou você morrerá em seus caminhos de morte. Então, lançaram sorte no navio para descobrir quem era o causador de toda aquela tempestade, e a sorte caiu sobre Jonas. Imagino o olhar de indignação dos integrantes do navio para Jonas depois disso… Por causa de um quase intruso, um último passageiro embarcado, que o navio sucumbiria. A única solução para que o pior não lhes acontecessem era expulsar o profeta daquele lugar. E assim fizeram: “levantaram a Jonas, e o lançaram ao mar, e cessou o mar da sua fúria” (vers. 15). E se Jonas fosse um exímio nadador, medalha de ouro na natação? Escaparia ele das mãos do Senhor? “Mas o Senhor deparou um grande peixe para que tragasse a Jonas, e Jonas esteve três dias e três noites nas entranhas do peixe” (vers. 17). Ali começava o deserto espiritual do profeta. Escapou da morte no navio, mas não escapou de ser engolido por um grande peixe.
Nas entranhas de um peixe… Que lugar terrível para a pessoa se abrigar! Eu talvez não suportasse passar 10 minutos ali. E como deveria ser aquele lugar? Que odor exalava? Que outras criaturas ali havia? Qual a sua dimensão? Do que Jonas se alimentou? Três dias e três noites para mim seria uma eternidade…
E ali, acredito eu, DEUS voltou a repreender o profeta: “Jonas! Jonas! Por que não obedeceste a minha voz? Jonas, está confortável esse lugar em que te coloquei?” E Jonas já mansinho, como uma ovelhinha obediente, machucada por DEUS, respondeu com uma voz suave, temerosa, quase inaudível: “não, Senhor, não está! Tira-me daqui que te obedecerei”. “Banido estou de diante dos teus olhos; todavia tornarei a olhar para o teu santo templo. As águas me cercaram até a alma, o abismo me rodeou, e as algas se enrolaram na minha cabeça. Eu desci até os fundamentos dos montes; os ferrolhos da terra correram-se sobre mim para sempre. Mas tu fizeste subir minha vida da cova, ó Senhor, meu Deus” (2:4-6). DEUS então voltou a perguntar a Jonas: “e, agora, vais ou não para onde eu te mandei? Estarás ou não no lugar para onde te designei?” Jonas Lhe respondeu: “(…) O que votei, pagarei. Do Senhor vem a salvação. E o Senhor falou ao peixe, e ele vomitou a Jonas na terra” (2:9-10).
DEUS só te tirará do cativeiro, quando você estiver pronto para obedecê-LO. O que ELE determinou, não demore a cumprir. Assim como fez com Jonas, fará também na sua vida! Não adianta fugir nem se manter rebelde. Se estás no porão do navio, DEUS te avistará. Se estás nas entranhas do peixe, DEUS não te sossegará, até o dia em que executar tudo o que determinou. “Porque o Senhor corrige a quem ama, e açoita a todo o que recebe por filho. É para a disciplina que suportais a correção; Deus vos trata como a filhos. Pois que filho há a quem o pai não corrige? Mas, se estás sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos. (…) Na verdade, nenhuma correção parece ao momento ser motivo de gozo, mas de tristeza. Contudo, depois produz um fruto pacífico de justiça naqueles que por ela têm sido exercitados” (Hebreus 12:6-8 e 11). DEUS nos abençoe!


Postado por: Euler P Campos e Maria Edith P Campos
07/04/2011

18/03/2011

MULHERES NO MINISTÉRIO PROFÉTICO

(Texto tirado do livro “Descobrindo o dom profético”, de Mike Bickle, Editora Atos)

O ministério das mulheres na igreja é um tema de quentes debates em muitos círculos hoje. Infelizmente, a eficácia da igreja vem sendo muito prejudicada em função de tantas restrições ao ministério feminino. A posição intransigente e, muitas vezes, extremista de certos setores da igreja é resultado de antigos estereótipos acerca das mulheres, relacionamentos desequilibrados entre homem e mulher e uma visão truncada de história da igreja primitiva.
Meu propósito aqui não é expor uma compreensiva base teológica para o ministério feminino nem fazer uma exegese dos textos do Novo testamento que mencionam o papel da mulher na igreja.
Meu propósito é citar alguns exemplos e como as mulheres funcionamento ministério profético na Metro Christina Fellowship.

AS MULHERES NA HISTÓRIA DA IGREJA

O envolvimento significativo das mulheres no ministério de Jesus é bem documentado. Mulheres foram testemunhas de sua crucificação e ressurreição, enquanto os homens estavam notavelmente ausentes. Lucas declara que as mulheres que haviam saído da Galileia para seguir a Jesus continuaram acompanhando-o, quando seu corpo foi levado para a sepultura – Lc 23:27-31. Mateus relata como elas vigiaram a sepultura depois que os homens foram embora – Mt 27:61. João registrou o fato que o grupo de pessoas que estavam ao pé da cruz era composto de três mulheres e um homem – Jo 19:25-27. Embora fosse contrário a todas as tradições sociais e religiosas, Jesus fez questão de incluir mulheres em seu ministério.
Não é de se admirar que a proeminência de mulheres continuasse no início da igreja primitiva. Várias mulheres atuavam como líderes das igrejas nos lares que faziam parte da igreja mais ampla em Roma. Alguns dos nomes mencionados são Priscila, Cloe, Lídia, Áfia, Ninfa, a mãe de João Marcos e, possivelmente, a “senhora eleita” da segunda epístola de João. Paulo menciona Febe e se refere a ela como uma serva (literalmente “diaconisa”) da igreja em Cencreia – Rm 16:1.
Paulo também fala de Júnia, referindo-se a ela como “notável entre os apóstolos” – Rm 16:7. O significado exato deste versículo tem sido discutido. Até a Idade Média, a identidade de Junia como apóstola nunca foi questionada. Mais tarde, os tradutores tentaram alterar o gênero do nome, mudando-o para Júnias.
As mulheres também atuavam como ministras proféticas. Felipe, um dos sete escolhidos para servir os apóstolos, administrando os alimentos distribuídos entre os pobres – At 6 – era líder da igreja em Cesareia. Ele tinha quatro filhas virgens, que eram reconhecidas como profetisas na igreja – At 21:8-9. Alguns acreditam que estas profetisas se tornaram modelo para os ministros proféticos da igreja primitiva.
Quando o papa Miltíades (ou Melquíades) proclamou que as duas seguidoras de Montano eram hereges, ele as contrastou com as filhas de Felipe. Miltíades explicou que que seu problema não era o fato de serem profetisas (pois as filhas de Felipe também eram), mas de serem falsas profetisas. Eusébio mencionou certo Quadratus, um homem famoso no segundo século, que “dividia com as filhas de Felipe a distinção do dom de profecia”.
A igreja rapidamente se espalhou de seu local de origem em Jerusalém para área onde a cultura predominante era pagã, greco-romana ou as duas. Nestes contextos, as mulheres comumente ocupavam altas posições e tinham influência nas esferas social, política e religiosa da sociedade. A idéia de ter mulheres exercendo influência na igreja não causava um impacto negativo.
Em torno do ano 112 d.C., o imperador romano, Plínio, o jovem, escreveu sobre seu empenho em lidar com os cristãos em Bitínia. Ele achou necessário interrogar os líderes da igreja, duas mulheres escravas chamadas ministrae, ou diaconisas.
Há inúmeros exemplos de mulheres que serviram a igreja com incansável devoção ou que, sem fraquejar, suportaram terríveis torturas e até o martírio. Um passo significativo no processo da igreja alcançar domínio político e social em Roma foi o grande número de mulheres da alta sociedade que se converteram ao cristianismo.
Os homens tinham mais barreiras para sua conversão, porque isso implicava em perda de status na sociedade. O número desproporcional de mulheres cristãs da alta sociedade seja talvez o que levou Celestas, bispo de Roma em 220 d.C., a conceder às mulheres da classe senatorial uma sanção eclesiástica para se casarem com ex-escravos.
Estas mulheres de classe alta não perdiam a oportunidade de se tornarem estudantes da Palavra. Uma delas foi uma mulher do quarto século chamada Marcela. O grande estudioso Jerônimo, que traduziu a Bíblia para o latim (versão conhecida como Vulgata), não hesitou em recomendar a alguns líderes que procurassem ajuda com Marcela em seus problemas hermenêuticos.
As mulheres desfrutavam de grande liberdade de expressão nos primeiros dias da igreja. Entretanto, por causa de vários tipos de problemas que surgiram, a liberdade original que gozavam no ministério da igreja deu lugar a um código de conduta mais definido que era de natureza mais reacionária. A cada nova definição daquilo que era aceito, o papel da mulher foi ficando cada vez mais restrito e diminuindo.
Entretanto, ainda na Idade Média havia mulheres que eram exemplos impressionantes de espiritualidade e dedicação. Os valdenses, um grupo cristão que começou no século XII, que tinham características protestantes quatro séculos antes da Reforma, foram acusados, entre outras coisas, de permitir que mulheres pregassem. Catarina de Sena (1347-1380) era uma resoluta serva aos pobres, considerada doutora da igreja, e amante apaixonada por Deus. Sua teologia e piedade foram admiradas até pelos reformadores.
Num dia de verão, quando Joana D´Arc tina em torno de treze anos, ela viu uma luz brilhante e ouviu vozes enquanto trabalhava no campo. As vozes, que Joana D´Arc pensou que fossem de anjos ou santos, continuaram depois daquele dia, instruindo-a a ajudar o herdeiro do trono da França e salvar a nação. Com seis cavaleiros, cavalgou quase quinhentos quilômetros, atravessando território inimigo para contar a Charles (o herdeiro) dos seus planos.
Quando Joana entrou no grande salão, o futuro rei havia se disfarçado como um dos membros da corte. Joana foi direto e se dirigiu a ele.
“Não sou príncipe”, Charles respondeu.
Joana respondeu: “Em nome de Deus, bondoso senhor, és sim”.
Em seguida, ela prosseguiu a revelar-lhe os seus pensamentos. Esta garota de dezenove anos liderou as tropas francesas e salvou a França, e Charles foi restaurado ao trono. Mar Twain estudou a vida de Joana D´Arc por doze anos e concluiu que sua vida foi “a vida mais nobre que nasceu na terra, com exceção de Um só”.
Embora seja impossível discernir entre o que é lenda , fato e unção espiritual, as experiências de Joana são muito semelhantes à de outras pessoas que conheço, que foram chamadas para o ministério profético.
As mulheres também tiveram papel significativo na expansão e desenvolvimento do protestantismo, particularmente na área de missões estrangeiras. No século XX, mulheres começaram a aparecer no ministério e na liderança, primeiro nas igrejas Holiness e, depois, nas pentecostais. Os exemplos são numerosos, sendo dos dois mais notáveis Aimee Semple McPherson, fundadora da Igreja Quadrangular, e Kathryn Kuhlman.
David Yonggi Cho liberou mulheres ao ministério e a posições de liderança N Igreja Central do Evangelho Pleno de Seul, na Correi do Sul, e com a ajuda delas edificou a maior igreja do mundo com mais de meio milhão de membros.
(O autor passa a descrever as experiências altamente positivas com as mulheres no ministério de sua Igreja a Metro Christian Fellowship. E fala sobre o estereótipo feminino ou seja sobre o conceito preconceituoso que a sociedade tem das mulheres. Veja a seguir).

