06/09/2010

CRESCENDO EM SABEDORIA E GRAÇA

EULER P CAMPOS, Pr
Av Mato Grosso 434 – ap 303 – Aparecida – Uberlândia MG
e-mail:eulerca.medith@gmail.com

CRESCENDO EM SABEDORIA E GRAÇA


MINISTÉRIO CASAIS COM PROPÓPSITOS EXPRESSANDO VIDA

PROJETO ESCOLA DE PROFETAS

Declaração Doutrinária - O Que Cremos

Reconheço que existe um único e verdadeiro Deus vivo (Ex 20:2-3), o Deus triúno, Pai, Filho e Espírito Santo, e que ele é digno de toda honra, louvor e adoração como o Criador, o Sustentador, o Princípio e o Fim de todas as coisas (Ap 4:11; 5:9-19; Is 43:1.7.21).
Reconheço que Jesus Cristo é o Messias, o Verbo que se tornou carne e habitou entre nós (Jo 1:1.14). Creio que ele veio para destruir as obras de Satanás (1Jo 3:8), que ele desarmou os principados e as potestades, e publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz (Cl 2:15).
Creio que Deus demonstrou seu amor por mim, porque quando eu ainda era um pecador, Cristo morreu por mim (Rm 5:8). Creio que ele me livrou do domínio das trevas e me transferiu para seu reino, e nele eu tenho redenção e perdão de pecados (Cl 1:13-14).
Creio que agora eu sou um filho de Deus (1Jo 3:1-3), e que estou assentado com Cristo no céu (Ef 2:6). Creio que fui salvo pela graça de Deus, mediante a fé, que foi dádiva divina e não resultado de minhas obras, de esforços de minha parte (Ef 2:8).
Eu decido que serei forte no Senhor, na força de seu poder (Ef 6:10). Nenhuma confiança deposito na carne (Fp 3:3), visto que as armas de nossa milícia não são carnais (2Co 10:4). Coloco a armadura de Deus (Ef 6:10-17), e resolvo permanecer firme e resistir ao diabo.
Eu creio que Jesus tem toda autoridade no céu e na terra (Mt 28:18), e que ele é Soberano Senhor sobre todo governo e autoridade (Cl 2:10). Creio que Satanás e seus demônios estão sujeitos a mim, em Cristo, porque eu sou membro do corpo de Cristo (Ef 1:19-23). Portanto, eu obedeço à ordem de resistir ao diabo (Tg 4:7)), e ordeno-lhe no nome de Cristo que vá embora, que saia da minha presença.
Creio que à parte de Cristo nada posso fazer (Jo 15:5), pelo que declaro minha dependência dele. Decido habitar em Cristo, a fim de produzir muito fruto e glorificar o Senhor (Jo 15:8). Anuncio a Satanás que Jesus é o meu Senhor (1Co 12:3), e rejeito quaisquer dons ou obras de imitação, falsificação por Satanás, em minha vida.
Creio que a verdade me libertará (Jo 8:32) e que caminhar na luz é a única vereda da comunhão (1Jo 1:7). Portanto, oponho-me a qualquer engano de Satanás ao levar cativo todo pensamento em obediência a Cristo (2Co 10:5). Declaro que a Bíblia é a única regra e padrão de autoridade (2Tm 3:15-17). Declaro que falarei a verdade em amor (Ef 4:15).
Decido apresentar meu corpo como instrumento de justiça, sacrifício vivo e santo, e renovo minha mente pela Palavra viva de Deus, a fim de poder comprovar que a vontade de Deus é boa, agradável e perfeita (Rm 6:13; 12:1-2)
Peço ao Pai celeste que me encha com seu Espírito Santo (Ef 5:18), para que me conduza em toda a verdade (Jo 16:13), e me fortaleça a vida de modo que eu possa viver acima do pecado, sem satisfazer a concupiscência da carne (Gl 5:16). Eu crucifico a carne (Gl 5:24) e decido que andarei no Espírito.
Renuncio a todos os meus objetivos egoístas e escolho para mim todos os objetivos últimos do amor (1Tm 1:5). Decido que obedecerei ao maior de todos os mandamentos: amarei ao Senhor meu Deus de todo o meu coração, alma e mente, e amarei ao meu próximo como a mim mesmo (Mt 23:37-39)

Introdução: Conhecer a Deus
Uma introdução para justificar o objetivo de nosso estudo

