24/05/2010

Basta o cheiro das águas

Basta o cheiro das águas

Basta o cheiro das águas e eu ficarei curado. Basta o cheiro das águas e eu não me sentirei mais sozinho. Basta o cheiro das águas e eu levantarei. Basta o cheiro da águas e eu prosseguirei.
Jó entendeu que o cheiro das águas era o suficiente para que sua esperança fosse avivada. Ele vai dizer, “Porque há esperança para a árvore, pois, mesmo cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus rebentos. Se envelhecer na terra a sua raiz, e no chão morrer o seu tronco, ao cheiro das águas brotará e dará ramos como a planta nova” (Jó 14.7-9).
Esse é o Jó que vive a experiência da sequidão, do estio, da falta de vigor que a seca traz. Ele sabe que precisa de água e espera pelo seu cheiro. Bastava-lhe o cheiro, que anunciava a chuva, o aguaceiro, para que a sua esperança fosse alimentada. É o mesmo caso do salmista, no Salmo 126.4, quando diz, “Restaura, Senhor, a nossa sorte, como as torrentes no Neguebe”. Ele anseia por água e lembra que na época de chuva as torrentes no Neguebe são abundantes, não falta à bênção da água. É também o caso das corsas, que suspiram por correntes de águas, exemplos usados pelos filhos de Corá no Salmo 42.1-3. Como elas ansiavam por águas, os filhos de Corá estavam sedentos de Deus, e diziam, “quando irei e me verei perante a face de Deus?”.
Há pessoas que passam por grandes períodos de seca em suas vidas. Parece que Deus está longe nessas horas. É a seca da alegria, do contentamento, da intimidade com Deus, da alegria da salvação, da santidade, das experiências mais próximas com Deus.
Há períodos de verdadeiro deserto na vida. Parece que o cansaço é mais fácil, o sorriso é difícil e o ânimo para qualquer coisa passa longe. As causas podem ser diversas e às vezes inimagináveis. Jesus disse que no mundo passaríamos por aflições. E Ele estava com razão. Quem nunca passou pelas aflições deste mundo? Elas estão aí, tão próximas, mas ainda nos surpreendendo. Quando chega a aflição, é como um golpe não anunciado. Perdemos o chão, cessa o ânimo, o semblante cai, vem o choro e a vontade de não existir. Alguns até se desesperam, enquanto outros não conseguem reagir, ficam inertes, morrendo por dentro.
No entanto, Jó é um exemplo que desponta notável, dizendo que podemos esperar em Deus. Basta o cheiro das águas. É a aproximação, é a chegada de Deus, devagar, mas chegando, trazendo esperança. Jó perdeu tudo o que ninguém quer perder. Perdeu os bens, os filhos, a saúde. Entretanto, ele é a árvore cortada que ainda crê que poderá produzir ramos. Ele é a árvore cortada, de raiz velha e cansada. Ele é a árvore cortada, caída, tronco morto. Mas ele também é a árvore crente, para quem basta o cheiro das águas para sua restauração, para que dê novos rebentos, para um novo ânimo, para novos sonhos, para uma nova vida. Ele é capaz de olhar para o deserto e ainda assim esperar por chuvas. Ele sabe que o seu Redentor vive e que se chegará a ele na sua miséria e o levantará para um novo dia de abundância de vida.
Meu querido, minha querida. Mesmo que você esteja no deserto, saiba que Deus é água abundante, que jamais cessará. Ele é a água que verdadeiramente sacia a sede em meio a um deserto de incertezas e aflições. Creia que Ele está por perto. Sinta o cheiro das águas, pois Deus está chegando para salvar. Ele é esperança para o ferido.
Na linguagem simbólica do livro de Jô, a árvore é o homem. As águas são o Espírito de Deus. Mesmo na velhice, ao cheiro das águas o homem, pode brotar e produzir ramos, com a forma de uma planta nova.
Fomos feitos para produzir novos ramos em Cristo. Para isso basta semear a palavra de Deus. Basta aspirar o cheiro das águas e do Espírito de Deus.
Na cultura humana, depois que o homem envelhece O cheiro das águas transcende a morte e nos coloca em contato com a vida. Com aquela qualidade de vida que não conhece a morte.
Sem o cheiro das águas respiramos morte, mas com o cheiro das águas sentimos a presença Viva da vida, o oxigênio no estado mais puro. E a vida é o próprio Senhor em Espírito. Ele prometeu que estaria conosco todos os dias até a consumação dos séculos. Sua promessa é imutável.
Quando exercitamos a nossa fé, o Senhor tem um caminho para se revelar a nós, de maneira prática. Deus é muito pratico. Deus é muito real. Tão real quanto um cheiro, tão real quanto à água.
Ao cheiro das águas Ele responde. Ao cheiro das águas Ele socorre, renova. E, nem é preciso tocar na fonte, basta sentir o cheiro
Como sentir o cheiro das águas? Invocando o Senhor, lendo, meditando no que você leu o dia todo e todo dia. Cultivando a Presença do Senhor.

Casais com Propósitos
Meu Redentor Vive!
24 de maio de 2010.

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