ESTEREÓTIPO FEMININO

Mulheres são frequentemente vítimas de estereótipos, preconceitos e discriminações injustas. Esta forte realidade, que existe em todo o mundo ocidental prejudica a obra de Deus. Nossos esterótipos mais enraizados são fruto, principalmente da nossa cultura. Eles existem na igreja também, e precisamos lidar energicamente com eles nas ocasiões apropriadas.
Reconhecemos a vasta importância do impacto das mulheres na presente geração e nas futuras e, portanto, honramos imensamente o ministério de uma mãe no lar. Mas também cremos que as mulheres são, muitas vezes, chamadas para atuar fora do lar para servir o Reino de Deus.
Há também estereótipos sobre mulheres e sua estrutura psicológica. Um estereótipo comum é que são muito intuitivas, mas não possuem a devida capacidade de controlar o lado emocional da sua natureza. Não acho que este seja um estereótipo justo. Creio que algumas mulheres certamente se encaixariam nesta descrição, mas alguns homens são assim também. Creio que este é um estereótipo que ficou muito generalizado e não deveria ser usado para impedir mulheres de exercer o ministério.
Tanto homens como mulheres podem ser intuitivos, mas, na minha experiência, as mulheres são mais intuitivas que os homens. O estereótipo masculino é que o homem sempre tem autocontrole, mas que não conhece seus próprios sentimentos nem os dos outros. Isto, também, nem sempre é verdade.
A falta de saber relacionar-se de forma equilibrada e saudável entre homens e mulheres, tem causado muito problemas, tanto na sociedade como na igreja. Alguns homens têm temores infundados quanto ao ministério de mulheres. Acham, por exemplo, que as mulheres podem perder sua feminilidade se começarem a liderar, ou que as mulheres são mais sujeitas ao engano (ambas as coisas são infundadas). Diante disso, alguns homens têm medo de deixar mulheres profetizarem ou pregarem. O problema é exacerbado por alguns dos movimentos feministas radicais. Consequentemente, alguns homens tendem a se tornar resistentes a tudo e a se opor a válidas expressões bíblicas de mulheres no ministério.
Creio, realmente, que se os homens sempre tivessem honrado às mulheres na igreja (as esposas dos líderes), isto teria desarmado grande parte do movimento feminista radical na nossa sociedade. Se a igreja tivesse mostrado o caminho, honrando as mulheres na igreja, isso poderia ter causado um impacto na sociedade como um todo. Se tivesse existido mais mulheres proeminentes na sociedade, por conta da força do apoio de homens na igreja, os efeitos negativos do movimento radical feminista teriam sido minimizados.
Esta é uma forma prática que a igreja tem de funcionar como estandarte profético na sociedade – através da honra tanto às mulheres como crianças do modo como convém à graça de Deus – Malaquias 4:6; 1 Pedro 3:7.
Até aqui a palavra de Mike Bickle. Sempre me incomodou o medo dos homens líderes da igreja de abrir a participação de suas esposas em reuniões de planejamentos e decisões para a igreja. Às vezes, me dão a impressão de reuniões “maçônicas” em que as mulheres não podem saber sobre o que os homens conversaram. E sabemos, que muitas vezes, as nossas mulheres têm muito mais sabedoria no trato de questões importantes. Há perigos? Sempre os há. Mas quem garante que em se tratando de homens envolvidos em ministérios, não existem, também, perigos. Um exemplo: em nossa igreja, todos os domingos os diáconos se reúnem. Porque suas esposas não participam também dessas reuniões? Graças a Deus nosso ministério Sal da Terra abre ministérios para as mulheres. Se abrem ministérios para mulheres é porque se manifesta confiança nelas. E se se manifesta confiança em entregar ministérios a elas, onde está o problema em estimular sua participação nas reuniões de seus maridos?
Não se trata de obrigar as mulheres a esta participação. Mas de estimulá-las a se integrarem no trabalho ministerial de seus maridos. E assim, elas poderão ser competentes “auxiliadoras”... Creio que precisamos rever nossos conceitos a respeito...

Por: Euler P Campos e Maria Edith P Campos
18/03/2011

04/03/2011

Módulo - 4 Deus Se Revela Quem Ele É

A Bíblia não contém um tratado sobre Deus, não se afasta e distancia como quem descreve um objeto. Não nos convida a falar de Deus mas, sim, a ouvi-lo falar e a responder-lhe, confessando a sua glória e servindo-lhe. Contanto que se permaneça na obediência e ação de graças, é possível formular o que Deus diz de si mesmo na Bíblia. Deus não fala de si do mesmo modo no Antigo Testamento e no Novo Testamento, quando se dirige a nós pelos seus profetas e quando pelo seu Filho (Hb 1:1s). Mais que em qualquer outro assunto, impõe-se, aqui, de maneira rigorosa, a distinção entre o Antigo Testamento e o Novo Testamento, pois “ninguém jamais viu a Deus; só o Filho único que está no seio do Pai o deu a conhecer” (Jo 1:18). Como é preciso rejeitar a herética oposição entre o Deus vingativo do Antigo Testamento e o Deus bom do Novo Testamento, assim é preciso manter que só Jesus Cristo nos revela o segredo do único Deus dos dois Testamentos.

Podemos conhecer a Deus, através de algumas formas determinadas por Ele mesmo. Uma dessas formas é a revelação. Deus se revelou a nós de tal forma que podemos, inclusive, discernir seus atributos, qualidades e características. Em verdade, seus atributos coincidem com o seu ser.

A existência de Deus

Argumentos Naturalistas Para A Existência de Deus. 1. COSMOLÓGICO. Da palavra grega kosmo, “mundo”. O Universo é um efeito que exige uma causa adequada, e a única causa suficiente é Deus. Sl 19:1. Rm 1:20; Mt 6:26-30

2 . TELEOLÓGICO. Da palavra grega telos, “fim”. O universo não apenas prova a existência de um Criador, mas indica a existência de um Arquiteto, um Planejador. Rm 1:18-20. Há um propósito no universo que indica a existência de Deus como seu Planejador. Sl 19:1-6; 139:14

3. ANTROPOLÓGICO. Da palavra grega anthropos, “homem”. Já que o homem é um ser moral e intelectual, deve ter um Criador que também seja moral e inteligente. At 17:29. A natureza moral, os instintos religiosos, a consciência e a natureza emocional do homem argumentam em favor da existência de Deus.

4. ONTOLÓGICO. Da palavra grega ontos, “existente, ser”. O homem tem a idéia inerente de um Ser Perfeito. Esta idéia, naturalmente, inclui o conceito de existência, já que um ser, em tudo mais perfeito, que não existisse, não seria tão perfeito quanto um ser perfeito que existisse. Portanto, visto que a idéia de existência está contida na idéia de um Ser Perfeito, esse Ser Perfeito deve necessariamente existir.