Conhecer a Deus: este primeiro apelo lançado ao coração do homem é pela Bíblia desdobrado não num contexto de ciência, mas em um contexto de vida. Com efeito, para um semita, conhecer – hebraico yd´- vai além do saber abstrato e exprime uma relação existencial. Conhecer alguna coisa é ter dela a experiência concreta; assim conhece-se o sofrimento (Is 53:3) e o pecado, a guerra (Jz 3:1) e a paz (Is 59:8), o bem e o mal (Gn 2:9.17), num envolvimento real que acarreta repercussões profundas. Conhecer alguém quer dizer entrar em relações pessoais com ele. Já que essas relações podem asumir numerosas formas e comportar muitos graus, conhecer é suscetível de toda uma ampla gama de sentidos. A palavra “conhecer” serve para exprimir a solidariedade familiar (Dt 33:9), e também as relações conjugais (Gn 4:1; Lc 1:34); o homem conhece a Deus quando é atingido por sua ação julgadora (Ez 12:15), conhece-o de modo bem diferente quando entra na sua aliança (Jr 31:34) e é pouco a pouco introduzido na sua intimidade.

Antigo Testamento

1 – Iniciativa divina – No conhecimento religioso, tudo começa pela iniciativa de Deus. Antes de conhecer a Deus, o homem é conhecido por ele. Mistério de eleição e de solicitude. Deus conhece Abraão (Gn 18:19), conhece o seu povo: “De todas as famílias da terra a vós somente conheci” (Am 3:2). Antes mesmo de nascerem, ele conhece os seus profetas (Jr 1:5) e a todos que ele predestina a serem seus filhos adotivos (Rm 8:29; 1 Co 13:12). Aos que ele assim distinguiu conhece por seus nomes (Ex 33:17; Jo 10:3). Deus se lhes dá ele próprio a conhecer. Revela-lhes o seu nome (Ex 3:4), incute-lhes o seu temor (Ex 30:18ss), mas sobretudo testemunha-lhes a sua ternura livrando-os dos inimigos, dando-lhes uma terra (Dt 4:32…; 11:2…), fazendo-lhes conhecer os seus mandamentos, caminho da felicidade (Dt 30:16; Sl 147:19s).

2 – Desconhecimento humano – Como resposta, deveria o povo conhecer a seu Deus, pertencer-lhe no verdadeiro amor (Os 4:1.6:6). Mas desde o começo ele mostra-se incapaz disso (Ex 32:8). “É um povo que erra de coração, e não conhece os meus caminhos” (Sl 95:10). Desconhecendo a Deus, põem-no constantemente à prova (Nm 14:22; Sl 78). Mais irracional que um animal de carga, “…Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende” (Is 1:3); revolta-se, infringe a aliança (Os 8:1), prostitui-se “com deuses que não havia conhecido” (Dt 32:17).

Mesmo quando imagina conhecer a Deus (Os 8:2), ilude-se, pois se detém numa relação inteiramente exterior, formalista (Is 29:13s; Jr 7); enquanto o autêntico conhecimento de Deus deve penetrar até o coração e traduzir-se na vida real (Os 6:6; Is 1:17; Jr 22:16; Mt 7:22s). Os profetas repetem-no continuamente, mas “a nação não dá ouvidos à voz do Senhor seu Deus, e não aceita a correção” (Jr 7:28). Será pois castigada “por falta de entendimento” (Is 5:13; Os 4:6).

Deus se dará a conhecer de um modo terrível pelos horrores da ruína e do exílio. O anúncio desses castigos destaca-se em Ezequiel com um estribilho ameaçador: “para que saibais que eu sou Deus” (Ez 6:7; 7:4.9...). Defrontado consigo mesmo e com o seu Deus na crueza do fato acontecido, não pode mais o povo manter-s na ilusão. Tem que reconhecer a santidade de Deus e o seu próprio pecado.

3 – Conhecimento e coração novo – Persiste a esperança de uma renovação maravilhosa em que “a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar” (Is 11:9). Mas como é que isso poderá fazer-se? Israel já não tem a pretensão de o conseguir por si mesmo, porque tem consciência de ter um “coração mau” (Jr 7:24), um “coração incircunciso” (Lv 26:41), e para verdadeiramente conhecer a Deus requer-se um coração perfeito. O Deuteronômio insiste nessa necessidade de uma transformação interior, que só pode vir de Deus. “Ate hoje, porém , o Senhor não vos deu um coração para entender...” (Dt 29:4), mas depois do exílio “o Senhor teu Deus circundará o teu coração e o coração dos teus descendentes” (Dt 30:6).

