O Senhor é o meu pastor; de nada terei falta. Em verdes pastagens me faz repousar e me conduz a águas tranqüilas; restaura-e o vigor. Guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome. Mesmo quando eu andar por um vale de trevas e mortes, não temerei perigo algum, pois tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me protegem. Preparas um banquete para mim à vista dos meus inimigos. Tu me honras, ungindo a minha cabeça com óleo e fazendo transbordar o meu cálice. Se que a bondade e a fidelidade me acompanharão todos os dias da minha vida, e votarei á casa do Senhor enquanto eu viver – Salmo 23.
Versos 1-3 - Não temos nenhum receio de ver neste salmo uma metáfora aplicada à vida de um casal. Quando a Bíblia diz que o marido é o cabeça, mais que um chefe, um “manda chuva”, temos certeza que Deus quer dizer que o marido é o pastor. É mais nobre estar debaixo da direção de um pastor do que debaixo de um patrão, de um gerente. Pastor enxerga uma vida que precisa ser orientada, auxiliada. Patrão vê uma máquina, um instrumento de produção. Não é de se causar estranheza porque o título “pastor” era amplamente empregado para os reis do antigo oriente Médio, assim como em Israel. Em cerimônias de casamentos costumamos dizer que naquele momento o homem é“ordenado” pastor de um rebanho: sua esposa e seus filhos. A partir daquele momento, a missão do marido-pastor é conduzir sua esposa pelos caminhos de verdes pastagens ou seja pelos caminhos de uma vida sempre vicejante em gestos e palavras com perfume de flores, e em novidades abundantes traduzidas em grande momentos felizes. E, ainda, fazer da relação com sua esposa mais um lugar de repouso em águas tranqüilas do que um lugar de contínuos sustos e medos em águas turbulentas. A expressão “veredas da justiça” pode ser também traduzida como os caminhos que se conformam com a vontade moral de Deus.
@ Para os maridos: vocês já tiveram consciência desta missão de pastores da sua casa com o compromisso de serem o lugar onde elas possam descansar?
@ Para as mulheres e maridos: vocês, em todo este tempo de casadas, sentiram e ainda sentem viverem em águas tranqüilas ou o maior tempo viverem em águas turbulentas? Neste tempo de casados sempre houve preocupação em seguir a Palavra de Deus?
Verso 4 - Qualquer casal, em sua caminhada, pode errar o caminho ou se desviar levado por circunstâncias esperadas e inesperadas e passar por momentos de enfermidades, de desajustes nos propósitos, desequilíbrios emocionais, cansaços, transtornos profissionais, problemas financeiros e outros. Uma nuvem escura parece cobrir a relação levando á sensação de morte da vida conjugal e familiar. Coração se fecha. A alma se deprime. O físico dói. Mas, se neste casal há um marido-pastor que tem a vara dos gestos amorosos e misericordiosos e o cajado da palavra para mostrar e resgatar a auto-estima, há também uma esperança de superação.
@ Quem de vocês – marido e esposa – sentiu-se sozinho nos momentos de tribulação sem nenhuma atenção e cuidado do companheiro? E quem, quando estava no “vale da sombra da morte”, sentiu-se sozinho?
Verso 5 – A segurança de uma relação familiar permanente, ainda que surjam situações, aparentemente desastrosas, é a mesa. A vida de um casal “acorrentado” por uma aliança de coração e alma saudáveis e sempre tratados e, também, com a presença desejada e bem-vinda da graça da aliança com Deus princípio do amor é um permanente banquete. A mesa mostra segurança de Deus. A mesa é o sinal firme de um relacionamento ungido com o óleo da honra mútua e inter-familiar temperado com o vinho da alegria que transborda do cálice de Deus. Isto porque onde há relacionamento brotado de corações que se amam, aí está Deus.
@ Quando, onde e como um de vocês se sentiu mais desonrado e desrespeitado pelo outro? Este comportamento ainda continua?
Verso 6 – Um relacionamento conjugal bom, maduro é marcado pela bondade simples e natural [sem medo e sem peso] e pela fidelidade deixa marcas, cria uma alma. Faz um ver no outro sua alma a ponto de um dizer a outro, com espontaneidade, sem nenhuma máscara: “você é a razão do meu viver”;“você é a minha vida”. E quando um dos dois precisa se ausentar o que vai diz: “já estou doido para voltar!”. E o que fica diz: “já estou com saudade”! Homem e mulher, firmemente conjugados [cônjuges] em uma só carne, em só coração, um só espírito, nunca estão sozinhos para onde quer que vão. A razão é bíblica: são uma só carne.
@ Quando um sai de casa para o trabalho ou viagens, quais sentimentos e comportamentos dominam o outro? Há algum tipo de comunicação durante a ausência?
Euler P Campos
Nenhum comentário:
Postar um comentário