5 – HISTÓRICO. O argumento baseia-se nos fatos da história, onde a presença de Deus é evocada. Primeiro, a prática dos cultos dedicados à divindade, comum a todos os povos e tribos da terra. Este sentimento religioso do homem pode indicar a existência daquele com quem o homem tenta se relacionar (At 17:27). Mas também, e sobretudo, os fatos ocorridos na história de Israel, explicados e aceitos como atos de Deus na história. Como entender aqueles acontecimentos portentosos na vida de Israel, senão como atos de Deus mesmo? É o profetismos, com predições de acontecimentos extraordinários e cumprimentos exatos? De fato, os vestígios de Deus podem ser encontrados na história, assim como na criação e no próprio homem.

Todos esses argumentos são válidos e coerentes com a revelação bíblica. São argumentos baseados em fatos da natureza, da experiência e da história, elaborados pela razão humana. Eles são muito úteis para aquele que crê e deseja ter um fundamento racional para a sua fé.

Argumentos Bíblicos Para A Existência de Deus. Em parte alguma, a Bíblia trata de provar a existência de Deus, mediante provas formais. Reconhece-se como fato auto-evidente e como crença natural do homem. A Bíblia, em parte alguma, propõe uma série de provas da existência de Deus como preliminar à fé; declara o fato de Deus e chama o homem a aventurar-se na fé. “O que se chega a Deus, creia que há Deus”, é o ponto inicial da relação entre o homem e Deus. Os autores bíblicos tanto presumem quanto defendem a existencia de Deus. Os autores bíblicos tanto presumem quanto defendem a existencia de Deus.

A Bíblia, em verdade, fala de homens que dizem em seus corações que não há Deus, mas esses são “tolos”, isto é, os ímpios praticantes que expulsaram a Deus dos seus pensamentos, porque já o expulsaram das suas vidas. Esses pertencem ao grande número de ateus praticantes, isto é, esses que procedem e ateus teóricos, isto é, esses que pretendem aderir à crença intelecctual que nega a existência de Deus. Note-se que a declaração “não há Deus “ não implica dizer que Deus não exista, mas sim que Deus não se ocupa com negócios do mundo. Contando com a sua existência, os homens corrompem-se e se comportam de maneira abominável. Sl 14: “Diz o néscio no seu coração: Não há Deus. Os homens têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras; não há quem faça o bem. 2 O Senhor olhou do céu para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento, que buscasse a Deus. 3 Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer um. 4 Acaso não tem conhecimento nem sequer um dos que praticam a iniqüidade, que comem o meu povo como se comessem pão, e que não invocam o Senhor? 5 Achar-se-ão ali em grande pavor, porque Deus está na geração dos justos. 6 Vós quereis frustar o conselho dos pobres, mas o Senhor é o seu refúgio. 7 Oxalá que de Sião viesse a salvação de Israel! Quando o Senhor fizer voltar os cativos do seu povo, então se regozijará Jacó e se alegrará Israel”.

A natureza de Deus – conceito bíblico

Quem é, e que é Deus? A melhor definição é a que se encontra no Catecismo de Westminster: “Deus é Espírito, infinito, eterno e imutável em seu ser, sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade”. A definição bíblica pode formular-se pelo estudo dos nomes de Deus. O “nome” de Deus, na Bíblia, significa mais do que uma combinação de sons; representa seu caráter revelado. Deus revela-se a si mesmo fazendo-se conhecer ou proclamando o seu nome. Ex: 6:3: “Apareci a Abraão, a Isaque e a Jacó, como o Deus Todo-Poderoso; mas pelo meu nome Jeová, não lhes fui conhecido”. – e 33: 19:”Respondeu-lhe o Senhor: Eu farei passar toda a minha bondade diante de ti, e te proclamarei o meu nome Jeová; e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia, e me compadecerei de quem me compadecer”. Também no capítulo 34:5-6: “O Senhor desceu numa nuvem e, pondo-se ali junto a ele, proclamou o nome Jeová. 6 Tendo o Senhor passado perante Moisés, proclamou: Jeová, Jeová, Deus misericordioso e compassivo, tardio em irar-se e grande em beneficência e verdade”.

Adorar a Deus é: invocar seu nome – Gn 12:8:”Então passou dali para o monte ao oriente de Betel, e armou a sua tenda, ficando-lhe Betel ao ocidente, e Ai ao oriente; também ali edificou um altar ao Senhor, e invocou o nome do Senhor”. - temê-lo – Dt 28:58: “Se não tiveres cuidado de guardar todas as palavras desta lei, que estão escritas neste livro, para temeres este nome glorioso e temível, o Senhor teu Deus”; - louvá-lo – 2 Sm 22:50: “Por isso, ó Senhor, louvar-te-ei entre as nações, e entoarei louvores ao teu nome” - glorificá-lo – Sl 86:9: “Todas as nações que fizeste virão e se prostrarão diante de ti, Senhor, e glorificarão o teu nome”.

É sacrilégio tomar seu nome em vão, ou profaná-lo ou blasfemá-lo. – Ex 20: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente aquele que tomar o seu nome em vão”. (Cf Lv 18:21; 24:16).

Reverenciar a Deus é santificar ou bendizer seu nome - Mt 6:9:”Portanto, orai vós deste modo: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome”.

O nome do Senhor defende o seu povo, e por amor do seu nome não os abandonará - Sl 20:1: “O Senhor te ouça no dia da angústia; o nome do Deus de Jacó te proteja”. (Cf 1 Sm 12:22).

O nome de Deus. Os seguintes nomes de Deus são os mais comuns que encontramos na Bíblia e que falam de sua natureza: A – ELOHIM (Deus) – emprega-se sempre que sejam descritos ou implicitos o poder criativo e a onipotência de Deus. Elohim é o Deus-Criador. A forma plural significa a plenitude de poder e representa a Trindade.

B – JEOVÁ – “Senhor” na versão de Almeida – Deus não permanece alheio a suas criaturas. Observando Deus a necessidade entre os homens, desceu para ajudá-los e salvá-los; é o nome do relacionamento entre o verdadeiro Deus e seu povo. Ao assumir esta relação, ele revela-se a si mesmo como Jeová, o Deus da Aliança. Este nome significa “Eu me manifestei, me manifesto, e ainda me manifestarei”. A relação entre Jeová e Israel resume-se no uso dos nomes encontrados nos concertos entre Jeová e seu povo. Aos que jazem em leitos de doença manifesta-se como JEOVÁ-RAFA , “o Senhor que cura” (Ex 15:26). Os oprimidos pelo inimigo invocam JEOVÁ-NISSI, “o Senhor nossa bandeira” (Ex 17:8-15). Os carregados de cuidados aprendem que ele é JEOVÁ-SHALOM, “o Senhor nossa paz”(Jz 6:24). Os peregrinos na terra sentem a necessidade de JEOVÁ-RA`AH, “o Senhor meu Pastor”(Sl 23:1). Aqueles que se sentem sob condenação e necessidades da justificação, esperançosamente invocam a JEOVÁ-TSDKENU, “o Senhor nossa justiça” (Jr 23:6). Aqueles que se sentem desamparados aprendem que ele é JEOVÁ-JIREH, “o Senhor que provê”(Gn 22:14). E quando o reino de Deus se houver concretizado na terra, será ele conhecido como JEOVÁ-SHAMMAH, “o Senhor está ali” (Ez 48:10). JEOVÁ-SABBAOTH, “o Senhor dos Exércitos”(1 Sm 1:3). JEOVÁ-MACCADESHKEM, “o Senhor que santifica” (Ex 31:13). JEOVÁ-EL GMOLAH, “O Senhor deus da recompensa” (Jr 51:56). JEOVÁ NAKEH, “o Senhor que fere” (Ez 7:9).

C – EL (Deus) - usado em certas combinações: EL-ELYON. Gn 14:18-20, o “Deus altíssimo”, o Deus que é exaltado sobre tudo o que se chama deus ou deuses. “O mais forte dos fortes” (Is 14:13-14). EL-ROI, “o forte que vê” (Gn 16:13). EL-SHADDAI, “o Deus que é suficiente para as necessidades do seu povo”(Ex 6:3. EL-OLAM), “o eterno Deus” (Gn 21:33). “O Todo Poderoso” – (Gn 17:1-2).

D – ADONAI – literalmente “Senhor” ou “Mestre” e dá idéia de governo e domínio - Ex 23:17; Is 10:16.33. Por causa do que Deus é e do que tem feito, ele exige o serviço e a lealdade do seu povo. Este nome no Novo Testamento aplica-se a Cristo glorificado.

E – PAI, emprega-se tanto no Antigo como no Novo Testamento. Em significado mais amplo o nome descreve a Deus como sendo a Fonte de todas as coisas e Criador do homem; de maneira que, no sentido criativo, todos podem considerar-se geração de Deus. - At 17:28. Todavia, esta relação não garante a salvação. Somente aqueles que foram vivificados e receberam nova vida pelo seu Espírito são seus filhos no sentido íntimo da salvação ( Jo 1:12-13).


Os atributos de Deus

Sendo Deus um ser infinito, é impossível que qualquer criatura o conheça, exatamente, como ele é. No entanto, ele, bondosamente, revelou-se mediante linguagem compreensível a nós. A Bíblia é essa revelação. Por exemplo: Deus diz acerca de si mesmo: “Eu sou Santo”; portanto, podemos afirmar: Deus é Santo. A santidade, então, é um atributo de Deus, porque a santidade é uma qualidade que podemos atribuir ou aplicar a ele. Dessa forma, com a ajuda da revelação que Deus deu de si mesmo, podemos regular os nossos pensamentos acerca de Deus.