Esta mesma promessa é dirigida aos exaltados por Jeremias (24:7). É ela que constitui o elemento essencial do anúncio de uma nova aliança (Jr 31:31-34): uma purificação radical – “lhes perdoarei a sua maldade” – tornará possível a docilidade mais profunda - “porei a minha lei no seu interior”. Assim assegurada, a posse recíproca “eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo” será a fonte de um conhecimento direto e autêntico: “Não ensinará alguém mais a seu próximo, nem alguém a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor, porque todos conhecerão , desde o menor deles até o maior”.

Ezequiel completa a perspectiva assinalando o papel do Espírito de Deus nessa renovação inerior: “Dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro em vós um espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. Porei dentro em vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis” (Ez 36:26-27); será a ressurreição do povo de Deus (Ez 37:14). Com isso, Deus se dará a conhecer não só a Israel (Ez 37:13) mas também às nações pagãs (Ez 36:23).

Descrevendo atencipadamente a salvação concedida, também Isaías acentua as repercussões universais da mesma. A idolatria sofrerá um abalo (Is 45-46). Por ocasião de novo êxodo, Deus manifestará o seu domínio sobre a história e “toda a humanidade saberá que eu sou o Senhor, o teu Salvador, e o teu Redentor, o Poderoso de Jacó” (Is 49:26). Aos israelitas diz Deus: “Vós sois as minhas testemunhas, e o meu servo, a quem escolhi, para que saibais, e me creais e entendais que eu sou o mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá” (Is 43:10), e a seu Servidor: “... te darei para luz dos gentios” (Is 49:6).

4 – A sabedoria do alto – Uma outra linha de pensamento vinha dar em perspectivas análogas. Os sábios de Israel buscavam e reuniam as normas garantidas da boa conduta da vida (Provébios) e ia-se arraigando neles uma convicção: só Deus conhece o segredo da vida reta (Jó 28). Em Baruc - livro da Bíblia grega considerado não inspirado pela igreja evangélica, mas nem por isso é “pecado” citá-lo como ilustração - está escrito: “Ele perscrutou todo o caminho de conhecimento”. Assim, pois, “toda sabedoria vem do Senhor”. Não há dúvida, Deus na sua bondade já deu a Israel a fonte da sabedoria: é a lei promulgada por Moisés. Contudo, esse dom permanece externo e por isso é preciso ainda rogar a Deus que o aperfeiçoe, colocando no interior do homem o seu “espírtio de Sabedoria”. No livro da Sabedoria - também da Bíblia grega - está escrito: “Que homem, com efeito, pode conhecer o desígnio de Deus?”

Os homens de Qumrã se mostram sedentos do conhecimento dos mistérios divinos. Rendem graças a Deus pelas luzes já concedidas e aguardam com ardor os tempos da manifestação derradeira, que dará aos justos o “compreender o conhecimento do Altíssimo”.

* “Qumrã”, uma região nas proximidades do Mar Moto, em cujas cavernas foram encontradas antigas cópias da Bíblia

Em contato com o mundo grego são os judeus da diáspora levados a desenvolver uma argumentação de aspecto mais filosófico para combater a idolatria e difundir o conhecimento do verdadeiro Deus. O autor do livro de Sabedoria afirma que o espetáculo da natureza deveria levar os homens a reconhecerem a existência e o poder do Criador.

Novo Testamento

É em Jesus Cristo que é dado o perfeito conhecimento de Deus, prometido para o tempo da nova aliança.

1 – Sinóticos (Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas) – Jesus era o único capaz de revelar o Pai (Lc 10:22) e de explicar o mistério do Reino de Deus (Mt 13:11). Ele ensinava com autoridade (Mt 79). Recusando satisfazer as vãs curiosidades (At 1:17), seu ensinamento não era teórico, mas se apresentava como uma “boa nova” e um apelo à conversão (Mc 1:14s). Deus se aproxima; é necessário discernir os sinais dos tempos (Lc 12:56; 19:42) e estar preparado para recebê-lo (Mt 25:10ss). Ás suas palavras acrescentava Jesus os milagres, “sinais de sua missão” (Mt 9:6).

* “Sinóticos” são chamados os evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas porque oferecem a mesma visão geral da vida de Cristo e registram, até certo ponto, as mesmas coisas ou fatos

Mas tudo isso não era mais que uma preparação. Não apenas os seus inimigos (Mc 3:5), senão ainda os próprios discípulos tinham o coração embotado (Mc 6:52; Mt 16:23: Lc 18:34). Somente depois que houver sido derramado o sangue da nova aliança (Lc 22:20) é que se poderá fazer a plena luz: “então ele lhes abriu o entendimento” (Lc 24:45), então ele derramou o Espírito Santo (At 2:33). Foram assim instaurados os últimos tempos, tempos do verdadeiro conhecimento de Deus.