* Definição. Um atributo é uma propriedade intrínseca ao seu sujeito, pela qual ele pode ser distinguido ou identificado.

Classificações dos atributos. A maioria dos sistemas de classificação dos atributos baseia-se no fato de que alguns deles pertencem, exclusivamente, a Deus (e.g., infinitude) e outros se encontram, de maneira limitada e num sentido relativo, também no homem (e.g., amor); assim, a terminologia dessas classificações inclui incomunicáveis e comunicáveis; absolutos e relativos; imanentes e transitivos; constitucionais e pessoais.

Atributos Absolutos, Incomunicáveis Ou Constitucionais: 1. SIMPLICIDADE. Deus é incomplexo, não composto, indivisível. Jo 4:24. Problema. A simplicidade de Deus invalida a doutrina da Trindade? Não, porque a simplicidade tem a ver com a essência de Deus, e a Trindade com a Sua subsistência. - 2. UNIDADE. Deus é UM. Dt 6:4. - 3. INFINITUDE. Deus não tem término ou fim. 1Rs 8:27; At 17:24. - 4. ETERNIDADE. Deus não está sujeito à sucessão do tempo.. Gn 21:33; Sl9:2. Problema. Seria o tempo irreal para Deus? Não. Ele reconhece a continuidade dos acontecimentos, mas todos os acontecimentos, passados, presentes e futuros, são igualmente vividos para Ele. - 5. IMUTABILIDADE. Deus é imutável em natureza e prática. Tg 1:17. Problema. Será que Deus muda de idéia ou se arrepende (Gn 6:6), como parece acontecer de nossa perspectiva; ou seria isto uma expressão do decreto permissivo de Deus? Ou é uma maneira antropomórfica de descrever aparentes mudanças no curso dos acontecimentos? - 6. ONIPRESENÇA. Deus está em todo lugar - não em todas as coisas, que é o panteísmo. Sl 139:7-12. - 7. SOBERANIA. Deus é o governante supremo do universo. Ef 1. 8. ONISCIÊNCIA. Deus conhece todas as coisas, reais e possíveis. Mt 11:21. - 9. ONIPOTÊNCIA. Deus possui todo o poder. Ap 19:6.

Atributos Relativos, Comunicáveis Ou Pessoais: 10. JUSTIÇA. Equidade moral, imparcialidade no trato com Suas criaturas. At 17:31. - 11. AMOR. A busca divina do bem maior das criaturas na manifestação de Sua vontade. Ef 2:4-5. - 12. VERDADE. Concordância e coerência com tudo que é representado pelo próprio Deus. Jo 14:6. - 13. LIBERDADE. Independência divina de Suas criaturas. Is 40:13-14. 14. SANTIDADE. Retidão moral. 1Jo 1:5.

Atributos que “mexem” com a nossa vida

Vamos, agora, destacar alguns atributos que falam e “mexem” com a nossa vida:

A GLÓRIA DE DEUS – “Glória” é um termo familiar aos crentes. E, normalmente, revela o ser de Deus visivelmente, revela a sua deidade, sua majestade incomparável. Um termo paralelo a esse pode ser “transcendência”, que se refere a algo que ultrapassa a realidade finita que vivemos. – Ex 19: 1-8 lemos: “No terceiro mês depois que os filhos de Israel haviam saído da terra do Egito, no mesmo dia chegaram ao deserto de Sinai.2 Tendo partido de Refidim, entraram no deserto de Sinai, onde se acamparam; Israel, pois, ali acampou-se em frente do monte. 3 Então subiu Moisés a Deus, e do monte o Senhor o chamou, dizendo: Assim falarás à casa de Jacó, e anunciarás aos filhos de Israel: 4 Vós tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águias, e vos trouxe a mim. 5 Agora, pois, se atentamente ouvirdes a minha voz e guardardes o meu pacto, então sereis a minha possessão peculiar dentre todos os povos, porque minha é toda a terra; 6 e vós sereis para mim reino sacerdotal e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel. 7 Veio, pois, Moisés e, tendo convocado os anciãos do povo, expôs diante deles todas estas palavras, que o Senhor lhe tinha ordenado. 8 Ao que todo o povo respondeu a uma voz: Tudo o que o Senhor tem falado, faremos. E relatou Moisés ao Senhor as palavras do povo”.- 19:16-22: - “o terceiro dia, ao amanhecer, houve trovões, relâmpagos, e uma nuvem espessa sobre o monte; e ouviu-se um sonido de buzina mui forte, de maneira que todo o povo que estava no arraial estremeceu.17 E Moisés levou o povo fora do arraial ao encontro de Deus; e puseram-se ao pé do monte. 18 Nisso todo o monte Sinai fumegava, porque o Senhor descera sobre ele em fogo; e a fumaça subiu como a fumaça de uma fornalha, e todo o monte tremia fortemente. 19 E, crescendo o sonido da buzina cada vez mais, Moisés falava, e Deus lhe respondia por uma voz. 20 E, tendo o Senhor descido sobre o monte Sinai, sobre o cume do monte, chamou a Moisés ao cume do monte; e Moisés subiu. 21 Então disse o Senhor a Moisés: Desce, adverte ao povo, para não suceder que traspasse os limites até o Senhor, a fim de ver, e muitos deles pereçam. 22 Ora, santifiquem-se também os sacerdotes, que se chegam ao Senhor, para que o Senhor não se lance sobre eles”. - 24:17:”Ora, a aparência da glória do Senhor era como um fogo consumidor no cume do monte, aos olhos dos filhos de Israel”

Ezequiel, no capítulo 1, descreve uma visão que teve dessa glória transcendente. Não deixe de ler.

Alguns textos mostram que essa glória resplandecia na face de Jesus. Na visão de Paulo na estrada de Damasco - 2 Co 4:6: - “Porque Deus, que disse: Das trevas brilhará a luz, é quem brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo”. (Cf Jo 1:14).

O atributo “Glória” pode resumir vários outros termos usados para expressar vários aspectos do ser de Deus.:

A ETERNIDADE DE DEUS – Deus não tem limites – 1 Tm 6:16: “ ...aquele que possui, ele só, a imortalidade, e habita em luz inacessível; a quem nenhum dos homens tem visto nem pode ver; ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém”. Confira Rm 11:33

A EXISTÊNCIA PRÓPRIA DE DEUS – Ele não depende de mais nada para existir – Gn 1:1: “No princípio criou Deus os céus e a terra”. - antes de tudo, Deus era – At 17:25:“...nem tampouco é servido por mãos humanas, como se necessitasse de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas”. Veja ainda Is 40:13

IMUTABILIDADE DE DEUS – Ml 3:6: - “Pois eu, o Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos”. Também Hb 13:8 - Toda a idéia de aliança e promessas de Deus se firmam nesse atributo de Deus. Ele é fiel. Ele não muda com seu povo.

O SENHORIO DE DEUS – “Senhor” é o título mais freqüente de Deus no Antigo Testamento. A palavra hebraica é Jeová. Este nome significa a sua lealdade a seu povo e a infalibilidade de suas promessas com seu povo. Está escrito em Ex 3:13-15: “Então disse Moisés a Deus: Eis que quando eu for aos filhos de Israel, e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós; e eles me perguntarem: Qual é o seu nome? Que lhes direi? 14 Respondeu Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos olhos de Israel: EU SOU me enviou a vós. 15 E Deus disse mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó, me enviou a vós; este é o meu nome eternamente, e este é o meu memorial de geração em geração”.

Outro nome relativo a esse atributo é SOBERANIA. Ele reina sobre tudo e todos, incluindo : os governos humanos – Em Pv 21:1: “Como corrente de águas é o coração do rei na mão do Senhor; ele o inclina para onde quer”. (cf Dn 4:35) - o destino da vida e do homem – At 18:21: - ...antes se despediu deles, dizendo: Se Deus quiser, de novo voltarei a vós; e navegou de Éfeso. (cf Rm 15:32) - até mesmo os menores detalhes da vida estão sob sua soberania – Mt 10:29: - “Não se vendem dois passarinhos por um asse? e nenhum deles cairá em terra sem a vontade de vosso Pai.”

Ele é Deus em si mesmo, e reina sobre todos que clamam seu poder e autoridade - Is 45:6: - “Para que se saiba desde o nascente do sol, e desde o poente, que fora de mim não há outro; eu sou o Senhor, e não há outro”. – 43:11: - “Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há salvador”. – 44:8: - “Não vos assombreis, nem temais; porventura não vo-lo declarei há muito tempo, e não vo-lo anunciei? Vós sois as minhas testemunhas! Acaso há outro Deus além de mim? Não, não há Rocha; não conheço nenhuma”. 45:21 – “Anunciai e apresentai as razões: tomai conselho todos juntos. Quem mostrou isso desde a antigüidade? quem de há muito o anunciou? Porventura não sou eu, o Senhor? Pois não há outro Deus senão eu; Deus justo e Salvador não há além de mim”.