2 – João – Mais claramente ainda que os Sinóticos, assinala João as etapas desta revelação. É preciso primeiro deixar-se instruir pelo Pai; os que lhe são dóceis são atraídos para Jesus (Jo 6:44s). Jesus os reconhece e eles o reconhecem (Jo 10:14), e ele os conduz ao Pai (14:6). Todavia, tudo o que ele diz e faz permanece enigmático para eles (16:25), enquanto ele ainda não tinha sido erguido sobre a cruz. Somente esta elevação glorificante o põe verdadeiramente em evidência (8:28; 12:23.32); somente ela obtém para os discípulos o dom do Espírito (7:39; 16:7). Este lhes revela todo o alcance das palavras e das obras de Jesus (14:26; 2:22; 12:16) e os conduz à verdade toda (16:13). Assim os discípulos conhecem a Jesus e por Jesus o Pai (14:7.20).

Como predissera Jeremias, uma nova relação se estabelece com Deus: “... o Filho já veio, e nos deu entendimento para conhecermos aquele que é verdadeiro” (1 Jo 5:20). Não é outra a definição da Vida eterna: ela consiste em “... que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” ( Jo 17:3), conhecimento direto, que faz com que em certo sentido os cristãos “não tenham necessidade de que alguém lhes ensine” (1 Jo 2:27; Jr 31:34; Mt 23:8). Esse conhecimento inclui uma capacidade de discernimento cujos principais aspectos João explicita ( 1 Jo 2:3ss. 3:19-24. 4:2.6.13), pondo em guarda contra as falsas doutrinas (2:26. 4:1. 2 Jo 7). Contudo, tomado em toda a sua extensão, esse conhecimento de Deus merece o nome de “comunhão” ( 1Jo 1:3), pois é participação numa mesma vida (Jo 14:19s), união perfeita na verdade do amor (Jo 17:26. 1 Jo 2:3s. 3:16).

3 – Paulo – Ao mundo grego, ávido de especulações filosóficas e religiosas – gnosis -, Paulo ousadamente prega a cruz de Cristo (1 Co 1:23). A salvação não se encontra num saber humano, qualquer que seja, mas na fé em Cristo crucificado, “poder de Deus e sabedoria de Deus” (1 Co 1;24). Os homens tinham a possibilidade de conhecer a Deus a partir da criação, mas “os seus corações insensatos se obscureceram” e eles se entregaram á idolatria, merecendo a ira de Deus (Rm 1:18-22). Eles agora têm que renunciar às suas pretensões (1 Co 1:29), reconhecer-se incapazes de penetrar por si mesmos os segredos de Deus (1 Co 2;14) e submeter-se ao Evangelho (Rm 16:25s) que “a loucura da pregação” transmite (1 Co 1:21; Rm 10:14).

* “gnosis” (grego) – conhecimento, sabedoria. Na história e na filosofia é a busca do conhecimento esotérico e perfeito da divindade, que se transmite por tradição e mediante ritos de iniciação

A fé e a posição em Cristo dão-lhes então acesso a um saber inteiramente diverso, “o supereminente ganho que é o conhecimento de Cristo Jesus”, saber não teórico e sim vital: “E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por quem sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como refugo, para que possa ganhar a Cristo, e seja achado nele, não tendo justiça própria, que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé. Desejo conhecê-lo, e o poder da sua ressurreição e a comunhão dos seus sofrimentos, e conformando-me com ele na sua morte, para ver se de alguma maneira posso chegar à ressurreição dentre os mortos” (Fp 3:8ss). Com isso a mente é “renovada” e se torna capaz de discernir “qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12:2). Resistindo às tendências gnósticas que cá e lá se manifestam entre os cristãos (1 Co 1;17; 8:1s; Cl 2:4.18), Paulo os orienta a um conhecimento mais autenticamente religioso, que vem do Espírito de Deus e graças ao qual podemos verdadeiramente “conhecer os dons que Deus nos fez” e exprimi-los numa linguagem “ensinada pelo Espírito” (1 Co 2:6-16).

Diante da “insondável riqueza de Cristo” (Ef 3:8), a admiração de Paulo não vai senão crescendo com o passar dos anos, e o que ele deseja para os cristãos é “que os seus corações sejam consolados, e estejam unidos em amor, e enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus – Cristo, em quem estão ocultos todos os tesouros da sabedoria e da ciência” (Cl 2:2-3). Ele não esquece que, enquanto “a ciência incha”, “é a caridade que edifica” (1 Co 8:1; 13:2). O que ele tem em vista não é uma gnose orgulhosa, mas o conhecimento do “amor de Cristo, que excede todo conhecimento” (Ef 3:19). Ele anela pelo momento em que o que é parcial dará lugar ao que é perfeito e ele conhecerá assim como é conhecido (1 Co 13:12).

Destarte, para Paulo como para toda a Bíblia, conhecer é entrar numa grande corrente de vida e de luz que brotou do coração de Deus e que a ele reconduz.

1- Conhecendo A Palavra De Vida

“Têm boca e não falam” (Sl 115:5). Esta sátira dos “ídolos mudos” (1 Co 12:2) sublinha um dos traços mais característicos do Deus vivo na revelação bíblica: ele fala aos homens. E a importância da sua Palavra no Antigo Testamento é apenas uma preparação do fato central do Novo Testamento, em que essa Palavra – o Verbo – se faz carne.


Milhões de pessoas estão hoje buscando uma voz de autoridade, que mereça confiança. A Palavra de Deus é a única autoridade real que temos. Ela projeta luz sobre a natureza humana, sobre os problemas do mundo e sobre o sofrimento do homem. Além disso, revela, de modo claro, o caminho para Deus.

É nas Escrituras Sagradas que achamos respostas às perguntas fundamentais da vida: de onde vim? por que estou aqui? qual o propósito da minha existência?

A Palavra leva ao conhecimento de Deus

A Palavra de Deus ou Escrituras Sagradas, ou Bíblia, é a revelação escrita de Deus acerca da Sua vontade para o homem. Nos dá, portanto, o conhecimento de Deus; guarda e anuncia a todos os povos e raças, e em todos os tempos, a verdade contra a corrupção da carne e a malícia de Satanás e do mundo. 2 Pe 1:19-21:- “E temos ainda mais firme a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que ilumina em lugar escuro, até que o dia clareie, e a estrela da alva surja em vossos corações. 20 Acima de tudo, lembrai-vos de que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. 21 Pois a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens santos da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo”. (Cf 2Tm 3:16; 1Ts 2:13: 1Co 1:21).

2- A Bíblia - conforme o cânon da Bíblia hebraica aceita pelos evangélicos como a inspirada por Deus - é composta de 39 livros no Velho Testamento (AT) e 27 no Novo Testamento (NT), num total de 66 livros escritos por 40 autores, abrangendo um período de, aproximadamente, 1600 anos. A Bíblia católica – que segue a tradução grega - contém sete livros a mais: Tobias, Judite, Macabeus 1 e 2, Sabedoria, Eclesiástico, Baruc.

Todo o conselho de Deus concernente a todas as coisas necessárias para a glória de Deus e para a salvação, fé e vida do homem, ou é expressamente declarado na Escritura, ou pode ser, lógica e claramente, deduzido dela. O homem todo e todos os homens têm resposta na Palavra de Deus. O que o homem – como indivíduo e como participante de uma sociedade ou instituição - é, vive, sente, experimenta, projeta, sonha e pensa - tem , na Palavra de Deus, respostas, orientações, aprovações e desaprovações. Faz-se necessária, entretanto, a abertura ao Espírito Santo. Ele, através da testificação da Palavra em nossos corações, nos dará plena certeza da verdade. Jo 16:13-14:- ”Mas, quando vier o Espírito da verdade ele vos guiará em toda a verdade. Não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir. 14 Ele me glorificará porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar”. (cf. 1Co 2:9-12; Gl 1:8-9)

Ao termos contato com a Palavra de Deus, podemos correr o risco de fazermos aquilo que Deus não mandou, ou falarmos aquilo que Deus não falou. Ou seja, podemos ter um falso entendimento ou uma inadequada aplicação de determinadas partes da Bíblia, porque ou elas são favoráveis aos nossos interesses e pensamentos, ou mesmo, por nossa ignorância. Certas posições são tomadas pelo homem, muitas vezes, sob influência do mundoe de algumas “religiões”, e que são vistas como aprovadas pela doutrina bíblica. Mas, nem sempre isto pode ser verdade. É preciso cuidado... para não se deixar manipular por qualquer doutrina não testificada na Palavra de Deus. Muitos dogmas da igreja católica não têm fundamentos bíblicos mas se baseiam na Tradição – segunda regra de fé dos católicos – ou foram impingidos aos bispos, padres e fiéis por algum papa por interesses excusos. Por exempos: assunção de Maria, vigindade de Maria antes, durante e depois do parto, infalibilidade do papa, culto aos santos, e outros