Este senhorio é expresso também em três diferentes aspectos da pessoa de Deus:

1 - Onipotência – Ele é todo poderoso – Gn 17:1: - “Quando Abrão tinha noventa e nove anos, apareceu-lhe o Senhor e lhe disse: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda em minha presença, e sê perfeito” – 18:14: - “Há, porventura, alguma coisa difícil ao Senhor? - Mc 10:27: - Jesus, fixando os olhos neles, respondeu: Para os homens é impossível, mas não para Deus; porque para Deus tudo é possível”.

2 - Onipresença – Ele está em todo lugar. Ele vê tudo – Sl 139:7-12: “Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da tua presença? 8 Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali estás também. 9 Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, 10 ainda ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá. 11 Se eu disser: Ocultem-me as trevas; torne-se em noite a luz que me circunda; 12 nem ainda as trevas são escuras para ti, mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa”. (cf At 5:1-11.23:11; Is 43:13; Ap 6:9)

3 - Onisciência – Deus sabe tudo. Ele é perfeito – Sl 139:1-12: - “Senhor, tu me sondas, e me conheces. 2 Tu conheces o meu sentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. 3 Esquadrinhas o meu andar, e o meu deitar, e conheces todos os meus caminhos. 4 Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó Senhor, tudo conheces. 5 Tu me cercaste em volta, e puseste sobre mim a tua mão. 6 Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim; elevado é, não o posso atingir. 7 Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da tua presença? 8 Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali estás também. 9 Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, 10 ainda ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá. 11 Se eu disser: Ocultem-me as trevas; torne-se em noite a luz que me circunda; 12 nem ainda as trevas são escuras para ti, mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa”. (cf Ap 20:12; Jo 14:6; Cl 2:3)

Antes de continuarmos o estudo dos atributos de Deus e tomando como textos referenciais Lv 11:44: - “Porque eu sou o Senhor vosso Deus; portanto santificai-vos, e sede santos, porque eu sou santo; e não vos contaminareis com nenhum animal rasteiro que se move sdfb fbsobre a terra” (cf Jo 3:16), cabe uma observação: As dificuldades para entender os atributos de Deus aparecem mais freqüentemente quando estudamos santidade e amor. Muitas pessoas têm questões não esclarecidas sobre a tensão que existe entre o Deus Santo da Lei e o Deus de Amor do Evangelho. Alguns resolvem essa questão, enfatizando um Deus austero, rigoroso, que busca altos padrões morais, levando assim seu povo ao julgamento final. Outros superenfatizam o Deus de Amor, fazendo de Deus um ser sentimental, que se torna condescendente, desprovido de força moral. O Deus da Bíblia é santo e cheio de amor.

SANTIDADE – Deus é Santo – Santidade é o atributo central no ser de Deus. E esse atributo é mais enfatizado no Antigo Testamento - Lv 11:44: - “Porque eu sou o Senhor vosso Deus; portanto santificai-vos, e sede santos, porque eu sou santo; e não vos contaminareis com nenhum animal rasteiro que se move sobre a terra”; - 19:2: - “Fala a toda a congregação dos filhos de Israel, e dize-lhes: Sereis santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo”. (cf Js 24:19; 1 Sm 6:20; Sl 22:3; Is 57:15)

O elemento fundamental na palavra hebraica qodesh, traduzido por santo fala mais das implicações positivas da palavra, dedicação ao Senhor (dono). Quando a palavra se refere a Deus ela traz duas implicações:

A - Deus é separado de todos os outros seres – “Só Jeová é Deus”. Nesse sentido a santidade de Deus é similar à sua glória, expressa na visão de Isaías - Is 6:3: - “E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos; a terra toda está cheia da sua glória”. - e na visão de João, cerca de mil anos depois - Ap 4:8: - “Os quatro seres viventes tinham, cada um, seis asas, e ao redor e por dentro estavam cheios de olhos; e não têm descanso nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, e que é, e que há de vir”. - 1 Tm 6:16: - “ ...aquele que possui, ele só, a imortalidade, e habita em luz inacessível; a quem nenhum dos homens tem visto nem pode ver; ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém”.

B - Essa santidade é também atribuída ao Filho - Mc 9:2: - “Seis dias depois tomou Jesus consigo a Pedro, a Tiago, e a João, e os levou à parte sós, a um alto monte; e foi transfigurado diante dele”. (cf Lc 1:35; At 9:3; Ap 1:12) - e ao Espírito Santo - Lc 11:13: - “Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?” (cf At 2:4; 4:31; Ef 4:30: )

2 - A santidade de Deus também implica na sua separação de tudo aquilo que resiste e se opõe a Ele. Santidade é um atributo de sua virtude que o põe em padrões absolutamente inalcansáveis por outros seres, antes d´Ele. Ele é absolutamente puro e perfeito, sem nenhum pecado ou sombra de mal. Seu ser é o derramar de toda justiça, verdade, bondade. - Is 12:6: - “Exulta e canta de gozo, ó habitante de Sião; porque grande é o Santo de Israel no meio de ti”. – 55:5: - “Eis que chamarás a uma nação que não conheces, e uma nação que nunca te conheceu a ti correrá, por amor do Senhor teu Deus, e do Santo de Israel; porque ele te glorificou”.

Israel tinha que buscar um padrão de santidade assim para ele e, hoje, a igreja deve fazer isso. - 1 Co 6:18: - “Fugi da prostituição. Qualquer outro pecado que o homem comete, é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo”. (cf 1 Ts 4:3.7)

AMOR DE DEUS – Deus é amor. Essa é a melhor definição bíblica de Deus – “Deus é amor” - 1 Jo 4:8-10: - “Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor. 9 Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por meio dele vivamos. 10 Nisto está o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados”.

A palavra, aqui, é ágape, que descreve um tipo de amor de quem ama aquilo que não merece, não é digno de ser amado. Isso é demonstrado quando Israel não merecia. - Dt 7:7: - “O Senhor não tomou prazer em vós nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que todos os outros povos, pois éreis menos em número do que qualquer povo”. (cf Os 3:1)

O amor de Deus é ligado a um elemento chamado graça, uma atitude de dar de graça ao que não merece. Seu amor é livre, e decide amar resgatando pecadores, em Jesus. Três aspectos do amor de Deus a serem notados:

1 - O amor ágape é expresso principalmente na redenção de pecadores, freqüentemente referido como bondade. - At 14:17: - “Contudo não deixou de dar testemunho de si mesmo, fazendo o bem, dando-vos chuvas do céu e estações frutíferas, enchendo-vos de mantimento, e de alegria os vossos corações”.

2 - Misericórdia de Deus é o amor de Deus, quando esse encontra o pecado do homem. Na misericórdia, Ele perdoa a transgressão do pecador. Misericórdia teve um alto preço para Jesus, quando Ele aceitou todas as conseqüências do pecado na cruz. - Ef 2:4: -“ Mas Deus, sendo rico em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou”, (cf Tt:3:5 )

3 - A aliança é um elemento bíblico chave para que entendamos a noção do amor de Deus. Ela refere ao amor de Deus expresso, quando Deus se entregou para ter relacionamento com o ser humano. Através da aliança, Deus se compromete “livremente” a libertar seu povo e permanecer seu Deus. A palavra hebraica para graça – chen, chesed, é um termo relativo à aliança que implica em lealdade no amor, permanência, imutabilidade. Esse aspecto do amor de Deus é a segurança máxima do cristão. - 2 Tm 2:13: - “... se somos infiéis, ele permanece fiel; porque não pode negar-se a si mesmo”.

A nossa firmeza no amor de Deus não depende em quanto nós estamos firmes em nossa fé em Cristo. E não é qualificado pela nossa desobediência e inconstância. O coração de Deus bate por nós. Ele nos ama com amor incompreensível pelos padrões humanos. Ele não depende de nós para nos amar. Ele veio até nós e compartilhou seu amor voluntária e gratuitamente. É nesse fato que encontramos segurança e paz.

Postado por: Pr Euler P. Campos
04/03/2011

Módulo - 4 Deus Se Revela Quem Ele É

A Bíblia não contém um tratado sobre Deus, não se afasta e distancia como quem descreve um objeto. Não nos convida a falar de Deus mas, sim, a ouvi-lo falar e a responder-lhe, confessando a sua glória e servindo-lhe. Contanto que se permaneça na obediência e ação de graças, é possível formular o que Deus diz de si mesmo na Bíblia. Deus não fala de si do mesmo modo no Antigo Testamento e no Novo Testamento, quando se dirige a nós pelos seus profetas e quando pelo seu Filho (Hb 1:1s). Mais que em qualquer outro assunto, impõe-se, aqui, de maneira rigorosa, a distinção entre o Antigo Testamento e o Novo Testamento, pois “ninguém jamais viu a Deus; só o Filho único que está no seio do Pai o deu a conhecer” (Jo 1:18). Como é preciso rejeitar a herética oposição entre o Deus vingativo do Antigo Testamento e o Deus bom do Novo Testamento, assim é preciso manter que só Jesus Cristo nos revela o segredo do único Deus dos dois Testamentos.


Podemos conhecer a Deus, através de algumas formas determinadas por Ele mesmo. Uma dessas formas é a revelação. Deus se revelou a nós de tal forma que podemos, inclusive, discernir seus atributos, qualidades e características. Em verdade, seus atributos coincidem com o seu ser.