Às vezes vai ser necessário conferir o nosso entendimento acerca de determinada parte da Bíblia com ela mesma. Checando versículo com capítulo, capítulo com todo o livro e livro com toda a Bíblia. Um jamais contradirá o outro, no que diz respeito à sua natureza. Todos os demais escritos, interpretações ou propostas de vida com Deus, devem ser provados pela comparação criteriosa com a Palavra de Deus. At 17:10-12: - “Assim que escureceu, os irmãos enviaram a Paulo e Silas para Beréia. Tendo eles chegado lá, foram à sinagoga dos judeus. 11 Ora, estes foram mais nobres do que os de Tessalônica, pois de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim.12 De sorte que creram muitos deles, e também mulheres gregas de alta posição, e não poucos homens”.

O Espírito Santo, que inspirou o registro da Palavra de Deus, é quem deve ser buscado para julgar, em nossos corações, a respeito de quaisquer controvérsias que possam haver, ou de quaisquer posições que se deva tomar. Mt 22:29: - “Errais não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus”. (cf At 28:25; Jo 16:7-8)

A plenitude da Palavra

O que queremos dizer é que a Bíblia não pode ser crida apenas parcialmente. O cristão deve buscar, constantemente, a plenitude das Escrituras, permitindo ser confrontado em seus posicionamentos, comportamentos e atitudes por toda a Palavra de Deus, para que sejam esses transformados por ela, até que chegue à estatura do Filho de Deus, Cristo Jesus. Rm 12:1-3: - “Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. 2 E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus. 3 Porque pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não tenha de si mesmo mais alto conceito do que convém; mas que pense de si sobriamente, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um”.

A Palavra de Deus é viva. E todas as partes são necessárias ao aperfeiçoamento do todo. Isso não quer dizer que todas as partes são igualmente importantes. Se perguntarmos a nós o que preferimos perder, se um dedo ou um olho, naturalmente preferimos perder um dedo. Assim com a Palavra de Deus. Toda ela é necessária para fazer um todo perfeito, mas algumas porções são mais preciosas, a nível pessoal íntimo, do que outras. Você não pode separar o livro de Cântico dos Cânticos de Salomão e ter uma revelação perfeita. Ninguém dirá que Cântico dos Cânticos se compara com o Evangelho de João, mas ambos fazem parte de um organismo e esse organismo não é completo, se faltar alguma parte.

Muitos escolhem livros específicos, ou até versículos, para seu próprio conforto espiritual ou para reforçar “suas” crenças ou doutrinas. A realidade do Reino de Deus é encontrada na combinação do significado de “tudo” que Jesus ensinou na Palavra, e não apenas de coisas isoladas. A Palavra de Deus é Deus – Jesus. Isto está declarado em Jo 1:1, quando diz: - No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. - dada por Deus - Espírito Santo -, portanto, deve ser autoridade final sobre todas as áreas de nossa vida. E todo pensamento ou imaginação, que se levanta contra a verdade, deve ser tratado segundo a própria Palavra. 2 Co 10:5: - “...derribando raciocínios e todo baluarte que se ergue contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência a Cristo”.

Toda a Bíblia aponta para Jesus Cristo. O tema central é a salvação, mediante Jesus Cristo. Isto testifica que ela é a única Palavra de Deus. Jo 5:39:- “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão testemunho de mim”. (cf Lc 24:27; At 28:23; 1 Pe 1:11)

Exemplos chaves no Antigo Testamento: Gn 3:15: - “Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e a sua descendência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”. E também em Sl 22:7; Is 53:4-6; Zc 12:10.

A Bíblia é um todo e não pode ser alterada. Acrescentar ou tirar-lhe algo seria danificar sua perfeição absoluta. Tudo aquilo que é extraído ou acrescentado aos textos originais, ainda que sejam “ditos” como sagrados, é considerado maldito por Deus e, os que assim o fazem, não têm parte com a vida eterna que Deus promete. Ap 22:18-19: - “Eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro: Se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus lhe acrescentará as pragas que estão escritas neste livro; 19 e se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus lhe tirará a sua parte da árvore da vida, e da cidade santa, que estão descritas neste livro”.

O cânon da Bíblia está fechado Outras obras lançam luz valiosa sobre ela, mas a Bíblia permanece incomparável, única e completa e estas partes todas participam da perfeição do todo. Não é por acaso que Paulo alerta na sua primeira carta a Timóteo, capítulo 6, versos 3 a 5: - “Se alguém ensina alguma doutrina diversa, e não se conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade, 4 é soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, injúrias, suspeitas maliciosas, 5 disputas de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade é fonte de lucro”. (cf, Gl 1:8.

Apesar de divina, a história bíblica é humana. O pensamento é divino, a revelação é divina, mas a expressão da comunicação é humana. A Bíblia foi-nos dada por Deus por um propósito: que possamos conhecê-lo e ter um vivo relacionamento com Ele, através dela. A Bíblia foi escrita por homens, mas todos eles escolhidos e inspirados por Deus, para cumprir a tarefa de comunicar a mensagem de Deus, de uma forma que o ser humano pudesse entender, guardar e transmiti-la de geração em geração. 2 Tm 3:16: - “Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça”. (Cf 2 Pe 1:21; 1 Tm 1:15. 4:9).

O Senhor Jesus enfatizou a importância de conhecermos as Escrituras, não somente como um “livro religioso”, uma literatura para reflexão ou terapia mental ou mesmo uma espécie de “talismã”, mas ela deve ser peça central de quem quer ter uma vida de relacionamento com o Deus, Pai de Jesus Cristo. É uma “peça” que não pode faltar na casa de cristãos. Em cada cômodo da casa poderia ser “montada” uma Bíblia, não para ser enfeite, mas para ser consultada, meditada e orada. Entendemos assim quando lemos Mt 7:24: - “Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática, será comparado a um homem prudente, que edificou a casa sobre a rocha” – 22: 29: “Jesus, porém, lhes respondeu: Errais, não compreendendo as Escrituras nem o poder de Deus”. ( Cf Jo 5:39).

A Palavra na prática da vida

Em Pv 4:20-22 está dito: “Filho meu, atenta para as minhas palavras; inclina o teu ouvido às minhas instruções. 21 Não se apartem elas de diante dos teus olhos; guarda-as dentro do teu coração. 22 Porque são vida para os que as encontram, e saúde para todo o seu corpo”.

Como foi visto no estudo anterior, a Palavra de Deus ou Bíblia não é um objeto religioso, mas peça central de fé, um manual especial de orientação dos comportamentos, referências e atitudes na vida do cristão que quer ter relacionamento e compromisso com Deus e seu Reino. Tendo em vista este princípio, vamos, então, estudar como aplicar a Bíblia de uma forma prática na vida pessoal.

De acordo com Jo 6:63, a Palavra de Deus é dinâmica e viva: “O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida”. (Cf Pv 3:2).

Todo cristão deve procurar conhecer a Palavra de Deus, através da leitura, meditação, reflexão e aplicação. Apocalipse 1:3: - “Bem-aventurado aquele que lê e bem-aventurados os que ouvem as palavras desta profecia e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo”. (Cf 1 Tm 4:13).

A primeira leitura de um cristão não poderia ser a televisão, os jornais ou as revistas, mas a Palavra de Deus. Com a Palavra de Deus se é capaz de julgar a vida de todos os dias, a vida econômica, política, social e “religiosa” do mundo. Não apenas ler... mas meditar. E meditar não significa olhar a Bíblia rapidamente, ou ler correndo para cumprir uma norma, mas, ler, pensar, analisar, considerar cuidadosamente o que Deus diz para hoje e para esta determinada situação familiar ou profissional. Não apenas ler, mas permitir ser lido pela Palavra. Sl 119:97: - “Oh! quanto amo a tua lei! ela é a minha meditação o dia todo”. (Cf Js 1:1-8; 1 Tm 4:1).

Há uma permissão gratuita e livre de entrada de ídolos diversos e atraentes em nossas casas. São pessoas, ou coisas, ou hábitos, ou modernismos que estão ocupando o espaço, o tempo e os pensamentos. E a isto estamos dando mais tempo e autoridade do que à Palavra de Deus.

Ensinar, também, a Palavra aos filhos, físicos e espirituais. Jesus cresceu tendo as Escrituras em seu coração. Sem desprezar o auxílio da ciência, buscar na Palavra de Deus a orientação para a educação da sua casa. Lc 2:46-47: - “E aconteceu que, passados três dias, o acharam no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os, e interrogando-os. 47 E todos os que o ouviam se admiravam da sua inteligência e das suas respostas”.