A existência de Deus


Argumentos Naturalistas Para A Existência de Deus. 1. COSMOLÓGICO. Da palavra grega kosmo, “mundo”. O Universo é um efeito que exige uma causa adequada, e a única causa suficiente é Deus. Sl 19:1. Rm 1:20; Mt 6:26-30

2 . TELEOLÓGICO. Da palavra grega telos, “fim”. O universo não apenas prova a existência de um Criador, mas indica a existência de um Arquiteto, um Planejador. Rm 1:18-20. Há um propósito no universo que indica a existência de Deus como seu Planejador. Sl 19:1-6; 139:14

3. ANTROPOLÓGICO. Da palavra grega anthropos, “homem”. Já que o homem é um ser moral e intelectual, deve ter um Criador que também seja moral e inteligente. At 17:29. A natureza moral, os instintos religiosos, a consciência e a natureza emocional do homem argumentam em favor da existência de Deus.

4. ONTOLÓGICO. Da palavra grega ontos, “existente, ser”. O homem tem a idéia inerente de um Ser Perfeito. Esta idéia, naturalmente, inclui o conceito de existência, já que um ser, em tudo mais perfeito, que não existisse, não seria tão perfeito quanto um ser perfeito que existisse. Portanto, visto que a idéia de existência está contida na idéia de um Ser Perfeito, esse Ser Perfeito deve necessariamente existir.

5 – HISTÓRICO. O argumento baseia-se nos fatos da história, onde a presença de Deus é evocada. Primeiro, a prática dos cultos dedicados à divindade, comum a todos os povos e tribos da terra. Este sentimento religioso do homem pode indicar a existência daquele com quem o homem tenta se relacionar (At 17:27). Mas também, e sobretudo, os fatos ocorridos na história de Israel, explicados e aceitos como atos de Deus na história. Como entender aqueles acontecimentos portentosos na vida de Israel, senão como atos de Deus mesmo? É o profetismos, com predições de acontecimentos extraordinários e cumprimentos exatos? De fato, os vestígios de Deus podem ser encontrados na história, assim como na criação e no próprio homem.

Todos esses argumentos são válidos e coerentes com a revelação bíblica. São argumentos baseados em fatos da natureza, da experiência e da história, elaborados pela razão humana. Eles são muito úteis para aquele que crê e deseja ter um fundamento racional para a sua fé.

Argumentos Bíblicos Para A Existência de Deus. Em parte alguma, a Bíblia trata de provar a existência de Deus, mediante provas formais. Reconhece-se como fato auto-evidente e como crença natural do homem. A Bíblia, em parte alguma, propõe uma série de provas da existência de Deus como preliminar à fé; declara o fato de Deus e chama o homem a aventurar-se na fé. “O que se chega a Deus, creia que há Deus”, é o ponto inicial da relação entre o homem e Deus. Os autores bíblicos tanto presumem quanto defendem a existencia de Deus. Os autores bíblicos tanto presumem quanto defendem a existencia de Deus.

A Bíblia, em verdade, fala de homens que dizem em seus corações que não há Deus, mas esses são “tolos”, isto é, os ímpios praticantes que expulsaram a Deus dos seus pensamentos, porque já o expulsaram das suas vidas. Esses pertencem ao grande número de ateus praticantes, isto é, esses que procedem e ateus teóricos, isto é, esses que pretendem aderir à crença intelecctual que nega a existência de Deus. Note-se que a declaração “não há Deus “ não implica dizer que Deus não exista, mas sim que Deus não se ocupa com negócios do mundo. Contando com a sua existência, os homens corrompem-se e se comportam de maneira abominável. Sl 14: “Diz o néscio no seu coração: Não há Deus. Os homens têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras; não há quem faça o bem. 2 O Senhor olhou do céu para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento, que buscasse a Deus. 3 Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer um. 4 Acaso não tem conhecimento nem sequer um dos que praticam a iniqüidade, que comem o meu povo como se comessem pão, e que não invocam o Senhor? 5 Achar-se-ão ali em grande pavor, porque Deus está na geração dos justos. 6 Vós quereis frustar o conselho dos pobres, mas o Senhor é o seu refúgio. 7 Oxalá que de Sião viesse a salvação de Israel! Quando o Senhor fizer voltar os cativos do seu povo, então se regozijará Jacó e se alegrará Israel”.


A natureza de Deus – conceito bíblico


Quem é, e que é Deus? A melhor definição é a que se encontra no Catecismo de Westminster: “Deus é Espírito, infinito, eterno e imutável em seu ser, sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade”. A definição bíblica pode formular-se pelo estudo dos nomes de Deus. O “nome” de Deus, na Bíblia, significa mais do que uma combinação de sons; representa seu caráter revelado. Deus revela-se a si mesmo fazendo-se conhecer ou proclamando o seu nome. Ex: 6:3: “Apareci a Abraão, a Isaque e a Jacó, como o Deus Todo-Poderoso; mas pelo meu nome Jeová, não lhes fui conhecido”. – e 33: 19:”Respondeu-lhe o Senhor: Eu farei passar toda a minha bondade diante de ti, e te proclamarei o meu nome Jeová; e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia, e me compadecerei de quem me compadecer”. Também no capítulo 34:5-6: “O Senhor desceu numa nuvem e, pondo-se ali junto a ele, proclamou o nome Jeová. 6 Tendo o Senhor passado perante Moisés, proclamou: Jeová, Jeová, Deus misericordioso e compassivo, tardio em irar-se e grande em beneficência e verdade”.

Adorar a Deus é: invocar seu nome – Gn 12:8:”Então passou dali para o monte ao oriente de Betel, e armou a sua tenda, ficando-lhe Betel ao ocidente, e Ai ao oriente; também ali edificou um altar ao Senhor, e invocou o nome do Senhor”. - temê-lo – Dt 28:58: “Se não tiveres cuidado de guardar todas as palavras desta lei, que estão escritas neste livro, para temeres este nome glorioso e temível, o Senhor teu Deus”; - louvá-lo – 2 Sm 22:50: “Por isso, ó Senhor, louvar-te-ei entre as nações, e entoarei louvores ao teu nome” - glorificá-lo – Sl 86:9: “Todas as nações que fizeste virão e se prostrarão diante de ti, Senhor, e glorificarão o teu nome”.

É sacrilégio tomar seu nome em vão, ou profaná-lo ou blasfemá-lo. – Ex 20: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente aquele que tomar o seu nome em vão”. (Cf Lv 18:21; 24:16).

Reverenciar a Deus é santificar ou bendizer seu nome - Mt 6:9:”Portanto, orai vós deste modo: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome”.

O nome do Senhor defende o seu povo, e por amor do seu nome não os abandonará - Sl 20:1: “O Senhor te ouça no dia da angústia; o nome do Deus de Jacó te proteja”. (Cf 1 Sm 12:22).

O nome de Deus. Os seguintes nomes de Deus são os mais comuns que encontramos na Bíblia e que falam de sua natureza: A – ELOHIM (Deus) – emprega-se sempre que sejam descritos ou implicitos o poder criativo e a onipotência de Deus. Elohim é o Deus-Criador. A forma plural significa a plenitude de poder e representa a Trindade.

B – JEOVÁ – “Senhor” na versão de Almeida – Deus não permanece alheio a suas criaturas. Observando Deus a necessidade entre os homens, desceu para ajudá-los e salvá-los; é o nome do relacionamento entre o verdadeiro Deus e seu povo. Ao assumir esta relação, ele revela-se a si mesmo como Jeová, o Deus da Aliança. Este nome significa “Eu me manifestei, me manifesto, e ainda me manifestarei”. A relação entre Jeová e Israel resume-se no uso dos nomes encontrados nos concertos entre Jeová e seu povo. Aos que jazem em leitos de doença manifesta-se como JEOVÁ-RAFA , “o Senhor que cura” (Ex 15:26). Os oprimidos pelo inimigo invocam JEOVÁ-NISSI, “o Senhor nossa bandeira” (Ex 17:8-15). Os carregados de cuidados aprendem que ele é JEOVÁ-SHALOM, “o Senhor nossa paz”(Jz 6:24). Os peregrinos na terra sentem a necessidade de JEOVÁ-RA`AH, “o Senhor meu Pastor”(Sl 23:1). Aqueles que se sentem sob condenação e necessidades da justificação, esperançosamente invocam a JEOVÁ-TSDKENU, “o Senhor nossa justiça” (Jr 23:6). Aqueles que se sentem desamparados aprendem que ele é JEOVÁ-JIREH, “o Senhor que provê”(Gn 22:14). E quando o reino de Deus se houver concretizado na terra, será ele conhecido como JEOVÁ-SHAMMAH, “o Senhor está ali” (Ez 48:10). JEOVÁ-SABBAOTH, “o Senhor dos Exércitos”(1 Sm 1:3). JEOVÁ-MACCADESHKEM, “o Senhor que santifica” (Ex 31:13). JEOVÁ-EL GMOLAH, “O Senhor deus da recompensa” (Jr 51:56). JEOVÁ NAKEH, “o Senhor que fere” (Ez 7:9).

C – EL (Deus) - usado em certas combinações: EL-ELYON. Gn 14:18-20, o “Deus altíssimo”, o Deus que é exaltado sobre tudo o que se chama deus ou deuses. “O mais forte dos fortes” (Is 14:13-14). EL-ROI, “o forte que vê” (Gn 16:13). EL-SHADDAI, “o Deus que é suficiente para as necessidades do seu povo”(Ex 6:3. EL-OLAM), “o eterno Deus” (Gn 21:33). “O Todo Poderoso” – (Gn 17:1-2).