A literatura voltada para a educação de filhos é extensa. Muitas teorias foram e continuam sendo produzidas por grandes homens da ciência psicológica e pedagógica, como Freud, Erikson, Piaget, Sears e, também, cristãos como James Dobson, Paul Meier. Esta literatura, no geral, investigam os aspectos do desenvolvimento psicológico e físico da criança até a chamada patologia infantil. Algumas ciências se unem para tratar da criança, como a pediatria, a psiquiatria infantil, a psicologia infantil. Tudo isso é bom. Mesmo o cristão, por crer na Palavra de Deus, não pode, gratuitamente, desprezar o auxílio da ciência. Porém, a Bíblia é a importante fonte de orientação atualizada de como formar os filhos e como definir a responsabilidade específica dos pais. A Palavra de Deus apresenta três áreas de responsabioidade dos pais: amar: Sl 127:3: - “...herança do Senhor são os filhos, o fruto do ventre seu galardão”; instruir: Pv 22:6: - “...ensina a criança no caminho em que deve andar, e mesmo velho não se desviará dele”; - disciplinar: Pv 3:12: - “Porque o Senhor repreende a quem ama, assim o pai ao filho”.

Só assim o Espírito Santo pode usar a Palavra no coração dos pais, de uma forma prática em seus atos e ensinos. Mas, primeiro, a Palavra é depositada e aceita no coração do marido/pai e da mulher/mãe. Mt 4:1-11: - “Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo. 2 E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome. 3 Chegando, então, o tentador, disse-lhe: Se tu és Filho de Deus manda que estas pedras se tornem em pães. 4 Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus. 5 Então o Diabo o levou à cidade santa, colocou-o sobre o pináculo do templo, 6 e disse-lhe: Se tu és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito; e: eles te susterão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra. 7 Replicou-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus. 8 Novamente o Diabo o levou a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles; 9 e disse-lhe: Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares. 10 Então ordenou-lhe Jesus: Vai-te, Satanás; porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás. 11 Então o Diabo o deixou; e eis que vieram os anjos e o serviram”. (Cf Jo 8:28).

Timóteo é chamado o fiel discípulo do apóstolo Paulo. É um testemunho de filho que tinha a Palavra de Deus em seu coração desde criança. 2 Tm 3:15: - “...e que desde a infância sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus”.

O cristão não busca a Palavra de Deus, apenas em alguns momentos, ou para alguns momentos. Mas, sempre; e a mantém guardada no coração para poder sempre produzir frutos e frutos que permaneçam. Jo 15:1-8: - “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o viticultor. 2 Toda vara em mim que não dá fruto, ele a corta; e toda vara que dá fruto, ele a limpa, para que dê mais fruto. 3 Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado. 4 Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em mim. 5 Eu sou a videira; vós sois as varas. Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. 6 Quem não permanece em mim é lançado fora, como a vara, e seca; tais varas são recolhidas, lançadas no fogo e queimadas. 7 Se vós permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e vos será feito. 8 Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos”.

Quando o cristão tem essas atitudes para com a Palavra de Deus, ela opera grandes coisas na sua vida familiar, profissional, social e ministerial. Porque este cristão cresce como: “um cristão gerado pela palavra” – Tg 1:18: - “Segundo a sua própria vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas”.

“um cristão lavado pela palavra” – Ef 5:26-27: - “...a fim de a santificar, tendo-a purificado com a lavagem da água, pela palavra, 27 para apresentá-la a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem qualquer coisa semelhante, mas santa e irrepreensíve”l. ( cf Jo 15:3)

“um cristão curado pela palavra” – Mt 8:8: - “O centurião, porém, replicou-lhe: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado; mas somente dize uma palavra, e o meu criado há de sarar” (cf Pv 3:8; 4:22)

“um cristão edificado pela palavra” – At 20:32: - “Agora pois, vos encomendo a Deus e à palavra da sua graça, àquele que é poderoso para vos edificar e dar herança entre todos os que são santificados”.

“um cristão alimentado pela palavra” – Mt 4:4: - “Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus”.

“um cristão que vence os inimigos pela palavra” – Sl 119:11: -”Escondi a tua palavra no meu coração, para não pecar contra ti”. (cf Js 1:8; Sl 1:1-3 )

“um cristão santificado pela palavra” – 2 Pe 1:3: - “ ...visto como o seu divino poder nos tem dado tudo o que diz respeito à vida e à piedade, pelo pleno conhecimento daquele que nos chamou por sua própria glória e virtude”.

E, também, a Palavra opera através do cristão, quando a confessa no louvor, na oração e nos confrontos com o diabo e a carne. - Rm 10:8-9: - “ Mas que diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé, que pregamos. 9 Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo”. (Cf Mt 4:1-11; 2 Tm 3:15-17; Cl 3:16).

Por Pr Euler P. Campos

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