D – ADONAI – literalmente “Senhor” ou “Mestre” e dá idéia de governo e domínio - Ex 23:17; Is 10:16.33. Por causa do que Deus é e do que tem feito, ele exige o serviço e a lealdade do seu povo. Este nome no Novo Testamento aplica-se a Cristo glorificado.

E – PAI, emprega-se tanto no Antigo como no Novo Testamento. Em significado mais amplo o nome descreve a Deus como sendo a Fonte de todas as coisas e Criador do homem; de maneira que, no sentido criativo, todos podem considerar-se geração de Deus. - At 17:28. Todavia, esta relação não garante a salvação. Somente aqueles que foram vivificados e receberam nova vida pelo seu Espírito são seus filhos no sentido íntimo da salvação ( Jo 1:12-13).


Os atributos de Deus


Sendo Deus um ser infinito, é impossível que qualquer criatura o conheça, exatamente, como ele é. No entanto, ele, bondosamente, revelou-se mediante linguagem compreensível a nós. A Bíblia é essa revelação. Por exemplo: Deus diz acerca de si mesmo: “Eu sou Santo”; portanto, podemos afirmar: Deus é Santo. A santidade, então, é um atributo de Deus, porque a santidade é uma qualidade que podemos atribuir ou aplicar a ele. Dessa forma, com a ajuda da revelação que Deus deu de si mesmo, podemos regular os nossos pensamentos acerca de Deus.

* Definição. Um atributo é uma propriedade intrínseca ao seu sujeito, pela qual ele pode ser distinguido ou identificado.

Classificações dos atributos. A maioria dos sistemas de classificação dos atributos baseia-se no fato de que alguns deles pertencem, exclusivamente, a Deus (e.g., infinitude) e outros se encontram, de maneira limitada e num sentido relativo, também no homem (e.g., amor); assim, a terminologia dessas classificações inclui incomunicáveis e comunicáveis; absolutos e relativos; imanentes e transitivos; constitucionais e pessoais.

Atributos Absolutos, Incomunicáveis Ou Constitucionais: 1. SIMPLICIDADE. Deus é incomplexo, não composto, indivisível. Jo 4:24. Problema. A simplicidade de Deus invalida a doutrina da Trindade? Não, porque a simplicidade tem a ver com a essência de Deus, e a Trindade com a Sua subsistência. - 2. UNIDADE. Deus é UM. Dt 6:4. - 3. INFINITUDE. Deus não tem término ou fim. 1Rs 8:27; At 17:24. - 4. ETERNIDADE. Deus não está sujeito à sucessão do tempo.. Gn 21:33; Sl9:2. Problema. Seria o tempo irreal para Deus? Não. Ele reconhece a continuidade dos acontecimentos, mas todos os acontecimentos, passados, presentes e futuros, são igualmente vividos para Ele. - 5. IMUTABILIDADE. Deus é imutável em natureza e prática. Tg 1:17. Problema. Será que Deus muda de idéia ou se arrepende (Gn 6:6), como parece acontecer de nossa perspectiva; ou seria isto uma expressão do decreto permissivo de Deus? Ou é uma maneira antropomórfica de descrever aparentes mudanças no curso dos acontecimentos? - 6. ONIPRESENÇA. Deus está em todo lugar - não em todas as coisas, que é o panteísmo. Sl 139:7-12. - 7. SOBERANIA. Deus é o governante supremo do universo. Ef 1. 8. ONISCIÊNCIA. Deus conhece todas as coisas, reais e possíveis. Mt 11:21. - 9. ONIPOTÊNCIA. Deus possui todo o poder. Ap 19:6.

Atributos Relativos, Comunicáveis Ou Pessoais: 10. JUSTIÇA. Equidade moral, imparcialidade no trato com Suas criaturas. At 17:31. - 11. AMOR. A busca divina do bem maior das criaturas na manifestação de Sua vontade. Ef 2:4-5. - 12. VERDADE. Concordância e coerência com tudo que é representado pelo próprio Deus. Jo 14:6. - 13. LIBERDADE. Independência divina de Suas criaturas. Is 40:13-14. 14. SANTIDADE. Retidão moral. 1Jo 1:5.


Atributos que “mexem” com a nossa vida


Vamos, agora, destacar alguns atributos que falam e “mexem” com a nossa vida:

A GLÓRIA DE DEUS – “Glória” é um termo familiar aos crentes. E, normalmente, revela o ser de Deus visivelmente, revela a sua deidade, sua majestade incomparável. Um termo paralelo a esse pode ser “transcendência”, que se refere a algo que ultrapassa a realidade finita que vivemos. – Ex 19: 1-8 lemos: “No terceiro mês depois que os filhos de Israel haviam saído da terra do Egito, no mesmo dia chegaram ao deserto de Sinai.2 Tendo partido de Refidim, entraram no deserto de Sinai, onde se acamparam; Israel, pois, ali acampou-se em frente do monte. 3 Então subiu Moisés a Deus, e do monte o Senhor o chamou, dizendo: Assim falarás à casa de Jacó, e anunciarás aos filhos de Israel: 4 Vós tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águias, e vos trouxe a mim. 5 Agora, pois, se atentamente ouvirdes a minha voz e guardardes o meu pacto, então sereis a minha possessão peculiar dentre todos os povos, porque minha é toda a terra; 6 e vós sereis para mim reino sacerdotal e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel. 7 Veio, pois, Moisés e, tendo convocado os anciãos do povo, expôs diante deles todas estas palavras, que o Senhor lhe tinha ordenado. 8 Ao que todo o povo respondeu a uma voz: Tudo o que o Senhor tem falado, faremos. E relatou Moisés ao Senhor as palavras do povo”.- 19:16-22: - “o terceiro dia, ao amanhecer, houve trovões, relâmpagos, e uma nuvem espessa sobre o monte; e ouviu-se um sonido de buzina mui forte, de maneira que todo o povo que estava no arraial estremeceu.17 E Moisés levou o povo fora do arraial ao encontro de Deus; e puseram-se ao pé do monte. 18 Nisso todo o monte Sinai fumegava, porque o Senhor descera sobre ele em fogo; e a fumaça subiu como a fumaça de uma fornalha, e todo o monte tremia fortemente. 19 E, crescendo o sonido da buzina cada vez mais, Moisés falava, e Deus lhe respondia por uma voz. 20 E, tendo o Senhor descido sobre o monte Sinai, sobre o cume do monte, chamou a Moisés ao cume do monte; e Moisés subiu. 21 Então disse o Senhor a Moisés: Desce, adverte ao povo, para não suceder que traspasse os limites até o Senhor, a fim de ver, e muitos deles pereçam. 22 Ora, santifiquem-se também os sacerdotes, que se chegam ao Senhor, para que o Senhor não se lance sobre eles”. - 24:17:”Ora, a aparência da glória do Senhor era como um fogo consumidor no cume do monte, aos olhos dos filhos de Israel”

Ezequiel, no capítulo 1, descreve uma visão que teve dessa glória transcendente. Não deixe de ler.

Alguns textos mostram que essa glória resplandecia na face de Jesus. Na visão de Paulo na estrada de Damasco - 2 Co 4:6: - “Porque Deus, que disse: Das trevas brilhará a luz, é quem brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo”. (Cf Jo 1:14).

O atributo “Glória” pode resumir vários outros termos usados para expressar vários aspectos do ser de Deus.:

A ETERNIDADE DE DEUS – Deus não tem limites – 1 Tm 6:16: “ ...aquele que possui, ele só, a imortalidade, e habita em luz inacessível; a quem nenhum dos homens tem visto nem pode ver; ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém”. Confira Rm 11:33

A EXISTÊNCIA PRÓPRIA DE DEUS – Ele não depende de mais nada para existir – Gn 1:1: “No princípio criou Deus os céus e a terra”. - antes de tudo, Deus era – At 17:25:“...nem tampouco é servido por mãos humanas, como se necessitasse de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas”. Veja ainda Is 40:13

IMUTABILIDADE DE DEUS – Ml 3:6: - “Pois eu, o Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos”. Também Hb 13:8 - Toda a idéia de aliança e promessas de Deus se firmam nesse atributo de Deus. Ele é fiel. Ele não muda com seu povo.

O SENHORIO DE DEUS – “Senhor” é o título mais freqüente de Deus no Antigo Testamento. A palavra hebraica é Jeová. Este nome significa a sua lealdade a seu povo e a infalibilidade de suas promessas com seu povo. Está escrito em Ex 3:13-15: “Então disse Moisés a Deus: Eis que quando eu for aos filhos de Israel, e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós; e eles me perguntarem: Qual é o seu nome? Que lhes direi? 14 Respondeu Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos olhos de Israel: EU SOU me enviou a vós. 15 E Deus disse mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó, me enviou a vós; este é o meu nome eternamente, e este é o meu memorial de geração em geração”.

Outro nome relativo a esse atributo é SOBERANIA. Ele reina sobre tudo e todos, incluindo : os governos humanos – Em Pv 21:1: “Como corrente de águas é o coração do rei na mão do Senhor; ele o inclina para onde quer”. (cf Dn 4:35) - o destino da vida e do homem – At 18:21: - ...antes se despediu deles, dizendo: Se Deus quiser, de novo voltarei a vós; e navegou de Éfeso. (cf Rm 15:32) - até mesmo os menores detalhes da vida estão sob sua soberania – Mt 10:29: - “Não se vendem dois passarinhos por um asse? e nenhum deles cairá em terra sem a vontade de vosso Pai.”

Ele é Deus em si mesmo, e reina sobre todos que clamam seu poder e autoridade - Is 45:6: - “Para que se saiba desde o nascente do sol, e desde o poente, que fora de mim não há outro; eu sou o Senhor, e não há outro”. – 43:11: - “Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há salvador”. – 44:8: - “Não vos assombreis, nem temais; porventura não vo-lo declarei há muito tempo, e não vo-lo anunciei? Vós sois as minhas testemunhas! Acaso há outro Deus além de mim? Não, não há Rocha; não conheço nenhuma”. 45:21 – “Anunciai e apresentai as razões: tomai conselho todos juntos. Quem mostrou isso desde a antigüidade? quem de há muito o anunciou? Porventura não sou eu, o Senhor? Pois não há outro Deus senão eu; Deus justo e Salvador não há além de mim”.

Este senhorio é expresso também em três diferentes aspectos da pessoa de Deus:

1 - Onipotência – Ele é todo poderoso – Gn 17:1: - “Quando Abrão tinha noventa e nove anos, apareceu-lhe o Senhor e lhe disse: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda em minha presença, e sê perfeito” – 18:14: - “Há, porventura, alguma coisa difícil ao Senhor? - Mc 10:27: - Jesus, fixando os olhos neles, respondeu: Para os homens é impossível, mas não para Deus; porque para Deus tudo é possível”.

2 - Onipresença – Ele está em todo lugar. Ele vê tudo – Sl 139:7-12: “Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da tua presença? 8 Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali estás também. 9 Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, 10 ainda ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá. 11 Se eu disser: Ocultem-me as trevas; torne-se em noite a luz que me circunda; 12 nem ainda as trevas são escuras para ti, mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa”. (cf At 5:1-11.23:11; Is 43:13; Ap 6:9)

3 - Onisciência – Deus sabe tudo. Ele é perfeito – Sl 139:1-12: - “Senhor, tu me sondas, e me conheces. 2 Tu conheces o meu sentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. 3 Esquadrinhas o meu andar, e o meu deitar, e conheces todos os meus caminhos. 4 Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó Senhor, tudo conheces. 5 Tu me cercaste em volta, e puseste sobre mim a tua mão. 6 Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim; elevado é, não o posso atingir. 7 Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da tua presença? 8 Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali estás também. 9 Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, 10 ainda ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá. 11 Se eu disser: Ocultem-me as trevas; torne-se em noite a luz que me circunda; 12 nem ainda as trevas são escuras para ti, mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa”. (cf Ap 20:12; Jo 14:6; Cl 2:3)

Antes de continuarmos o estudo dos atributos de Deus e tomando como textos referenciais Lv 11:44: - “Porque eu sou o Senhor vosso Deus; portanto santificai-vos, e sede santos, porque eu sou santo; e não vos contaminareis com nenhum animal rasteiro que se move sdfb fbsobre a terra” (cf Jo 3:16), cabe uma observação: As dificuldades para entender os atributos de Deus aparecem mais freqüentemente quando estudamos santidade e amor. Muitas pessoas têm questões não esclarecidas sobre a tensão que existe entre o Deus Santo da Lei e o Deus de Amor do Evangelho. Alguns resolvem essa questão, enfatizando um Deus austero, rigoroso, que busca altos padrões morais, levando assim seu povo ao julgamento final. Outros superenfatizam o Deus de Amor, fazendo de Deus um ser sentimental, que se torna condescendente, desprovido de força moral. O Deus da Bíblia é santo e cheio de amor.

SANTIDADE – Deus é Santo – Santidade é o atributo central no ser de Deus. E esse atributo é mais enfatizado no Antigo Testamento - Lv 11:44: - “Porque eu sou o Senhor vosso Deus; portanto santificai-vos, e sede santos, porque eu sou santo; e não vos contaminareis com nenhum animal rasteiro que se move sobre a terra”; - 19:2: - “Fala a toda a congregação dos filhos de Israel, e dize-lhes: Sereis santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo”. (cf Js 24:19; 1 Sm 6:20; Sl 22:3; Is 57:15)

O elemento fundamental na palavra hebraica qodesh, traduzido por santo fala mais das implicações positivas da palavra, dedicação ao Senhor (dono). Quando a palavra se refere a Deus ela traz duas implicações:

A - Deus é separado de todos os outros seres – “Só Jeová é Deus”. Nesse sentido a santidade de Deus é similar à sua glória, expressa na visão de Isaías - Is 6:3: - “E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos; a terra toda está cheia da sua glória”. - e na visão de João, cerca de mil anos depois - Ap 4:8: - “Os quatro seres viventes tinham, cada um, seis asas, e ao redor e por dentro estavam cheios de olhos; e não têm descanso nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, e que é, e que há de vir”. - 1 Tm 6:16: - “ ...aquele que possui, ele só, a imortalidade, e habita em luz inacessível; a quem nenhum dos homens tem visto nem pode ver; ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém”.


B - Essa santidade é também atribuída ao Filho - Mc 9:2: - “Seis dias depois tomou Jesus consigo a Pedro, a Tiago, e a João, e os levou à parte sós, a um alto monte; e foi transfigurado diante dele”. (cf Lc 1:35; At 9:3; Ap 1:12) - e ao Espírito Santo - Lc 11:13: - “Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?” (cf At 2:4; 4:31; Ef 4:30: )

2 - A santidade de Deus também implica na sua separação de tudo aquilo que resiste e se opõe a Ele. Santidade é um atributo de sua virtude que o põe em padrões absolutamente inalcansáveis por outros seres, antes d´Ele. Ele é absolutamente puro e perfeito, sem nenhum pecado ou sombra de mal. Seu ser é o derramar de toda justiça, verdade, bondade. - Is 12:6: - “Exulta e canta de gozo, ó habitante de Sião; porque grande é o Santo de Israel no meio de ti”. – 55:5: - “Eis que chamarás a uma nação que não conheces, e uma nação que nunca te conheceu a ti correrá, por amor do Senhor teu Deus, e do Santo de Israel; porque ele te glorificou”.

Israel tinha que buscar um padrão de santidade assim para ele e, hoje, a igreja deve fazer isso. - 1 Co 6:18: - “Fugi da prostituição. Qualquer outro pecado que o homem comete, é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo”. (cf 1 Ts 4:3.7)

AMOR DE DEUS – Deus é amor. Essa é a melhor definição bíblica de Deus – “Deus é amor” - 1 Jo 4:8-10: - “Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor. 9 Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por meio dele vivamos. 10 Nisto está o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados”.

A palavra, aqui, é ágape, que descreve um tipo de amor de quem ama aquilo que não merece, não é digno de ser amado. Isso é demonstrado quando Israel não merecia. - Dt 7:7: - “O Senhor não tomou prazer em vós nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que todos os outros povos, pois éreis menos em número do que qualquer povo”. (cf Os 3:1)

O amor de Deus é ligado a um elemento chamado graça, uma atitude de dar de graça ao que não merece. Seu amor é livre, e decide amar resgatando pecadores, em Jesus. Três aspectos do amor de Deus a serem notados:

1 - O amor ágape é expresso principalmente na redenção de pecadores, freqüentemente referido como bondade. - At 14:17: - “Contudo não deixou de dar testemunho de si mesmo, fazendo o bem, dando-vos chuvas do céu e estações frutíferas, enchendo-vos de mantimento, e de alegria os vossos corações”.

2 - Misericórdia de Deus é o amor de Deus, quando esse encontra o pecado do homem. Na misericórdia, Ele perdoa a transgressão do pecador. Misericórdia teve um alto preço para Jesus, quando Ele aceitou todas as conseqüências do pecado na cruz. - Ef 2:4: -“ Mas Deus, sendo rico em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou”, (cf Tt:3:5 )

3 - A aliança é um elemento bíblico chave para que entendamos a noção do amor de Deus. Ela refere ao amor de Deus expresso, quando Deus se entregou para ter relacionamento com o ser humano. Através da aliança, Deus se compromete “livremente” a libertar seu povo e permanecer seu Deus. A palavra hebraica para graça – chen, chesed, é um termo relativo à aliança que implica em lealdade no amor, permanência, imutabilidade. Esse aspecto do amor de Deus é a segurança máxima do cristão. - 2 Tm 2:13: - “... se somos infiéis, ele permanece fiel; porque não pode negar-se a si mesmo”.

A nossa firmeza no amor de Deus não depende em quanto nós estamos firmes em nossa fé em Cristo. E não é qualificado pela nossa desobediência e inconstância. O coração de Deus bate por nós. Ele nos ama com amor incompreensível pelos padrões humanos. Ele não depende de nós para nos amar. Ele veio até nós e compartilhou seu amor voluntária e gratuitamente. É nesse fato que encontramos segurança e paz.

Postado por: Pr Euler P. Campos
04/03/2011